domingo, 29 de dezembro de 2013

Época de S. Silvestres

As corridas de S. Silvestre proliferam por esse país fora. Parece que não há terra que não tenha a sua corrida. Saúda-se a proliferação de eventos desportivos e, sobretudo, de gente com hábitos desportivos para nelas participarem. Eu estive na S. Silvestre de Lisboa.

Desde há uns dias andava com alguns problemas físicos, mais concretamente a nível muscular. Como tal tentei ir de forma controlada, a rondar os 4'00/Km, sem exageros. Mas o tal do S. Sivestre não estava comigo. No final da R. do Ouro a equipa das meninas do Águias de Alpiarça "estacionada" à saída de uma curva - acho que uma delas tinha caído. Bem que travei e me tentei desviar, mas não evitei uma escorregadela e o choque com o grupo ficando "pendurado" numa delas, mas estendido no chão. Rapidamente recuperei a marcha e lá segui no meu ritmo forçado. Sempre que tentava acelerar um pouco a dor agudizava-se e, chegado ao início da Av. da Liberdade, ao Km. 7,5, resolvi desistir. Não havia necessidade de sofrer e agravar as coisas.

Com esta decisão veio também a de não participar na S. Silvestre da Amadora, nem na Maratona de Sevilha e a de olhar, exclusivamente, para a época de Triatlo. Para já será tempo de curar a mazela e relevar a natação, o ciclismo e o trabalho de força.

Feliz 2014.


Foto:  São Silvestre de Lisboa

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Retrospectiva 2013


Desta vez fica um video. Fica o registo da minha época de 2013, uma época que posso dizer que, de alguma forma, me sorriu, apesar de não ter almejado tudo o que tinha definido.

Fiz a Maratona de Sevilha, um duatlo e mais seis triatlos: Duatlo de Torres Vedras, Triatlo do Estoril, Triatlo Longo de S. Jacinto, Triatlo de Oeiras, Triatlo de Pedrógão Grande, Triatlo Longo de Caminha e o Iberman (na distância Ironman).

  • Cumpri o meu grande objectivo de concluir uma prova na distância Ironman.
  • Fiz,  no Longo de S. Jacinto, aquela que considero a minha melhor prestação de sempre em triatlo, com 4h24' e o segundo lugar do pódio;
  • Nessa prova fiz o melhor segmento de ciclismo de entre os portugueses presentes e o terceiro de entre todos os atletas;
  • Sagrei-me Vice-Campeão Nacional de Triatlo Longo, em Caminha.
  • Ganhei uma medalha numa prova internacional, com a terceira posição no Iberman
  • Fui ainda ao pódio em Pedrógão Grande.


Está tudo resumido aqui!

Fica ainda o agradecimento aos meus colegas de equipa do Clube de Natação do Colégio Vasco da Gama - a melhor equipa de Triatlo do Mundo, e a todos os que me aturam e suportam algumas coisas que, aparentemente, outros considerariam pouco normal.

Bem hajam. :-)

domingo, 15 de dezembro de 2013

Onze!

Paulo Lamego, João Serôdio, José Freire e eu
à porta do Água Salgada, em Sagres
Em Dezembro de 1997 cumpri, pela primeira vez o Tróia-Sagres, um desafio criado pelo António Malvar que, ao longo dos anos foi arrastando mais e mais adeptos espontâneos.

Desde então, o Tróia-Sagres massificou-se, trazendo com isso as coisas boas, mas também as más. A insegurança dos ciclistas aumentou. Mas aumentou, essencialmente, devido às viaturas que acompanham os próprios ciclistas, ignorando todos os outros  que não sejam o "seu ciclista". Enfim... egoísmo e falta de civismo.

Ontem fiz a minha décima primeira edição, na companhia dos meus amigos e velhos companheiros destas andanças, Paulo Lamego e José Freire.

Há uns anos atrás encarava o Tróia-Sagres como um grande desafio, algo que precisava de algum treino e de uma logística cuidada. Agora... nem por isso!  Há uns anos éramos poucas dezenas. Ontem, terão saído de Sagres perto de 800 ciclistas.

Assim, lá nos fizemos à estrada, depois de uma semana que, para mim, foi algo pesada em termos de treino para a Maratona de Sevilha. Teremos sido, provavelmente, o último grupo a arrancar para Sagres, poucos minutos antes das 9h00.

O Paulo Lamego impôs um ritmo bem animado nos primeiros 30Km, até alcançarmos um grupo, numeroso, com ritmo interessante e no qual seguimos até Sines. Mas... maldita cafeína. A ingestão de um café suplementar, antes da saída de Setúbal, teve um indesejado efeito diurético. Uma paragem escusada, que nos fez perder o grupo e ficarmos, apenas, os três.

Um pouco depois o Lamego a ter uma quebra, passageira, mas que nos obrigou a reduzir o ritmo. Também, mal ele recuperou passámos de um registo de 25Km/h... para perto de 50Km/h... Coisas! :-) Como se não bastasse, um pouco depois, parados de novo, para reparar um furo.

No final, 196Km percorridos em 6h05', 32Km/h de média, num excelente dia, pese embora o vento que se fazia sentir.

