quinta-feira, 23 de junho de 2011

44<>20


Quarenta e quatro diferente de vinte foi a grande aprendizagem do passado domingo! 44 anos de idade não são exactamente 20. Matematicamente já sabia, biologicamente fiquei agora convencido.

A fazer um "renhido" de basquetebol 1X1, numa penetração para o cesto acabei estendido no chão. Nada de extraordinário, mas o romboide direito e uma costela não acharam graça à brincadeira. Logo eu, que evito tantos os desportos colectivos, por achar que já não me dão grande saúde em termos musculares e articulares.

Portanto, estou a 1/3 do gás. Nadar nem pensar. Pernas com barbatanas e é uma sorte. Correr, só em "Snail Pace". Pedalar, ainda é a actividade que menos mossa me causa. Ando a carregar nos anti-inflamatórios, orais e tópicos, a ver se consigo ir a Aveiro. Uma prova que aprecio, ainda para mais com as estafetas de equipas no dia seguinte. Enfim... aguardemos.

Estou assim, completamente, nas mãos do rombóide. Bem antes dele do que nas do Sócrates.


sábado, 11 de junho de 2011

Power fourties



Faz agora um ano que, neste blog, manifestei a minha enorme satisfação por ter alcançado o pódio no mítico Triatlo de Oeiras. Agora, um ano depois, voltei a repetir o feito.

A prova de ontem bateu todos os recordes de participação. Portanto, o cardume era numeroso e antevia-se uma natação plena de contacto físico. Por isso mesmo, saía o mais forte que consegui, com o corpo a queimar. Acabei por alcançar a primeira bóia sem grande dificuldade e bem integrado na extensa linha de nadadores que então se ia formando. O pior estava reservado para o trajecto da última bóia até à praia. A corrente forte dificultava o regresso e puxava-nos para junto do forte, mas lá acabei por concluir o segmento sem novidade e não longe de algumas das minhas principais referências.

Em cima da bicicleta havia que, como habitualmente, dar tudo por tudo para recuperar posições. E assim foi. O primeiro grupo alcancei-o ainda sem ter calçado os sapatos de ciclismo. Pude assim respirar, calçar-me e dar um novo esticão em busca do grupo que nos antecedia, que foi alcançado pouco depois. Depois de respirar de novo, ataquei uma vez mais, rebocando o grupo até junto do seguinte. Felizmente, aqui já tive a ajuda de dois atletas, um dos quais o João Santos. Chegávamos então ao retorno de Algés e estava concluída a ligação. O regresso a Oeiras foi feito a ritmos mais tranquilos, aqui e ali com tentativas de ataques, mas sem sucesso.


Iniciava a corrida final a fazer contas à classificação do escalão. Na minha frente o Rui Sousa, já inalcançável, o Pedro Cordeiro, com um bom avanço e o Paulo Lamego, meu colega de equipa que seguia ali, apenas a 10m. Contudo o Paulo ia muito forte e, em vez de lhe ganhar terreno, perdi. Precisamente 20". Valeu que consegui ultrapassar o Pedro Cordeiro e, desse modo, garantir o terceiro lugar do pódio V1, com 1h04'07" (57º geral).

Competir, agora, só daqui por 3 semanas em Aveiro. O fim-de-semana de extrema importância, com a disputa de mais uma etapa do Campeonato Nacional Individual e, no dia seguinte, as estafetas do Campeonato Nacional de Equipas, no qual tentarei integrar uma equipa de veteranos com aspirações ao pódio.

foto 1 da Rita Ramos - à conversa com o Paulo Lamego, momentos antes da última transição.

foto 2 do Carlos Maia - perseguindo desesperadamente o Lamego.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Não saiu...

No passado sábado disputou-se em Peniche o Campeonato Nacional de Agegroups. Ou seja, a prova que atribui os títulos nacionais da modalidade, nos diferentes grupos de idade. Peniche é o berço do Triatlo Nacional. Foi ali, nas águas geladas do Oeste, que tudo começou há 27 anos. E o tanto que mudou em 27 anos...

Menos de uma semana cumprida após o Longo de Aveiro, lá estava eu, de novo, a aguardar o soar da buzina de partida. Uma prova muito concorrida, com um arranque cheio de contacto físico durante as primeiras braçadas. Mesmo assim, lá fui bem integrado no cardume, sem grandes sobressaltos, pensando que a coisa até estava a sair bem.

Saí da água com o registo de 13'38". Contudo, à minha volta não estavam as referências habituais. Antes aqueles que sei gastarem mais tempo na água que eu. Estranho!

Indiferente a isso, acreditei que recuperaria no ciclismo. Mas, teria de esperar pela segunda volta para alcançar um grupo mais numeroso, no qual me integrei e procurei espevitar. O meu foco eram os restantes meus adversários do grupo de idade, alguns dos quais sabia seguirem à minha frente.

Rapidamente chegávamos à transição e esperavam-nos 3 voltas de corrida, nas ruelas de Peniche. Impus o meu andamento, mas foi insuficiente para me chegar muito mais à frente no meu grupo de idade. Quase todos eles correram mais depressa, ou ao meu nível, ganhando tempo, ou mantendo simplesmente o avanço.

Terminei na posição 59ª, com o registo de 1h08'13". No grupo de idade 40-44 fui 7º. A modalidade está deveras competitiva. Basta atentarmos que se classificam os primeiros 64 atletas em apenas 8' e, no grupo de idade 40-44, se classificam 10 atletas em apenas 5'.

Uma das curiosidades da prova foi o facto de ter saído 1" à frente do Dário Santos que, entretanto, na azáfama do PT, de desembaraçou melhor do que eu, tendo saído com 14" de vantagem. Acabaria por o alcançar apenas na segunda volta de ciclismo e com dificuldade.

Apesar de significativa melhoria relativamente ao ano transacto (menos 3'32" e melhores registos em todos os segmentos), tinha melhores expectativas, pelo que considero que a prova não me saiu pelo melhor. Competi em demasia durante o mês de Maio. Dois triatlos Longos, um Olímpico e uma prova de ciclismo de 160Km, em apenas 5 semanas é demasiado. Já na sexta-feira será o Triatlo de Oeiras e depois conto fazer um intervalo nas minhas participações competitivas.

foto de António Garcia