domingo, 28 de fevereiro de 2010

Balanço de Sevilha e novos horizontes

A minha preparação para a Maratona de Sevilha estendeu-se por 16 semanas, menos 8 do que as utilizei no ano passado, para preparar a participação em Hamburgo. A isto não foi alheio o facto de, no ano passado, ter projectado o meu objectivo no tempo, inicialmente previsto para o mês de Fevereiro.

Corri no período 1315Km. A semana de maior volume teve apenas 117Km, enquanto a mais reduzida, apenas 22Km. Foram 81km e 6h37 de corrida de média semanal... abaixo do desejável!

A já sobejamente falada lesão do piramidal, impediu que me apresentasse em Sevilha na melhor forma. Tanto pelo facto de me ter coartado a preparação, como por me ter condicionado a prova a partir do Km 15.

Deixo algumas estatísticas:

TREINO
Nº de dias de preparação: 112 dias (18 dias sem correr);
Nº de sessões: 101
Volume de treino: 1.315 Km
Volume de treino: 81 h
Provas disputadas (5): Meia Maratona da Nazaré, Meia Maratona de Lisboa, S. Silvestre de Lisboa, S. Silvestre da Amadora, Maratona de Sevilha
MATERIAL
Sapatilhas: 2, Asics GT2130, Asics Nimbus IX
Equipamento de competição: Nike e sapatilhas Asics DS Trainer
Gel: 6 pacotes GoldNutrition Morango durante a prova.

Passaram já 2 semanas desde Sevilha. Desde apenas tenho nadado e feito umas sessões de spinning. O Objectivo é o de recuperar a lesão e poder ter condições de estrear a época de Triatlo, já a 21 de Março em Santarém.

O ano de 2010 vai ser então focado no Triatlo, especialmente no Triatlo Longo. O Campeonato da Europa e o Campeonatos Nacional serão a prioridade. Chegar aos 80 melhores do Estoril e ajudar a equipa do CN
CVG a pontuar o mais possível na Taça de Portugal, são os restantes objectivos da época.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Maratona na Andaluzia


Foi na cidade de Sevilha, num dia frio, que cumpri a minha sexta Maratona.

O ano passado tinha feito apenas 25Kms desta mesma prova, em jeito de treino longo, que com o regresso ao hotel deu qualquer coisa como 31Km. Desde logo fiquei convencido pelos excelentes argumentos organizativos e pela proximidade da prova. Assim, este ano decidi ir até lá, para a correr na íntegra.

As coisas foram bem até à S. Silvestre da Amadora. Desde então, uma dor aguda na nádega vinha condicionando a minha preparação. Não só limitava o volume, como também os níveis de intensidade que consegui suportar. As dores nem sempre eram bem localizadas. Ora nos adutores, ora nos isqueotibiais. Só tardiamente percebi o porquê desta situação e qual efectivamente a lesão: uma contractura no piramidal da bacia. Foram assim condicionadas 6 importantes semanas da preparação, o que desde logo afastava a possibilidade de tentar um recorde pessoal.

Assim, fiz-me à prova na expectativa de a terminar. Pensei que uma marca na casa dos 2h45'/50' seria possível.


Nos primeiros 10Kms senti-me muito bem. Solto, sem dores, com facilidade a correr na casa dos 3'45"/Km. Passava com 38'50", o que atendendo a um primeiro quilómetro lento configurava um regime bem aceitável.


Contudo o pior estava para vir. À passagem do Km15, a "minha" dor muscular dava os primeiros sinais. Ao Km 22 começava a ser intolerável e o ritmo começa a cair. Perdi o grupo onde seguia. E mais outro e mais outro...

As dores musculares apertavam. Não só aquela que já estava habituado e que diminuía de intensidade com a redução do ritmo, mas também nos gémeos da perna contrária, seguramente fruto das compensações que ia fazendo. Foram pois 17Kms finais de sofrimento, para terminar com o registo de 2h58'14", o meu pior registo de sempre na distância.

Agora, há que recuperar das mazelas musculares e apontar as baterias para outro desafio da época: o Campeonato da Europa de Triatlo Longo (Agegroups), nas distâncias de 4Km, 120Km, 30Km. Espanha será de novo o destino, mas desta vez ao Norte, em Vitória.

A foto é da Helena



sábado, 6 de fevereiro de 2010

O grande cabrão!

Dá pelo nome de piramidal da bacia, promove a rotação externa da anca e tem sido o responsável pela minha parcial incapacidade, desde a S. Silvestre da Amadora. Como está junto ao nervo ciático, leva a que, muitas vezes, se confundam os seus sintomas dolorosos com ciática, nomeadamente quando se têm problemas ao nível vertebral, o que, felizmente, não é o meu caso.

Ontem não corri. Depois do treino de natação e apesar da tarefa de pernas que fiz, estava bem confortável. Contudo, hoje, nas primeiras repetições das 20 de 400m Z4 que tinha para fazer, a dor surgiu de novo. Tornou-se insustentável correr àquela intensidade (3'10"/Km) e abortei ao fim de 8 repetições.

Irei investir esta semana a tentar debelar a contractura do dito piramidal da bacia. Do sucesso dessa tarefa dependerá a prestação em Sevilha. Agora, já não há ganhos a obter. Há que descansar e não estragar aquilo que entretanto se construiu. Desta vez, vou fazer-me à estrada sem grande ideia do que poderá acontecer durante os 42,195 Kms. Se por um lado estou certo de ter condições para concluir sem novidade, creio não estar com um nível que permita correr no tempo desejado. Se me ressentir da lesão... Bem, aí talvez nem consiga mesmo concluir a prova. Tudo está em aberto.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Há 42 anos que não fazia isto... [actualizado]


Ou seja... Nunca havia feito. Nunca antes tinha competido em natação em piscina. A estreia foi este fim-de-semana, no Torneio de Inverno de Masters que teve lugar na Mealhada.

A semana passada terminou com claros sinais de cansaço, que vieram ao de cima no treino de intensidade realizado na quinta-feira. Incapaz de cumprir as 3 repetições de 3.000m abaixo dos 10'30" achei que estava na altura de introduzir um descanso forçado e assim, no fim-de-semana, apenas nadei.

Participei nas prova de 50m e 100m Bruços e na de 50m Livres, com os parciais de 48"48, 1'47"43 e 37"45, respectivamente. Tirando os saltos desastrosos (CABUUUUM) e uma viragem mal conseguida na prova de Livres, as coisas correram bem melhor do que eu estava à espera. Mal acabava olhava para o quadro electrónico e percebia que não tinha ficado em último da série. Yupie! Percebi também que, com os tempos que fiz, passarei a ter lugar no segundo terço das séries e aprendi que os gajos da minha idade são todos melhores que eu. Ganho a tipos mais novos, ganho a tipos mais velhos, mas não ganho a nenhum da minha idade... Grande geração! :-D

A Helena, em termos absolutos, ganhou os 200E, numa prova renhidíssima com uma nadadora 15 anos mais nova. Nas restantes ficou em terceiro. Quer isto dizer que, no escalão, ganhou todas as provas em que participou e bateu o respectivo record nacional do grupo de idade.


Uma semana após o Triatlo Longo de Vitória, em Reguengos de Monsaraz haverá mais. Pode ser que funcione como terapia para o empeno...

Hoje já corri 1h20', com 8 repetições de 1000m em Marathon Pace, para compensar o descanso imposto no fim-de-semana. Agora, é sempre a levantar o pé até Sevilha.

As fotos são da Rita Taborda, da FPN.
A Helena dizia: - Deviam convidar o meu marido para um video técnico sobre partidas!