segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Estatística de uma Maratona

 Depois de ver as fotografias e o video da chegada da Maratona de Sevilha constatei que estava mal classificado. Expus a situação à organização com as evidências dos factos e a classificação foi rectificada. Fui assim 58ª da geral e 3º do escalão. Nada mal... :-)


Melhor mesmo só os gráficos comparativos disponibilizados na net, dias após a prova. Uma coisa muito simples que enriquece o produto que se vende. Fica a minha folha...



terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

2h43'20"



Ontem concluí uma maratona pela oitava vez. Todos os anos, desde 2006, tenho, anualmente, realizado pelo menos uma destas provas. Desta vez, foi em Sevilha, cidade onde também já havia corrido em 2010.




No video, o Vasco chega perto das 2h43'20 oficiais, eu, de vermelho, uns segundos depois, do lado direito da imagem, na frente de um grupo.


Depois de 16 semanas de preparação, sem qualquer percalço, considerava-me em condições e estava disposto a fazer melhor do que os meus últimos desempenhos na distância. Estava bem treinado, havia feito uma abordagem correcta à prova, nos dias que a antecederam, as condições atmosféricas eram excelentes, especialmente para mim que não gosto de frio.


Tinha pensado correr sempre na companhia daquele que foi o meu principal parceiro de treino neste planeamento: o Vasco Rodrigues. Contudo, um desencontro de última hora fez com que acabasse por partir numa má posição, o que resultou num primeiro quilómetro muito mais lento do que o desejável.
A partir daí entrei finalmente no ritmo que tinha previsto, aproximadamente a 3'45"/Km. Cheguei mesmo a fazer um quilómetro a bater nos 3'30", sempre na expectativa de apanhar o Vasco, que sabia seguir mais à frente.


Tendo resultado infrutífera essa tentativa, acabei por me manter num grupo que alcancei perto do km 11. Era um grupo que rodava na casa dos 3'/50", com cerca de 7 unidades. Foi aí que me integrei a espreitar o grupo do Vasco que levava cerca de 100m de avanço.


O grupo foi perdendo unidades, acabando só por ficar eu e um atleta espanhol. Acabámos por alcançar o Vasco apenas ao Km 37. Ele preferiu não nos acompanhar e acabou por se atrasar cerca de 25m. Contudo, ao km 39 começo a entrar em perda e sou alcançado pelo Vasco ao Km 40. Fizemos um quilómetro juntos e, na derradeira aproximação ao Estádio descolo. Já dentro do estádio perco mais uma posição. Mas ainda tinha uma réstia de energia para "sprintar" nos últimos 200m e assim, não só desfazer a ultrapassagem de que havia sido alvo, como também, ganhar mais uma posição.


Registo final de 2h43'20", 60º da geral entre 5.500 atletas e 4º no meu escalão. Aqui foi a parte amarga. Fiquei a um miserável segundo do pódio com um tempo real (o tempo de chip) melhor do que o meu adversário que, por sinal, era também português.


Agradecimentos:

  • Ao Vasco e ao Salvador. Especialmente ao Vasco, com quem partilhei a quase totalidade dos 1500 Km, de preparação mesmo aqueles que fizemos às 6h30.
  • Ao Miguel, ao Luís Santos e de novo ao Salvador meus companheiros de viagem a Sevilha.
  • Ao João Luís e a Ana Serôdio, à Rita Ramos, ao Victor, Gonçalo, Helena e Gabriel Vicente, à Ivana Coimbra, à Ivone e ao Hugo, à Isabel, ao David e à Susana, à Sandra e à Leitão, pelo incansável apoio em cada esquina do percurso.
  • Ao Vasco, ao Salvador, Nuno Dias, João Serôdio, Luís Santos, Miguel, Silva e Leitão, por terem alinhado em enfrentar a mítica distância.



Notas:

  • Alojámo-nos num hotel gay friendly para que Salvador pudesse passar despercebido. Quem é amigo? Quem é? lol
  • Combinámos com os Vicentes à porta do estádio de futebol. Nós estávamos no do Bétis, eles esperavam-nos no do Sevilla. lol
  • Na véspera, O Miguel preparou cuidadosamente, o seu cinto de abastecimentos com várias embalagens de gel. Quase a chegarmos ao estádio deu conta de que o tinha deixado no quarto do hotel. Lá fizemos um peditório de geis para o desenrascar. lol



Agora os objectivos passam a estar focados no Triatlo, apontados para o evento do ano: o Campeonato do Mundo de Distância Longa em Vitoria-Gasteitz, onde nadarei 4Km, pedalarei durante 120Km e terminarei com uns saborosos 30Km de corrida.


Peço-vos que vão ao meu ao meu Facebook e, no video que partilhei em  http://www.facebook.com/profile.php?id=658488165 , façam GOSTO. Estou num concurso para ganhar uma inscrição para o Lisboa Triathlon. 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Lance Armstrong - uma inspiração


Depois de brilhar na alta roda do ciclismo mundial, Lance Armstrong está de regresso à modalidade da qual já foi praticante: o Triatlo.



No 70.3 do Panamá (1,9Km; 90Km; 21Km) Lance liderou quase até final, sendo passado por Bevan Docherty no último quilómetro. Docherty não é um atleta qualquer. Tem duas medalhas olímpicas em casa e já foi campeão mundial, título esse conquistado na Madeira, em 2004.


Gostei do registo de Armstrong na entrevista, após final da prova: "If it wasn’t fun I wouldn’t be here. I don’t need a job, so I need a challenge in my life. I need some stuff to do. I like to train, I like to suffer a bit."


Não gostei do facto de não ter visto o Docherty que aguardava por ele na meta, e dos Media terem ignorado o vencedor daquela forma...


Apesar de tudo, uma inspiração. Eu continuo a apostar nele, contra tudo e contra todos, para ganhar no Hawaii. Vamos ver!


Vídeo de Ironman.com

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Recta final!

Hoje realizei o último treino longo do planeamento. Estava um dia solarengo, ainda que um pouco frio e com algum vento incomodativo. Daqui por 15 dias, Sevilha assistirá, ao que estes mais de 1200Km de preparação tornarão possível. Para já, aponto para uma marca na casa das 2h43' que, a consumar-se, será o meu terceiro melhor registo de sempre.


Mas para além da preparação que fazemos, outros factores há, que são decisivos no dia da corrida. No que me diz respeito, só posso garantir que tudo o que depender de mim será rigorosamente controlado.


A figura que ilustra este post mostra o gráfico de volume das 14 semanas de preparação que já realizei. Comecei com mesociclos de 4 semanas, que passaram, depois, para mesociclos de 3 semanas. O maior teve perto de 140Km e ainda está fresco na minha memória.

Agora é o período onde a diminuição da carga nos permite melhorar as prestações. Esperemos que tudo continue a correr bem, como até ao momento.