domingo, 22 de abril de 2012

Havia 7 anos que não fazia isto...



A última vez que competi num Duatlo Standard (10Km, 40Km, 5Km) foi em 2005, na Azambuja. Já não me lembrava do quão duro é este formato de competição. De tal forma, que para acrescentar mais uns quilómetros, decidi deslocar-me de bicicleta até Torres Vedras. Ficou feito o aquecimento com 42Km ondulados realizados previamente.


Iniciei os primeiros 10Km de corrida num bom ritmo. Contudo, a partir da terceira de quatro voltas reduzi um pouco um ritmo e fui incapaz de me manter num grupo que integrava bons ciclistas e que antevia um bom andamento no ciclismo. Cumpri a primeira corrida (9500m) em 34'04". O percurso de corrida era difícil. Um misto de terra e alcatrão, curvas a 90º, subidas, descidas.


O percurso de ciclismo era também ele bastante duro. Topos e rotundas a obrigarem a relançamentos do andamento. Perdi, logo ao início, um primeiro grupo de 4 unidades. Fui pouco depois, absorvido por um outro grupo, este já mais numeroso. Acabámos por alcançar o tal grupo que eu havia perdido antes e assim nos mantivemos até final. Bom andamento, com média de 35,5Km/h, com as rotundas a serem passadas com velocidade. No final, consegui destacar-me e ser o primeiro a entrar no Parque de Transição.


Comecei a correr a sentir o peso do treino, menos aprimorado, nas pernas. Mesmo assim encontrei um ritmo razoável para o estado em que me encontrava mas, na última das duas voltas finais entrei em perda e deixei afastar os meus adversários mais próximos. Fiz um registo sofrível de 19'26" em 4800m.


Acabei por perder o primeiro lugar do escalão V2 na última volta de corrida. Mesmo assim, pela primeira vez baixei das 2h00 numa prova desta distância. Fiz 1h59'36" o que deu para o 52º lugar da geral e o segundo do escalão V2 ganho, muito justamente, pelo António Calafate. Ele fartou-se de trabalhar no ciclismo, eu não tive condições para o fazer.


Ainda há bastantes quilómetros para percorrer para afinar a máquina. Continuemos!







quarta-feira, 4 de abril de 2012

O estranho dia em que o triatlo não interessou...

A tragédia abalou-se sobre aquilo que seria um fim-de-semana de festa de triatlo em Quarteira. A notícia, chocante e inesperada, do falecimento do antigo seleccionador nacional, António Jourdan, durante a noite, marcou fortemente o segundo dia de provas, transfigurando os rostos de todos aqueles que com ele tiveram o privilégio de privar.


Minutos depois, o meu colega de equipa, o "puto" júnior Francisco Machado conquistava uma medalha de bronze na Taça da Europa, com as cores da selecção nacional. As minhas emoções ficavam perfeitamente baralhadas.


A vontade de competir esvaía-se com o pensamento no sucedido. Mas recordar Jourdan é forçosamente recordar as incontáveis horas que deu ao Triatlo. A forma de melhor o homenagear seria, seguramente, dar continuidade às sementes que ajudou a lançar, e dessa forma engrossar o pelotão que partiria para o campeonato Nacional de Clubes.


Optei por nadar por fora, longe do contacto, mesmo que tal significasse uns metros a mais. Cumpri os 750m em pouco mais de 13'. O ciclismo ressentiu-se da falta de quilómetros, fruto do treino para a Maratona que realizei nos últimos meses. Não pude por isso espevitar o andamento do meu grupo da forma que tanto gosto. A corrida final foi cumprida sem notas dignas de registo. No final, o sempre sensaborão 4º lugar no escalão (70º da geral), com um registo de 1h05'.


Agora é tempo de deixar que o tempo apague a amargura...