Foto de alguém que passava na altura


segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

De regresso!

No último quilómetro
Esta foi a minha primeira competição após a participação no Ironman.

Passaram, portanto, cerca de três meses desde então. Durante esse período não tive vontade de competir mas, agora, já sentia falta do cheirinho das corridas. Pena ter escolhido uma prova organizada pela Xistarca para este regresso. De facto, encaixar uma corrida de 10Km, com partida 15' antes da Meia-Maratona, é fácil de ver que daria mau resultado, com os atletas mais rápidos da Meia a alcançarem os mais lentos dos 10Km, gerando uma enorme confusão face à diferença de andamentos existentes entre ambos. Mas enfim, o objectivo parece ser lucrar ao máximo com o período dourado que a prática de corrida atravessa, com um número crescente de adeptos, sem proporcionar o retorno de qualidade que se impõe. Culpa nossa, corredores, que sabendo ao que vamos continuamos a alinhar nestas coisas. É que nem o trajecto da prova coincidiu com o publicado na net...

Quanto à minha prestação não teve grande história. Vinha de um mesociclo preparatório no qual não corri tudo o que estava prescrito. Sim, andei um pouco na balda, pelo que, não podia aspirar a mais do que correr a 3'50"/Km. Terminei a prova com uma média de 3'49"/Km, pelo que terei de estar satisfeito, face ao cumprimento do objectivo.

A manhã estava fria e o nevoeiro junto ao rio em nada ajudava a aquecê-la. Saí bem na frente e procurei gerir os primeiros quilómetros para aquecer e não sofrer demasiado na única subida do dia - dos Jerónimos para o Estádio do Restelo.

A partir de Algés a prova seria totalmente plana, sem dificuldades de maior. Assim fiz e rapidamente integrei o numeroso grupo da primeira mulher - a Sandra Teixeira, conhecida no mundo do atletismo como Sassi. Mantive-me no grupo até perto do Km 14, quando o andamento aumentou para 3'30"/Km, algo que já era desconfortável para mim. Descolei. Aliás, o grupo esfrangalhou-se todo. Ainda acabei por recuperar uma ou outra posição nos quilómetros finais, mas também fui ultrapassado por um par de atletas.

No fim, 1h21'00", com uma média de 3'49"/Km, correspondente ao 59º lugar da geral e 8º do escalão. Nada de extraordinário em termos de prestação, mas um importante passo na preparação da Maratona de Sevilha 2014.

Foto da Rita Ramos

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Dez coisas que um BTTista não pode deixar de fazer

Não quis deixar de partilhar este fantástico video sobre uma das actividades que mais gosto de praticar: BTT. 



Dei comigo a contar, das dez, as que já tinha efectivamente concretizado. E o resultado é este:

1. Montar uma bicicleta

Afirmativo. Mandei pintar o quadro da minha velhinha Kona Kula e adaptei uma montagem para a Helena a utilizar em estrada. Do primeiro ao último parafuso fui que a montei.

2. Andar à noite

Sim. Por duas vezes. Uma em Sintra, na véspera do meu filho Gonçalo nascer. Aliás, foi chegar a casa às 01h00 e acordar para ir para a maternidade às 03h00... A outra foi nas 24h de Proença-a-Nova, em que participei a solo.

3. Pedalar na neve

É brutal. Então em neve virgem, num dia de sol, é algo que apenas experimentando se percebe o gozo que dá...

4. Pedalar num país estrangeiro

Espanha, França e Itália foram os países em que andei de BTT. Noutros também já andei de asfáltica.

5. Dormir com a bicicleta.

Sim... Nos caminhos de Santiago e nas saídas à Estrela, quando pernoitávamos na Casa do Guarda. Na gélida Casa do Guarda... A bike tem a vantagem de não nos puxar a coberta...

6. Explorar um novo trilho

Ui... Tanta e tanta vez. Algo que a utilização do GPS veio diminuir, o que, diga-se, também não me preocupa muito. Andar com a bike às costas a pular muros e atravessar ribeiros não é o que mais gosto...

7. Cruzar uma montanha

Várias. No Caminho de Santiago, por exemplo, mas, também em Portugal, com a travessia de Castanheira de Pêra à Torre, cruzando as Serras da Lousã, Açôr e Estrela. Dois dias brutais de BTT.

8. Participar em provas

Várias. Desde os primeiros tempos do Cross Coutry até às provas por etapas, como Ironbike, Transportugal ou Geo-Raid.

9.Andar num Bike Park

Também não é a minha onda, mas tive de experimentar, claro. Foi em Monsanto, mas com muita, muita tranquilidade, a ver se não ficava com o guiador colado aos dentes!

10. Pedalar em direcção ao Mar

Nas falésias da Costa Vicentina - Transportugal 2003
Pois claro. Fiz o Transportugal. De Bragança a Sagres, sempre a pedalar. Primeiro pela raia até que no último dos onze dias vimos o mar, na bela Costa Vicentina.

Ou seja, concluo que me posso considerar um homem realizado, no que ao BTT diz respeito. Mesmo assim, tenho uns quantos projectos para levar a cabo. Ideias "estúpidas" não faltam :-)