segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Reset!

Gales é a única nação britânica cuja bandeira oficial não é formada por uma cruz
Reset - a solução dos informáticos!

E foi também a minha solução em 2015. A época iniciou-se como vem sendo hábito, com a participação na Maratona de Sevilha. Desde o início com uma inflamação no tendão de Aquiles, que fui gerindo como pude, de modo a não comprometer nem a preparação nem o tendão. A coisa até acabou por correr bastante bem atenta a limitação.

Concluída esta fase acabei por decidir atrasar um pouco a preparação do resto da época e priorizar a recuperação da lesão. A primeira abordagem, foi um médico fisiatra e consequentes 25 sessões de fisioterapia. Pelo meio, e devidamente autorizado clinicamente, participei no triatlo de Quarteira, onde desde logo percebi que, afinal, a recuperação não estava a correr assim tão bem.

Reduzi então a corrida a "serviços mínimos" e foquei a minha atenção na natação com uns treinos de ciclismo pelo meio. Entretanto, competi no Longo de Lisboa, para o qual estava inscrito há já algum tempo. e logo nos primeiros quilómetros de corrida decidi parar. Decididamente não estava em condições e, como tal, decidi também não participar no Northwest Triman, uma prova na distância Ironman na Galiza, que constituía o cerne da minha época 2015.

Estava também inscrito no Longo de Sevilha. Voltei a competir aí, sem dores mas bastante mal treinado, pagando essa factura na corrida final que acabou por ser ser demasiado sofrida e completamente desmotivante.

Continuei então a sustentar o treino na natação e numas voltas mais longas de bicicleta. Sem correr, sem planear o treino, optei também por não participar noutra prova em que estava inscrito: o Titan (4; 120; 30) Km, na serra de Cádiz - Andaluzia. Decidi dar mesmo por encerrada a época e não me entusiasmar com mais nenhum tipo de competição, excepção feita ao Skyroad - Grandfondo.

Apostei forte na recuperação com recurso a uma nova técnica na área da fisioterapia: a EPI - electrólise percutânea intradecidular. A técnica consiste na introdução de uma agulha no tendão, agulha essa que efectua descargas eléctricas. Promove-se dessa forma a inflamação do tecido e despoleta-se um processo de regeneração do mesmo. Dói que se farta mas, aparentemente, parece que a coisa funcionou.

Para já retomei o treino planeado na passada semana. Concluí o primeiro microciclo de preparação com vista ao principal objectivo de 2016. Será uma prova Ironman, será no País de Gales, ao que li num dos mais selectivos percursos de ciclismo do referido circuito.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

SkyRoad | Aldeias de Xisto

Isto é o SkyRoad
Este será, seguramente, um dos melhores eventos desportivos que acontece em Portugal.

É levado acabo por uma equipa integrada por alguns amigos e liderada pelo António Queiroz, que conheço de há uns bons anos, desde os primórdios dos BTTs épicos em Manteigas, na Serra da Estrela. Sei, portanto, que o rigor está garantido e que, aconteça o que acontecer, os atletas, a sua segurança, o seu bem-estar e a sua satisfação vêm sempre primeiro. Mais uma vez a regra manteve-se.

Se atentarmos ao preço e se o compararmos com eventos de modalidades ou actividades análogas ficamos a pensar como nos oferece o SkyRoad tanto por tão pouco ou, como nos cobram os outros tanto por tão pouco - nada de ideias de aumentar os preços... :-)

Ontem a chuva marcou o evento. Estava preparado para um chuvisco mas não para a bátega de água que apanhámos no último terço do percurso. Sabiamente, a Organização anulou a última descida do dia, os 20Km que ligam o Trevim à Lousã, colocando a meta no ponto mais alto e fazendo a descida apenas como troço de ligação e não cronometrada.

Ontem, não tinha as pernas num dia particularmente bom. De qualquer forma foi a edição em que consegui andar mais rápido.

Depois da subida da Pampilhosa começou a chuviscar. Estrada rápida, ligeiramente a descer, onde preferi abrandar um pouco para poder apanhar a boleia de um grupo que me seguia a escassos metros e ter assim essa preciosas ajuda. A estrada húmida e algum vento inspiravam muitas cautelas, mas tudo acabou por correr sem novidade. Acabei por perder este grupo a chegar à localidade de Picha ficando de novo sozinho, mas agora encharcado e menos confortável.

