segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Vazio!


Felizmente não sou homem de me deixar abater facilmente, pois face à conjuntura actual (e não tem nada a ver com a crise global) já estaria com sete depressões... No mínimo!!!

Os meus parceiros de treinos são capa de revistas de referência, no que concerne ao estilo e à masculinidade.... Boa Futre! Como se isso não bastasse, hoje nas séries, o homem deu-me com o pé-de-cabra à grande e à francesa. Não que ele estivesse a andar muito; eu é que me arrastei completamente: 7'16", 7'13", 7'27", 7'48" e 8'01"... para quem tinha como objectivo 6'56"... Morto com duas pernas-de-pau... Completamente vazio, eu que durante a semana já havia corrido a muito bom nível! :-(

Estamos assim perante um verdadeiro fenómeno, eventualmente o solteiro disponível mais cobiçado da nossa praça! Meninas... façam fila por favor! Futre... Chega-lhes!





Maratona de Sevilha


Este fim-de-semana viajei até Sevilha. Não para fazer a Maratona, mas sim, para para nela participar. Sevilha havia sido a minha primeira escolha mas, por vicissitudes várias, acabei por não reunir condições para poder participar em pleno. Daí ter surgido Hamburgo como novo projecto, com uma almofada de 12 semanas para tentar alcançar a forma desportiva.

Quanto à prova de Sevilha gostei bastante. Sem a dimensão das grandes maratonas mundiais, acaba por ser uma prova simpática, bem organizada, com algum e participativo público nas ruas. O facto de utilizar o estádio olímpico de Sevilha como base de partida e chegada funciona também muito bem, pois disponibiliza um vasto conjunto de facilidades à partida e à chegada dos atletas. Uma inscrição muito barata, com um pacote de ofertas que inclui um equipamento técnico de corrida, é outra das mais valias da prova. O Hotel que escolhemos, um cinco estrelas a poucos metros do estádio, oferece também um conjunto de serviços, imprescindíveis para os atletas, a preços especiais. A poucas horas de viagem (não chegam a 4h) estão reunidas as condições para lá voltar numa próxima edição. Quando comparada com a Maratona de Barcelona... dá 10-0!!!!!

No que respeita à corrida em si, não teve grande história. Após o primeiro km em 4'10" e alguns esticões para saltar de grupo em grupo, acabei por encaixar num, que a rolava a 3'45",
e no qual seguia a primeira espanhola. Aí me mantive até perto do Km20, quando uma dor muscular no psoas ilíaco me obrigou a reduzir o ritmo até ao Km25, onde tínhamos marcado o ponto de encontro, para daí trotarmos de volta ao estádio.


Na foto o Eurico Candeias, o único de nós que ia para completar e que o fez de forma superior, com uma marca na casa das 2h34'... na estreia! Parabéns! Só a título de curiosidade, o homem andou tanto que ao km2 já havia descolado a lebre, o Sérgio Santos!!! Tivesse a lebre aguentado e, quem sabe, a marca teria sido ainda melhor... :-D

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

A verdadeira atleta da família


Apesar do registo algo egocêntrico que caracteriza o meu blogue, a verdadeira atleta da família é mesmo a minha mulher e é a ela que dedico o post de hoje.

Enquanto eu treino para tentar melhorar as minhas performances, ela fá-lo para que as dela não piorem demasiado com o passar dos anos.

A Helena iniciou a sua actividade desportiva com 11 anos. Com a persistência que lhe é conhecida massacrou o pai para que a inscrevesse no Sport Algés e Dafundo para aprender a nadar. Incrivelmente, nesse mesmo ano conseguia tempos para estar presente nos Campeonatos Nacionais e assim iniciava a sua carreira de nadadora, na qual atingiu o patamar internacional.

Anos mais tarde, quando as exigências da vida profissional se incompatibilizaram com o treino de alto rendimento em natação, o caminho continuou na água e a modalidade escolhida foi o Polo-Aquático, no seu clube de sempre, o Sport Algés e Dafundo. A conquista de treze Campeonatos Nacionais seguidos e de doze Taças de Portugal, inúmeras presenças na selecção nacional, de que era capitã de equipa, presenças na Liga dos Campeões e no Campeonato da Europa A, no qual foi eleita para o 7 ideal, troféus de melhor jogadora, melhor marcadora e atleta do ano, constituíram factos assinaláveis da sua passagem no Pólo-Aquático.


O bichinho pelo desporto e sobretudo pela água levaram-na a experimentar o triatlo. Também aqui, conseguiu ser campeã nacional absoluta, em Montegordo no ano de 2003. Uma sucessão de felizes coincidências, especialmente a ausência de Vanessa Fernandes, permitiram-lhe vencer a prova de atribuição do título e que era também a sua primeira experiência na distância olímpica. Mais tarde alcançaria outro título nacional em Agegroups.

Com uma vida profissional muito intensa, o tempo para treinar encurtou de forma muito significativa. Apenas a oportunidade para umas curtas saltadas à piscina, no sentido de manter alguma actividade física.

No passado fim-de-semana, enquanto eu me enlameava no Duatlo do Jamor, ela nadava num torneio de Masters em natação. Nadando pelo Clube de Natação do Colégio Vasco da Gama, destacou-se pelos oito recordes nacionais obtidos a nível individual (50, 100 e 200 livres, 50 e 100 costas, 50 mariposa, 100 e 200 estilos).

Ela sim, é a verdadeira atleta da família...


Fotos: FPN (Rita Taborda) e FTP

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Ímpetos



No Sábado fui acompanhar os meus filhos ao Duatlo Jovem do Jamor. A zona de competição estava bem organizada e respirava-se aquele ambiente que tanto me seduz. O ímpeto foi mais forte e acabei no secretariado, a efectuar a minha inscrição para a prova no dia seguinte.

Apesar de me manter a treinar de forma regular, há algum tempo que não faço trabalho de qualidade. Já na BTT não tocava desde o Geo-Raid, disputado em Outubro do ano passado! Nem na BTT, nem na máquina de estrada.

A primeira corrida não me saiu particularmente bem. Sem trabalho de intensidade, os 5Kms foram corridos a uma velocidade demasiado rápida para mim. Também a transição não foi das melhores, pois tinha o meu material instalado num mini lago, que se havia formado no parque de transição, dificultando bastante as coisas.

Já em cima da BTT as sensações superaram as minhas melhores expectativas. Sentia-me à vontade em termos técnicos e, apesar do terreno muito pesado e escorregadio, conseguia ir ganhando bastantes posições e perder quase nenhumas. Andei muito tempo colado ao Carlos Cabrita, só o perdendo quando, num single-track, ele conseguiu ultrapassar dois concorrentes, interpondo-os entre nós e deixando-me irremediavelmente para trás.

A distância aumentou ainda um pouco mais, quando sofri uma queda, antes da última descida do dia. A roda da frente resvalou no passeio e o remédio foi mesmo encolher-me, para evitar danos físicos.

O início da segunda corrida foi algo sofrido. Custou um pouco a acelerar o ritmo e perdi uma importante posição que me afastou do pódio dos V1. Enfim, concluí mais um excelente momento desportivo, que quebrou um pouco a rotina do treino diário de corrida.

Agora, assestado em Hamburgo, com 12 semanas para puxar a forma. Vamos ao trabalho!

As fotos que vos deixo, foram sacadas pelo António Bila no balneário do EN e são ilustrativas do que estado em que se encontrava o percurso do EN. :-D