quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Ironman Wales. Feito!


Já está. Cumprido o meu 3º Ironman. Foi no passado Domingo, em Tenby, Wales.

Porquê Wales?

Por vários motivos. Porque me agradava a altura do ano, porque era relativamente acessível, porque a minha prima Cristina é proprietária de um Turismo Rural por aquelas bandas  - Abbey Cottages, porque o segmento de ciclismo é bastante selectivo, porque desde puto que gosto do País de Gales - a equipa pela qual então torcia, no Torneio das 5 Nações em Rugby, porque achava que devia a mim próprio competir numa prova do verdadeiro circuito Ironman e tentar, por uma vez que fosse, a dita slot para o Hawaii.

A preparação

Tratei desde logo de todos os detalhes. O principal foi a ajuda do Paulo Conde enquanto treinador - http://www.ironconde.com . Mesmo sendo eu da área do treino, nada melhor do que a figura do treinador para nos ajudar nesta longa preparação. Depois a companhia do meu colega de equipa Carlos Maia com quem partilhei milhares de quilómetros de treino. Palavra de agradecimento também para os meus restantes colegas de equipa do Triatlo Algés, que foram excelente companhia durante os 9 meses de preparação.

O ambiente

 
Fantástico e arrepiante com uma poderosa máquina organizativa por trás. Ainda que, em determinados detalhes, pudesse ser melhorada: mais massagistas no final e zonas de transição alcatifadas.

Dormimos a noite antes da prova em Tenby, num B&B localizado a 5' do local de partida, para nos facilitar a logística e estarmos assim mais descansados e tranquilos.

A prova

O segmento de natação foi disputado em duas voltas, com saída da água entre elas. Mar calmo, sem ondas, mas alguma corrente contrária até à boia nº 1. Inúmeras alforrecas que, tanto quanto sei, não causaram danos. Nadei ao meu nível, para 1h05, nuns 3,8Km algo curtos.

Esperava um ciclismo demolidor. Tive um ciclismo demolidor. Sobe e desce permanente e com zonas técnicas, sempre a meter mudanças e a utilizar, muitas vezes, os andamentos mais leves - 39*27. Subidas a 22% por contraponto com descidas a 75Km/h. Tudo isto em paisagens magníficas ou em zonas urbanas (pouco) com público fantástico. A subida dos 22% - St. Brides Climb, assemelhava-se à histeria colectiva vivida nas rampas do Tour de France...
Aprendi também, num cartaz por alguém colocado noutra das duras subidas do dia, que: "Pain is the French word for bread..." :-)




A corrida estava alinhada com o ciclismo. Subidas, descidas e curvas a 90º nas zonas urbanas. A atmosfera criada pelo público era qualquer coisa de inarrável.

A prestação

Atenta a dificuldade da prova, tinha apontado para um tempo final de 10h40. Gastei mais 5'. Acreditava ser possível trazer a desejada slot de acesso ao Hawaii. Fiquei a cerca de 10' dela. Uma margem que demonstra que não era um objectivo impossível. Antes pelo contrário.


Pode ser que haja outra oportunidade!

Para já, deixo aqui a minha estatística.

E deixo um agradecimento especial para o João Serôdio e Rita Ramos, totalistas a acompanharem as minhas incursões na distância Ironman e que proporcionam um apoio determinante; e para o Carlos Maia que alinhou neste longo caminho até à passadeira vermelha do Ironman Wales.

Estou satisfeito.