A descida para Castanheira de Pêra foi feita já a velocidade bastante lenta. A estrada é técnica e as Zipp em carbono não são as melhores rodas para travar nos dias de chuva. Cheguei à vila muito desconfortável com o frio, a pensar no que me esperava no alto do Trevim e na subsequente descida até à Lousã. Decidi então que iria abandonar por ali e do facto dei conhecimento ao staff da Organização.

Argumentaram de várias formas para me convencer a continuar. Mas só tiveram êxito quando me informaram que só pelas 17h teriam condições de me levar dali. Pronto! Estava convencido. Montei de novo a bicicleta e segui serra acima. Tinha 13Km a subir o que daria para aquecer. A temperatura no alto era de 12ºC e depois, na descida iria devagar, até porque a prudência a isso obrigava.


As pernas também não permitiam uma velocidade muito elevada, mas davam para subir de forma constante e sem grande dificuldade.

Chegado ao topo enfiei um jornal debaixo da camisola foi tempo de descer até à Lousã. Foi uma descida longa, demorada, chuvosa, ventosa e a bater o dente, premiada com um furo a meio caminho. Acabei por trocar a roda por uma fornecida pelo apoio móvel da organização, não tendo assim o trabalho de trocar de câmara debaixo da chuva e do vento. Mas, o aro era bem mais estreito do que o meu Zipp e não consegui afinar o travão de modo a permitir a travagem. Portanto... foi descer ainda mais devagar e a abrandar apenas com recurso à travagem num aro de carbono. Épico!

A missão foi cumprida e o desfrute foi enorme, especialmente durante os primeiros 120Km. Depois a chuva mudou as coisas e passámos a entrar no campo da força mental. 

Venham mais.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Swimming times!

Momento de pura concentração antes da partida
Quem diria... Mas é mesmo oficial... Participei, no passado fim-de-semana, no XVII Campeonato Nacional Masters de Verão - OPEN que decorreu em Loulé.

Como ainda me encontro em fase de recuperação da tendinite no tendão de Aquiles, tenho dedicado mais tempo ao treino de natação. Entretanto passei também a integrar a equipa de Masters do Sport Algés e Dafundo e, foi assim que competi em Loulé.

Nadei as provas de 200L, 400L, 200B, 100B e 50B, escolha esta feita em função do calendário de provas e das minhas limitações, evidentes, nos estilos de costas e mariposa. Como objectivo levava o tentar fazer melhor do que os meus registos de há 4 anos, obtidos em piscina curta, e aproximar-me dos ritmos em que acreditava ser capaz de nadar.

Iniciei os campeonatos com a prova de 50B. Não gosto de todo de provas curtas e a coisa não me correu de feição. Mais a mais, havia-me enganado no tempo de inscrição e ia completamente deslocado dentro da série. Todos os outros andavam muito, mas muito mais do que eu. Má saída, péssima chegada e um pirolito pelo meio... Tempo final de 44"99, 21º do escalão.

No dia seguinte, logo pela manhã, os 400L. Uma prova de gestão um pouco complexa e na qual andei aquém das minhas possibilidades. Terminei folgado, mas com um registo algo longe daquilo que acreditava ser capaz de fazer. Com 6'48"99, obtive o 15º lugar do escalão.

À tarde os 100B. Nadei numa série muito equilibrada e a coisa correu como o previsto, ainda que pudesse ter aproveitado melhor a fase subaquática da viragem. Concluída a prova com 1'43"00, na 17ª posição dentro do escalão.

Último dia... 200L logo de manhã. Boas sensações, bom registo (quando digo bom, tenho, obviamente, como referência a minha pessoa). Melhor do que aquilo que pensava ser capaz de conseguir e a ser o mais rápido da minha série com 3'10"75, 16º do escalão.

À tarde, a prova a que todos sorriam quando falava nela: 200B. Sempre ouvi dizer quer era uma prova dura, mais dura quando nadada em piscina de 50m. Pensei apenas que, se tenho pernas para subir serras de bicicleta, durante longos minutos, não ia ser os 200B que me iriam matar. Assim, lá me atirei ao desafio.

As coisas correram bem. As viragens não foram aquilo que eu pretendia mas, sinceramente, queria mesmo era ser rápido na fase subaquática para voltar a poder respirar. Mais uma vez ganhei a minha série, com o registo de 3'41"95, que deu o 10º posto do escalão. Parecendo que não, até acaba por ser uma prova cansativa! :-)

Registo para a equipa do Algés. Agregou nadadores separados por 60 anos; dos 26 aos 85. Juntou todo o tipo de nadadores: os menos bons, com outros, Olímpicos e autênticas lendas da natação nacional. Em suma, vivemos um ambiente de excelência e sã camaradagem, que deixa vontade de repetir.

