segunda-feira, 31 de maio de 2021

Estúpido! &%#"%&!#

A prática de triatlo carece de várias competências. Saber nadar; saber andar de bicicleta; ter uma condição física aceitável; saber contar - para não nos enganarmos no número de voltas; saber o percurso - para não fazer quilómetros a mais 😭... Ora bem, neste fim-de-semana descobri que não dominava esta última... Mas já lá iremos.

 Tinha feito o I Triatlo de Caminha. Desde então muito mudou. A natação tinha a partida num ferry-boat e o percurso de natação era na direcção da foz. Agora saímos do meio do rio na direcção nascente. O ciclismo subia a serra de Arga por duas vezes, beneficiando os melhores trepadores. Agora é plano. A corrida ia fazer o retorno a Vila Praia de Âncora, passando por pisos variados e alguns bastante incómodos com muita areia e pedras. Agora acontece no casco velho e na zona ribeirinha de Caminha.

A alteração da natação terá acontecido por imposição de normas de distanciamento impostas pela pandemia. Penso. Já as outras terão sido opções organizativas, por motivos vários. De qualquer modo é indubitável que a prova ficou muito mais rápida e mais amigável do ponto de vista do público, já que, Caminha passa a ser ponto de sucessivas passagens dos atletas, sendo assim de fácil acompanhamento e de acrescido interesse. Pessoalmente, gostei.

Quanto à minha prova, defini como estratégia uma natação mais no meio do rio, para aproveitar melhor a corrente marítima. Foi um fiasco. Não aproveitei corrente alguma e nadei no meio de ondas que mais pareciam de alto mar, apesar de, mesmo assim, ter conseguido fazer um trajecto bem rectilíneo. 

No segmento de ciclismo cometi um erro enorme. Estúpido! Existia uma rotunda à saída do Parque de Transição, onde os atletas da prova Standard - que acontecia em simultâneo, saíam à esquerda, e os da prova média - a minha, saíam à direita. Apesar de me parecer estranho segui por onde iam todos aqueles que me estavam próximos e assim entrei no percurso errado.


Acabei avisado por outro atleta, mas já havia pedalado 3600m. Inverti a marcha e o erro custou-me 7.200m e cerca de 12'30" de atraso, passando a ser o último dos atletas em prova. Paciência! Era esquecer registos e classificações e encarar a prova como um bom treino de qualidade. E assim foi!

Apesar de nunca ter sentido as minhas pernas frescas acabei por recuperar inúmeras posições no ciclismo e consegui também correr a bom nível durante boa parte da meia maratona. Num dia marcado por uma forte ventania que causou dificuldades em todos os segmentos, acabo por sair satisfeito de Caminha, retirando todas as coisas boas que há para retirar, sendo que, nos tempos que vivemos, poder competir já é uma dádiva.

Acabei em 136º da geral; 10º do Agegroup [50-54], com cerca de 4h50'.

Faltam 10 semanas para o IM Tallinn. Pelo meio ainda quero competir no Triatlo David Vaz - Fundão



terça-feira, 18 de maio de 2021

Triatlo de Oeiras

No passado Domingo abri a minha época 2021 com a participação no Triatlo de Oeiras.

É uma das provas mais antigas e permanentes no calendário nacional, sempre cheia da animação e com a beleza de uma Marginal a que não damos a devida importância, provavelmente por convivermos com ela diariamente. Mas usufruir de um local semelhante é um privilégio sem igual e é sempre bom poder lá desfrutar.

Oeiras é daquelas provas rápidas, com uma natação estranha pelas correntes e marés que existem no local e, na qual qualquer pequeno erro ou atraso de segundos se paga caro na classificação final.

Depois de um desempenho mediano na natação e de uma transição pouco fluída iniciei o segmento de ciclismo a fundo. Rapidamente me isolei e por todos os que grupos por que passava nenhum me seguiu. No entanto, após o retorno em Algés e com o vento de frente a aventura em solitário começou a deixar de dar frutos. Acabei alcançado pelo grupo que me precedia, onde vinham os meus companheiros de equipa Serôdio, Varela e Nuno.

