Excentricidades? Não sei. De facto não sei e, confesso, a incerteza nada me preocupa!
Ontem foi dia de séries. Tinha 7 X 1000m, a 3'25", para cumprir. Tinha combinado com o David e com o Zé Maria partilharmos a pista do Jamor ao final da tarde. Pouco depois da hora combinada, depois de vencer o pandemónio instalado na A5, lá começámos com o aquecimento, prévio às tais repetições de 1000m.
Chovia e estava frio. Custa a começar nestas condições, mas tínhamos uma missão para cumprir e a certeza que são estas adversidades que nos vão tornando mais fortes, para desafiar a Maratona. Mas, da adversidade maior só tomámos consciência quando chegámos à pista. Estava completamente às escuras e deserta!
Isso não nos impediu de cumprir o planeado, mesmo que o vento nos fizesse ziguezaguear e por vezes quase sair da pista. No retorno à calma conversámos sobre excentricidades. Alguém referiu um velhote, bem parecido, bem vestido e com um bom automóvel, que treinava num dos patamares da escadaria dos campos de rugby, sem nunca de lá sair, durante longos minutos. Uma excentricidade? Talvez. Mas que pensará o dito senhor de 3 almas, que correm às escuras numa pista de atletismo, fustigados por rabanadas de vento, correndo pura e simplesmente contra o tempo do Polar... ou da clepsidra, tanta era a água...