Nota final para a vitória do Algés, tanto nos sectores masculino e feminino, como na classificação absoluta, tendo, de permeio, alcançado vários recordes nacionais.

A repetir!

domingo, 7 de junho de 2015

Sempre gostei de biomecânica

A posição sobre a bicicleta já depois dos ajustamentos
Já no secundário gostava de Física. Esse gosto permaneceu na Faculdade, nas aulas de Biomecânica, mas acabei por vir a não desenvolver qualquer actividade que lhe estivesse próxima.

Agora, com o interesse pelo ciclismo a coisa voltou a despertar, mais ainda com o gosto pela longa distância e pelas posições de contra-relógio que temos de manter por longas horas num jogo entre o desempenho e o conforto.

Já conhecia o sistema Retül há uns anos mas, apenas ontem, tive oportunidade de realizar um bikefit com recurso ao mesmo, através da empresa Biketreino. E, que dizer? Só posso dizer que se o conhecimento do sistema já me havia deixado entusiasmado há uns tempos atrás, poder utilizá-lo deixou-me perfeitamente fascinado.

Como funciona?
O sistema Retül é considerado um dos mais avançados sistemas de avaliação biomecânica disponível no mundo. Funciona através de sensores de infra-vermelhos para captura de dados, que fazem a leitura do posicionamento do ciclista a cada 2.1 milesegundo, ou seja, 476 vezes por segundo, com margem de erro menor que 1 grau e 1 mm. Assim, a ferramenta cria dados cientificamente objectivos que podem ser utilizados pelo avaliador para um ajuste biomecânico perfeito.

Claro que depois, por detrás do equipamento está o avaliador com o seu conhecimento. Olhando para os dados conseguirá sugerir as melhores alterações para levar os valores para os padrões ideais.

E precisamos nós de gastar dinheiro numa coisa destas?
Sem dúvida que sim. Independentemente do nível de atleta que tivermos, não só nos permite melhorar o nosso rendimento, como o conforto e, ainda, evita a adopção de posições menos correctas sobre a bicicleta que poderão vir a provocar algum tipo de lesão. E nisto das bicicletas gasta-se tanto dinheiro no material, porque não gastar de forma a podermos tirar o máximo rendimento do bom material que temos?

E que experiência?
Pessoalmente, há anos que utilizava a mesma configuração na minha bicicleta de estrada tradicional. Estava seguro de que a posição era boa, cómoda e me permitia uma boa performance. Mas o sistema, totalmente informatizado, mostrou o contrário.

Os homens da Biketreino fizeram-me alguns ajustamentos nos cleats, no avanço e nas manetas e a minha posição sobre a bicicleta, como que por magia, alterou-se para algo muito mais cómodo.

Em suma, recomendo vivamente e agora.... estou mesmo ansioso é por poder experimentar na estrada.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Que tratamento, senhores!

Cruzando a meta em modo cadáver!
Tinha planeado fazer outro Ironman este ano. Mais concretamente seria o Northwest Triman, na Galiza, no final do mês de Junho. Como preparação tinha algumas provas agendadas até lá e o Half de Sevilha era uma delas. Assim, mesmo depois de riscar o Northwest da agenda e com os níveis de preparação em "serviços mínimos" rumei a Sevilha no passado fim-de-semana.

Nada se consegue sem trabalho e a performance desportiva não foge à regra. Sevilha foi bem exemplo disso mesmo.

Um segmento de natação comprido (o meu Garmin mediu 2160m em vez dos previstos 1900m), sem fato e na água doce do Guadalquivir, com muito contacto físico e paragens nas duas primeiras bóias. Cumpri a distância em 40' Havia apontado algo na casa dos 37' para 1900m pelo que não foi assim tão mau.

Primeiros instantes do segmento de ciclismo para me hidratar, alimentar e entrar no meu ritmo. O percurso fazia lembrar o nosso Alentejo que de plano não tem nada. Um percurso ondulado, com subidas em potência e descidas pouco acentuadas onde também se pedalava vigorosamente. Acresciam duas dificuldades: o muito calor andaluz que se fazia sentir à hora da "siesta" e o vento.