Na corrida saí novamente forte, tão forte quanto o meu cardio me permitia. Não fiz uma prova de todo brilhante - 1h09 com 15º no AG [50-54], mas fiz um excelente treino de intensidade depois de dois exigentes dias de treino: na sexta corrida em limiar anaeróbio; no sábado um longo de 160Km de bicicleta.

O caminho para  Tallinn continua a traçar-se de forma sustentada, com a ajuda do Coach Paulo Conde. A próxima etapa será em Caminha, na distância Half Ironman.


Fotos da Rita Ramos

sexta-feira, 14 de maio de 2021

Açores

A pandemia tem impactado tudo aquilo que fazemos. Em 2020 estava inscrito no Azores Triathlon, prova esta que veio a ser adiado para 2021. Este ano a prova sofreu novo adiamento, desta feita para 2022, ao que penso, pelo facto de receber bastantes atletas estrangeiros numa altura em que voar continua a ser algo complexo, atentas as medidas implementadas.


No entanto, como a viagem e o alojamento estavam marcados, mantivemos a decisão de viajar até à Terceira. E em boa hora o fizemos, porque nada melhor para relaxar do que os Açores, na companhia de amigos e com a bicicleta.

Foram dois dias de actividade. No primeiro a volta à ilha com mais uma passagem na zona central da mesma. No segundo, o reconhecimento daquilo que é o circuito de ciclismo do Azores Triathlon.

O primeiro dia teve "Açores no seu melhor", com bastante vento e alguns chuviscos. A paisagem é sempre divinal e a temperatura amena, mesmo quando neste tipo de dias.

Da Terceira conhecia apenas, de há uns bons anos, Angra do Heroísmo e, assim, tive oportunidade de visitar a zona menos urbana da ilha. Divinal!

O segundo dia foi para reconhecer o percurso do Azores Triathlon. Exigente, tanto física como tecnicamente e, se chover, então... Mas é fantástico e espero lá poder competir em 2022.

Para já, os planos competitivos para a presente época passam já neste fim-de-semana por Oeiras e, quinze dias mais tarde por Caminha. O Fundão e Setúbal estão também no calendário.

No entanto, o grande objectivo competitivo desta época é o Ironman Tallinn, na Estónia, no início do mês de Agosto. Até lá, tudo é preparação.

As fotos são minhas... :-)

segunda-feira, 3 de maio de 2021

Epic rides

Epic Ride é o nome que dou aos treinos de ciclismo acima de 200Km. No último mês tive oportunidade de fazer três, dois a solo e, Domingo, um outro com parte da troupe do Triatlo Algés.


Santo Estevão [218Km | 33,1 Km/h]


O percurso muito rolante e o bom tempo proporcionaram uma excelente média. Passagem por Montargil e Ponte de Sôr, e a revisitar troços da Estrada Nacional 2 - EN2, para terminar nas estradas da charneca ribatejana.

Alguns troços com mais trânsito, até Coruche e a partir de Salvaterra de Magos. 


Alcácer do Sal [200Km | 31,1 Km/h]



O objectivo era esticar a volta até Cube e Vidigueira e assim foi pelo característico ondulado alentejana, umas vezes com piso imaculado outras com piso menos bom. A solo, com chuva na primeira hora e a passar de novo, em alguns  troços da mítica N2, sempre a bons ritmos. O Alentejo está com cores fantásticas nesta altura do ano.


Volta ao distrito de Setúbal (etapa 1 de 2) [202Km | 29,2 Km/h]



Esta ideia surgiu durante o último confinamento. Na verdade, a ideia foi a volta ao distrito de Lisboa mas, o meu amigo Paulo Lamego como grande operacional que é, tratou logo de aplicar a ideia para o distrito de Setúbal e marcou a primeira de duas etapas para o dia de ontem.

Passagem pelas zonas mais urbanas do distrito e também pelas subidas mais duras da Serra da Arrábida. Depois levar as TT a boa velocidade até às célebres bifanas de Vendas Novas, para regressar por estradas rolantes ainda que com vento na cara.

Vamos somando quilómetros de qualidade com vista ao IM Tallinn... em Agosto!