segunda-feira, 2 de maio de 2016

Half de Sevilha

A cidade andaluz de Sevilha começa a ser um dos meus destinos mais frequentes em participações desportivas internacionais. Já por lá completei quatro maratonas e este fim-de-semana voltei a competir em triatlo, pela segunda vez, de novo na distância half Ironman.


1900m de natação no Guadalquivir, sem fato
A prova tem a particularidade da partida acontecer pelas 15h30'. Não estamos muito habituados a este horário, mas tem a vantagem de afastar a corrida final das horas de maior calor.
 
Cycling, checked!

No segmento de natação, disputado sem fato, aprendi com o erro do ano passado e posicionei-me melhor à partida. Saí do lado exterior, assumindo fazer mais metros, mas nadar mais tranquilo. Praticamente sem qualquer contacto físico, concluí com 37' os 1900m do percurso de duas voltas.
Entrada para a segunda volta de corrida: 10Km para o fim
Feito! :-)
Chegava a vez do ciclismo e de pôr à prova todo o treino feito desde há alguns meses. Apenas com o cuidado de não deixar a frequência cardíaca sair da zona pretendida, lá fui na minha missão de recuperação de posições, a qual foi bastante bem sucedida, pois ganhei 194 lugares.

O ciclismo de Sevilha, não apresentando nenhuma dificuldade particular, é no seu todo demolidor e deixa muitos estragos nos atletas. O percurso é um sobe e desce permanente, bastante exposto ao vento e ao calor. Quem andar mais do que aquilo que vale e quem não se hidratar e nutrir convenientemente pagará uma factura bem elevada na corrida final. Cumpri o segmento com a boa média de 34,6 Km/h.

Sem legenda! :-)
Chegava para a corrida final na posição absoluta 34. Durante a transição cometi um erro: esqueci os meus géis na zona de transição e segui sem nutrição. Quando dei conta não quis voltar atrás assumindo ir correr o risco de utilizar os disponibilizados pela organização.

A transbordar estilo na Andaluzia!
Comecei a correr entre 3'55"/Km e 4'00"/Km, com algum conforto. Entretanto tive necessidade de parar para um xixi técnico e reatei a corrida ingerindo um dos tais géis da organização... Asneira! De facto, não é só por se designar gel energético que um produto é adequado para este tipo de actividade. Aquele, de todo, era mau. O ritmo caiu para 4'30" e o mal estar no estômago instalou-se. Andei assim cerca de 4Km, até a coisa se recompor e reentrar em ritmos mais interessantes, na casa dos 4'10"/20".

A chegada à zona de meta foi feita com enorme satisfação e felicidade. Não por nada de especial, até porque já completei inúmeros triatlos nesta distância mas, pela memória que tinha do que havia sofrido na corrida da edição anterior. Desta vez, dificilmente conseguiria estar mais satisfeito.

No final 36º da geral, com o registo de 4h56'26". Fui ainda 9º de um escalão que englobava uma faixa etária de 10 anos (40-49) e englobava um terço dos atletas em competição. Fiz cerca de 50' menos do que a média dos atletas do meu escalão e em termos de equipas, o meu Sport Algés e Dafundo apenas foi superado pela equipa, também portuguesa, da Portinado.

Poderão pensar que um registo de 4h56' dista bastante da minha melhor marca na distância - 4h24'. É um facto, mas são provas com segmentos de ciclismo incomparáveis, e aí reside toda a diferença.

A próxima será em Olivenza, Espanha... já daqui a 15 dias.

Fotos da Rita Ramos