O pouco treino não me permite estar consistente. Portanto, o ritmo que impus desde início ia deixando mossa. O vento, esse, não dava tréguas. Apenas o apanhámos de costas em três troços do percurso: inicialmente, num troço plano, onde fiz 46 Km/h de média; depois na descida mais acentuada do percurso onde de nada contribuiu; por fim, na última subida do dia. Os últimos 20Km, no regresso a Sevilha foram sempre feitos com vento frontal e já com bastante desconforto.

Pelo meio um dissabor. Um penalidade aplicada por, alegadamente, ir na roda de outro atleta. Ultrapassei dois atletas, numa subida, deixei-os para trás e o árbitro conseguiu ver que eu ia na roda.. Enfim, sempre tive 5' para recuperar na Penalty Box antes de começar a correr, mas foi algo que me custou, pois faço os impossíveis para não andar na roda de ninguém e sou crítico relativamente àqueles que o fazem.

Correr? Se a trotar sem parar durante duas horas chamarmos correr, então corri. Não existem milagres, e com apenas 17,3 Km de corrida feitos no mês de Maio seria de esperar que eles não estivessem para acontecer em Sevilha...

Portanto, foi correr de forma ininterrupta, aproveitando os abastecimentos e gerindo a frustração de todos me ultrapassarem naquele que costuma ser um dos meus melhores segmentos. Enfim. faz parte!

 

Fiz 208º da geral, 18º do escalão (45-49). Obtive o 292º tempo da natação, o 81º registo no ciclismo e fiz o 376º registo da corrida. Chegaram 464 atletas.

Estreei em competição um boné de corrida da Mission. Com uma banda de microfibras que arrefecem em contacto com a água/suor, foi um precioso auxiliar para me manter fresco durante a corrida.

Um obrigado especial aos meus companheiros de viagem Lamego, Machado, Ana Teresa e Sérgio que me suportaram durante o empeno. :-)

Agora é mesmo preciso sarar de vez a maleita. Até lá... vou nadar!

Nota final para a organização do evento: Excelente. Sem dúvida a repetir.



segunda-feira, 25 de maio de 2015

Águas abertas no coração do Alentejo

Vista do embarcadouro da Marina de Amieira - Portel
A Marina de Amieira, perto de Portel recebeu mais um Campeonato Nacional de Águas Abertas. Competi, em representação do Sport Algés e Dafundo,  na prova de Masters, na distância de 1500m. Foi um fim-de-semana diferente.

Havia já uns tempos que a Helena andava a ser "desencaminhada" para representar o seu clube de sempre na natação Master. As coisas concretizaram-se agora e eu fui também, um pouco por arrasto.

A Marina de Amieira é um aprazível local. Uma pequena marina, bem apetrechada, com a particularidade de se poderem alugar uns barco/casa para fazer um fim-de-semana diferente no plano de água do Alqueva.

Quem sabe a Federação de Triatlo de Portugal, num destes dias, não consigue descobrir o "spot" e reunir as condições necessárias a organizar ali uma prova. Fica o repto!

A prova em si não encerrava qualquer dificuldade. Apenas algum vento impedia que o dia estivesse perfeito. O percurso desenhava um quadrado. Mas entre o briefing e a partida passou a ser um triângulo! Vá lá... Entendam-se! Mas pronto, ficou mesmo triangular e tinha, medidos no meu Garmin 1470m.

Partida limpa, sem confusão. Ritmo confortável até à última bóia, momento em que acelerei para os 400m finais. Bem.. acelerei, julgo eu! Pelo menos bati mais as pernas, coloquei mais força na água, e passei alguns adversários, mas daí a ter nadado mais depressa é uma grande diferença... :-)

Na obtenção dos resultados finais mais confusão! Atribuição errada de classificações nos primeiros lugares dos escalões o que veio a gerar enorme confusão. Continuo a não compreender como algo tão básico e simples levanta tanta confusão. Há uns anos atrás faziam-se provas com centenas participantes e obtinham-se as classificações sem erros. Agora, na era da informação... a culpa é do computador! Enfim...

No final, fiz 28'26", 7º do escalão Master E, a conseguir uns pontos para o clube! Atento o facto de se nadar sem fato isotérmico e em água doce tenho de ficar satisfeito com o meu registo.

