domingo, 22 de março de 2009

Meia de Lisboa


A meteorologia nacional previa uma catástrofe. Ventos ciclónicos e chuva torrencial. Afinal, nada disso aconteceu (aliás, como quase sempre acontece). A manhã fria, com algum nevoeiro e humidade, mas nada mais que isso.

Acordei com pouca vontade, pois no Sábado estive bastante indisposto. Mas a coisa estava planeada e tudo combinado, ainda por cima com dorsal VIP o que permitia a viagem para o tabuleiro de autocarro e o acesso a uma tenda com umas sandochas e bebidas frescas no final. Mordomias que sabem sempre bem... o mal é habituarmo-nos a elas.

Tinha como estratégia fazer a prova com o Mário Chaves, o meu potencial parceiro em Hamburgo. Contudo a partida foi demasiado rápida, pois saí da primeira fila da ponte. O primeiro quilómero em 3'22", o Mário a achar, e bem, que íamos demasiado rápido e eu a querer aproveitar um pequeno grupo, logo à minha frente. Na altura da decisão de me atrasar um pouco para esperar pelo Mário ou seguir com o grupo, optei pela segunda solução.
O ritmo era vivo e o grupo protegia-me do vento. À passagem do Km7 houve um ataque e eu fiquei. O ritmo era ainda mais forte e superior à minha capacidade. Passava aos 10Km em 35'33", melhor que o meu recorde pessoal na distância, mas começava a sentir-me algo vazio.

Estava sozinho e o meu ritmo ia descendo, ainda que de forma muito ténue. No retorno, a cerca de 4Km do fim, percebi que o Salvador vinha muito perto. Acabaria por me alcançar 2Km mais tarde e daí até ao fim colou-se bem coladinho, para voar para um novo recorde pessoal, pulverizado por mais de 3'. Fez uma grande prova; está de parabéns!

A restante malta mostrou que os quilómetros do Sérgio estão a fazer efeito. Boas marcas para o nível competitivo em questão. Eu fiz 80ª posição, com 1h16'43", a 3'38"/Km.

Pessoalmente, fiquei convicto que, se mantiver o nível de treino das duas últimas semanas, terei um bom desempenho em Hamburgo.

As fotos foram tiradas pelo Ricardo Silva. O atleta/fotógrafo que ilustra as provas pelo lado de dentro.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Equinócio!



É hoje e com ele se assinala a chegada da prima Vera! A moçoila para além de tornar os campos mais bonitos, este ano antecipou-se. Vai daí as alergias também. Mas entre fungadelas e espirros parece que as coisas, de vez, entraram na linha.

Nas duas semanas que terminaram treinei bastante bem, com 123Km numa e 130Km noutra. Para além disso, o trabalho intervalado correu também bastante bem, com 10 X 400m na casa de 1'15", conforme o prescrito.

Domingo estarei presente na Meia de Lisboa, que constituirá um importante teste com vista ao ritmo possível em Hamburgo, ainda que estejamos a 5 semanas do evento. Parece que o tempo não ajudará a grandes marcas, mas irei andar tão rápido quanto o que consiga.

Já vão batendo umas saudades de subir para cima da bike e retomar o triatlo. Mas isso está prometido para o mês de Maio... Está prometido para o Triatlo de Setúbal...

segunda-feira, 9 de março de 2009

Positive split



Sendo a minha área principal de formação, as coisas do treino desportivo encantam-me. Gosto, sobretudo, dos métodos e das inovações introduzidas, depois de muitos estudos científicos, no sentido de provocar adaptações a esta máquina fenomenal e quase perfeita que é o corpo humano.


A silly season também chegou aqui ao blogue. Já que as minhas limitações físicas não me andam a permitir muito mais que umas simples corridas continuas e que tal não dá sumo nem notícia, há que explorar alguns factos relevantes, como sejam a capa de revista SEXY, com o Salvador em destaque, ou o novo método AGT, na TRULOVE. LOL Este fim-de-semana deparei-me com uma nova forma de correr.

Muitos sabem que o
negative split é um conceito bastante usado, como referência nas provas, ou como caracterização de algumas tarefas no treino. Significa fazer a segunda metade de uma prova, ou de uma tarefa, com um tempo de passagem inferior ao primeiro.

Por oposição, o termo positive split, significa precisamente o contrário. Ou seja, fazer a segunda parte a ritmo mais lento do que a primeira. Ora foi precisamente isso que o meu parceiro de treino e amigo, Bruno Salvador, quase Mestre em treino de Alto-Rendimento, introduziu na sua última prova. Nas 3 léguas do Nabão, o rapaz voou em 3'30"/Km até aos 10Km... Depois, a partir daí, arrastou-se nos últimos 5Km, a 4'00"/Km. Parece que a meta estava instalada no Castelo Medieval de Tomar, perto dos 1500m de altitude... Assim, se explica (explicou ele com umas médias esquisitas!!!! LOL) a súbita quebra de ritmo. Para ele foi uma corrida em positive split; para mim, que serei mais básico nestas coisas, acho que o termo popular "PEIDO" se ajustará melhor à descrição dos factos.

Ah... e desta troca de argumentos, já ganhei a promessa de uma sova num treino... Sim... Num treino, que nisso das provas à séria, ele deixa que eu continue a chegar antes...

sexta-feira, 6 de março de 2009

AGT - Um novo método de treino


O empreendedorismo e a inovação estão na ordem do dia. E nisso a malta do triatlo segue na frente...

Estes meus dois amigos desenvolveram um inovador método de treino em altitude, que se caracteriza pela perfeita gestão dos parcos recursos existentes, possibilitando assim a todos, poder usufruir desta importante ajuda.

O carácter empreendedor e inovador do método AGT foi notícia na última edição da revista Trulove. Com destaque nas páginas centrais, os dois atletas falam-nos dos benefícios dos "treininhos em altitudezinha e da pernoita na tendinha". AGT é o acrónimo de Altitude Gay Training. LOL

Nota do editor: nada me move contra os atletas em questão ou contra a comunidade gay.