A foto é minha, sacada do local onde almocei com a Helena.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

DNF****

Mais uma abordagem à zona de retorno
DNF - Did Not Finish, é algo que os atletas não gostam de ver à frente do seu nome, na folha de classificações das provas. Contudo, desta vez, a situação não me surpreendeu e terá sido mesmo a melhor opção que tomei, para não agravar a tendinite no meu Aquiles. Há coisas que não valem a pena.

Nadei para 34'17" e pedalei para 2h29', curiosamente, tempos muito semelhantes aos que havia realizado o ano passado. Na natação terminei muito mais confortável e no ciclismo, apesar de menos bem treinado, consegui gerir o melhor possível. O ano passado estava mais vento, tinha umas rodas de nível inferior e fui obrigado a efectuar uma paragem devido a um incidente. Este ano, foi mesmo só pedalar.

Na direcção de Santa Iria rolava entre 40 a 42 Km/h. No regresso, não passava muito dos 37Km/h e, na última volta, devido ao vento, foi mesmo abaixo dos 35 Km/h.

Iniciei a corrida com algumas dores no tendão. A coisa costuma desaparecer ao final de algum tempo, pelo que pensei testar durante a primeira volta e decidir quanto à minha continuidade em prova no final da mesma. Mas, como ao fim de 1200m, a dor não acalmava, resolvi não ir mais longe e abandonei a competição, perto da zona de meta, ficando a apoiar os restantes atletas que então cumpriam o segmento de corrida.

Já perdi a conta às vezes que competi nesta prova. Atentos todos aspectos positivos e negativos que para mim são relevantes, julgo que o balanço continua a ser favorável.

Esta era uma prova que, este ano, elenquei no meu planeamento com vista à participação no TriNorthwest, prova de distância IronMan que se disputará na Galiza no mês de Junho. Claro que os planos mudaram e o importante agora é mesmo curar a mazela e estabelecer novos objectivos, ainda que um pouco mais distantes no tempo.

Quanto à prova


  • Gosto do local. Gosto muito. 
  • Este ano gostei também do check-in na véspera, o que evitou a fila interminável que aconteceu no ano anterior. Acredito também que os abastecimentos no segmento de corrida terão sido melhorados. 
  • De todo não gostei da Via Sacra que nos obrigaram a fazer, para obter o kit de atleta. Levanta um papel num lado, vai buscar o kit a outro que dista 700m, volta para junto do primeiro para deixar a bike...
  • Não gostei dos pelotões que os atletas formaram no segmento de ciclismo e não gostei de não ver árbitros a fiscalizar essa situação. Porventura, numa prova sem drafting, e sabendo a importância que tal tem no resultado final, era capaz de dar jeito verificar o cumprimento dessa regra. Acresce que esta prova constitui uma das etapas do Campeonato Nacional de Clubes. Portanto, o incumprimento das regras tem ainda um peso maior. Batoteiros!
  • Inaceitável também que os resultados só saiam no dia seguinte e sejam publicados todos engatados, com erros nos tempos da natação que prejudicaram os atletas a partir dos Grupos de Idade [40-44]. Sei que este é um serviço prestado pela FTP e lembro-me bem que, enquanto atleta federado, tive que pagar para a renovação do sistema de classificações. Pergunto: para quê? E o problema maior é que esta situação é uma replicação fiel do sucedido no ano passado!!!


Fotos da Rita Ramos

terça-feira, 21 de abril de 2015

Grotesco!

Por ali... sobe-se!
O fim-de-semana de ciclismo, uma vez mais em Oleiros, ficou marcado por uma situação grotesca. Mas já lá vamos.

Costumo efectuar um treino forte de ciclismo cerca de 15 dias antes de cada prova importante. A 15 dias do Triatlo de Lisboa, lá voltei ao Pinhal Central para cumprir o planeado, mesmo que não esteja, de todo, afinado para competir em Lisboa.

Terá sido, provavelmente, o dia deste ano em que comecei a pedalar com mais frio. Em alguns pontos a temperatura era de 4º C o que não abonava para o conforto do grupo. A ligação Oleiros-Sertã foi feita pelo percurso que serviu de palco à etapa de contra-relógio da Volta a Portugal 2014. Muito bom. Rápido, técnico e com uns topos pelo meio para que pudéssemos aquecer.

Mesmo indo por diversas vezes pedalar àquela região, ainda nos foi possível inovar em alguns troços do trajecto. Foi isso que aconteceu, com a ligação Barragem da Bouçã - Figueiró dos Vinhos - Foz de Alge, onde pudémos descobrir mais uns spots fantásticos que o nosso país possui.

Divertíamo-nos à grande numa estrada que serpeantava na margem do Alge quando a mesma se começou a afastar do rio, encosta acima. Metros depois o track virava à esquerda. Maldição! Estrada era de terra batida.

Conversa com uma moradora e... era mesmo por ali ou, em alternativa, umas dezenas de quilómetros a mais, ainda que por asfalto (verificámos mais tarde que seriam apenas 4Km a mais...). - Passam lá carros, dizia ela. - Pois sim... mas eu tenho umas Zipp, pensava eu!

Mas a necessidade falou mais alto e lá nos metêmos ao caminho. Pouco mais de 2Km em terra, algumas pedras, alguns topos, umas roda Zipp e uns pneus Corsa Vittoria. Mas se os gajos em Itália fazem a Strada Bianca, nós aqui também havemos de fazer as Margens do Alge! :-)

Completado o percurso sem danos no material e  depois de rolarmos até perto da Sertã, aguardava-nos a maior dificuldade do dia: a Serra do Picoto Raínho, que reserva sempre algumas dificuldades. Desta vez, a sua passagem foi concretizada sem grandes extravagâncias logo, sem grandes notas digas de registo.

Foto: Rita Ramos.
Há-de aparecer um video do BTT



segunda-feira, 23 de março de 2015

Época de Triatlo oficialmente aberta

Invariavelmente na frente do grupo

Quarteira, 22 de Março. Primeiro triatlo da época. Na distância sprint, apenas para introduzir um treino com intensidade competitiva e para matar saudades da modalidade. Dia nublado mas seco e ameno. Mar calmo.

Uma imensidão de atletas à partida, desde logo, deixava antever uma dura passagem na primeira bóia. E foi mesmo assim. Fui  obrigado a parar duas ou três vezes porque a mole de atletas estava com alguma dificuldade de escoamento! Tirando esse aspecto foi uma natação tranquila, mesmo se pensarmos em mais de 1300 braços e pernas a remexerem num pedaço tão pequeno do oceano, fazendo lembrar, por vezes, o interior de uma máquina de lavar roupa. Saí da água com o meu colega de equipa João Serôdio o que, sendo ele melhor nadador do que eu seria um bom indicador. Mas, o tempo do relógio não mostrava isso. Foi mesmo ele quem saiu mais prejudicado no "engarrafamento aquático" e estava um pouco mais atrás do que seria expectável.

O segmento de ciclismo foi mediano. Não podia exigir mais de mim próprio com tão poucos quilómetros de bicicleta nos últimos tempos. Mesmo assim, foi sempre a ganhar posições e a puxar pelo grupo, sempre com a preocupação de me posicionar bem, tanto nos retornos como no gancho à direita, no final da única descida existente no traçado.

Corrida final com boas sensações. Fácil dentro de um ritmo simpático (3'43"/Km), mas com alguma incapacidade para andar em patamares de esforço mais intenso. Afinal, tudo a ver com o treino que faço e para aquilo que treino. A distância sprint não é de todo a minha praia. :-)

No final, um mediano 107º lugar -  em 337 atletas, com uns amargos 15" a separarem-me do pódio V2, escalão onde obtive a quarta posição.

A seguir, o Longo de Lisboa na distância Half-Ironman.

Foto da Rita Ramos





segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Duas mãos cheias


Pois é. Está completada a minha décima maratona, mais uma - a quarta, em Sevilha.

Estava perfeitamente consciente do que estava a valer. Assim, tinha uma de duas opções: sair a 3'50"/Km, tentando ajudar o meu amigo Pedro Monteiro a fazer a marca que ele ambicionava (Sub 2h45), com a certeza de que iria pagar a factura no final da prova ou, fazer apenas a minha corrida, num ritmo na ordem dos 3'55". Como não encontrei o Pedro na saída a decisão foi fácil.

Rapidamente encaixei num grupo com o andamento pretendido e nele me mantive até perto do Km20. Aqui deixei-os afastar demasiado e não consegui colar. Tentei, com a ajuda de um atleta que me ultrapasou mas, só consegui mesmo, quando um segundo atleta me ultrapassa e, a esse sim, consegui colar. Reentrado no grupo as sensações voltaram a melhorar e lá fiz mais uns oito quilómetros tranquilos e confortáveis.

Ia a correr com alguma folga. Seguia com cerca de 6 ppm abaixo daquele que era o meu ritmo de prova. Preferi essa abordagem, mais conservadora, pois temia que o volume mais reduzido com que preparei esta maratona pudesse fazer estragos a nível muscular na parte final da prova.

Entrei nos 10Km finais - na passagem pelo Estádio do Bétis, com boas sensações e reserva de frequência cardíaca. Forcei o andamento e comecei a passar bastantes atletas também incentivado pelo muito público que enche as "calles sevillanas". Parece que ano após ano há mais gente na rua.

O tempo ia curto para as 2h45' e a parte muscular indiciava alguma fadiga, mas era já ali. Estava feita!

Registo final 2h46', 184º da Geral, 15º do Escalão. Do Km25 até final recuperei 168 lugares!

A Maratona de Sevilha ganhou outra dimensão. Mais atletas, mais oferta em termos de organização, um speaker português, mas continua com a sua essência genuína. É uma excelente prova para correr a distância.

E como a Maratona não é só correr um obrigado especial aos meus amigos Gonçalo, Ivana, Hugo, Ivone, Gabriel, Guilherme, Vitória e Batata pelo apoio e pelo excelente fim-de-semana. :-)

Next: Half de Lisboa!




segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Dezena


No próximo Domingo tentarei cumprir em Sevilha a minha décima maratona. Será a décima se não contarmos com as duas que já corri em provas Iroman. Mas aí considero que a única semelhança com uma Maratona é mesmo a distância. Tudo o mais é muito diferente.

Será também a quarta maratona que tentarei completar em Sevilha. Já lá fui uma outra vez, mas então apenas para realizar um treino longo de 30Km em ritmo competitivo.

Como já tive oportunidade de escrever, abordei a preparação de forma um pouco diferente. Menos volume de corrida, maior volume de trabalho de força, mais consistência nos treinos longos e de ritmo, com a preciosa ajuda do meu colega de equipa Pedro Monteiro. Aliás, estou convencido que ele estará implacável, assim tenha serenidade para gerir o ímpeto inicial dos primeiros quilómetros. 

As minhas sensações têm sido boas e espero por isso poder transferi-las para o dia da competição. Sairei da box Sub 3h00'. Nos dois últimos anos apenas corri uma maratona, então com um registo de 2h47'. Não poderei assim partir do local de que gostaria, na tentativa de poder encaixar num grupo que corresse para um tempo final de 2h44'/2h45'. Ma s as coisas são como são e tal não será possível. O que contará mesmo serão as adaptações que o corpo conseguiu fazer ao trabalho das últimas dezasseis semanas, e também a resiliência que vários anos de prática de desportos de resistência me têm proporcionado.

Em suma, tentarei concluir com uma marca dentro dos meus registos habituais na distância e sem questões físicas que me impeçam desde logo de começar a preparação com vista ao Ironman que pretendo realizar em Junho.


domingo, 8 de fevereiro de 2015

Oitavo!

O último retoque competitivo, antes da Maratona de Sevilha, decorreu hoje mesmo, no Grande Prémio de Algueirão/Mem-Martins, na distância de 10Km.

Ia, simplesmente, na perspectiva de realizar um bom treino de intensidade, logo após uma corrida inicial de cerca de 50'. Apesar de já ter competido em inúmeras prova de estrada, esta trouxe-me algumas novidades, a saber:


  • Pela primeira vez liderei uma corrida de estrada. Sim, durante o primeiro minuto segui na frente da prova a pensar onde diabo paravam aqueles que de facto corriam... Estaria o nível assim tão baixo?
  • Depois acabei no Top10, mais concretamente em 8º lugar absoluto e em segundo do escalão.
  • Por fim, descobri que o segundo lugar do escalão tinha direito a um prémio monetário o qual, pelo menos, serviu para pagar o almoço.


Enfim, boas supresas numa prova de boas sensações, com imenso frio, disputada em percurso urbano e com uma subida difícil que se tinha de cumprir por duas vezes.

No final 8º de 500 atletas que completaram a prova com o registo de 36'47" (3'41"/Km), o que, dada a dificuldade do persurso, me deixa bons indicadores para Sevilha.

Desta vez efectuei uma abordagem diferente a esta competição com menor volume semanal de corrida, compensado com mais trabalho de qualidade - foram excelentes os treinos de ritmo e na pista, e mais trabalho de força. 


Veremos o resultado, será daqui por 15 dias.

Até lá.