segunda-feira, 25 de julho de 2011

De regresso


A semana que passou foi a da retoma da actividade física. Primeiro com a natação e, já durante este fim-de-semana, com uns quilómetros solitários de bicicleta. Agarrei em minha e fui até à bela praia de S. Julião, subindo de seguida a ingrata rampa até Assafora.

Foi também altura de experimentar pedalar na nova máquina de contra-relógio. Sensações estranhas, a precisar ainda de uns ligeiros ajustamentos e de muitos quilómetros de consolidação.

As competições vão de férias... como eu. Altura para desfrutar de outras coisas e de retomar o treino, o que terá de acontecer para já, em virtude da paragem forçada.

Para já, na mente, fervilham alguns planos. Vamos ver como os conseguiremos concretizar nos meses que se avizinham.

A foto é minha, sacada ontem de manhã na praia de S. Julião

segunda-feira, 11 de julho de 2011

DNF [NOT]

Desde que, no ano passado, competi no Triatlo de Vila Viçosa esta é uma das minhas provas de eleição. Natação em barragem, enquadrada pela magnífica povoação de Terena, um ciclismo selectivo e sem roda e uma corrida dura.
Apesar de lesionado há 3 semanas e sem treinar desde então, tentei, contra toda a razoabilidade, encontrar formas de estar presente. Tal passou por ligaduras funcionais e anti-inflamatórios... Sabia que estaria longe de poder andar ao nível que pretendia, mas estaria lá e poderia dar o meu contributo à equipa.
Arranquei tranquilo na natação, tentando evitar o surgimento das dores na região dorsal. Consegui. Mas o andamento era pior que o habitual, o que não era estranho após 3 semanas sem ir à água. Lá concluí, no minuto 31, o que de facto é um registo sofrível. No ciclismo estava mais confiante. Pelo menos tinha conseguido fazer uns quantos treinos de spinning e era o segmento onde a lesão era menos incómoda. Andei bem, ainda que não tão bem com no ano passado. Fiz média de 32Km/h num percurso bastante exigente e registei o 21º tempo dia.
Chegado à corrida, juntamente com os meus colegas de equipa Lamego e Pedro Machado, é que as coisas se complicaram. Fiquei de imediato para trás. Parado! Pensei logo em desistir, mas lá iniciei a corrida de forma lenta. Decidi que correria até ao retorno, junto à meta e que abandonaria aí.
E lá fui, em ritmo de trote, até chegar ao retorno onde abandonei a prova. Fui logo confrontado com umas "bocas" do Presidente da Federação, José Luís Ferreira e de outros amigos. Não escondo que essas bocas, o pensar na classificação da equipa e o imaginar a folha de tempos com DNF - o acrónimo de "Did not Finish", à frente do meu nome, me espicaçaram o orgulho. E assim, num ímpeto, lá cerrei os dentes e segui, minimizando os estragos e as dores.
Lá acabei por fazer os 10Km num modesto tempo de 48'. Contudo, o bom desempenho no segmento de ciclismo permitiu que fechasse a equipa, e que o fizéssemos à frente dos mais directos adversários. Registo final de 2h33'35", 56º da geral e 6º dos Veteranos 1, ao que me recordo, o meu pior tempo de sempre na distância olímpica.
Agora é tempo de descansar e curar as maleitas, para que em breve possa começar a preparar a segunda parte da época.
A foto é do Carlos Maia

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Clubes na Ria


Depois de 15 dias incapacitado para o treino, consegui, apesar de tudo, dar o o meu contributo à equipa de veteranos do Vasco da Gama no Campeonato Nacional de Equipas. Uma ligadura funcional na região dorsal protegia-me de movimentos de maior amplitude e tentava preservar o músculo afectado.

Na estratégia que montámos para a prova, cabia-me efectuar o primeiro percurso, para depois passar o testemunho ao Manuel Gonçalves, terminando o Paulo Lamego a competição. Assim, lá saltei, ao soar da buzina, para a ria de Aveiro, nadando os 350m do percurso da forma mais descontraída que consegui. Nem me saí mal de todo, considerando o impacto negativo de duas semanas sem mexer na água.

No ciclismo fui a fundo. Passei alguns adversários, descolei outros que vinham comigo e não colaboravam no andamento, mas só apanhei o grupo à entrada do PT. A minha transição acabou por não ser tão rápida como pretendia, em luta com uma sapatilha. Na corrida sim, as dores voltaram. Nada de insuportável, mas uma dor limitativa, pois impedia-me de encher a caixa torácica em toda a sua amplitude. E como o oxigénio é necessário para esforços desta duração, a corrida final ficou um nadinha limitada. Fiz o meu percurso em 30'06", gastando mais 12" que no ano anterior.

Os meus colegas de equipa foram um pouco mais lentos, possivelmente por estarem a pagar o esforço que despenderam na véspera, durante a prova na distância olímpica, a contar para o campeonato nacional individual e na qual não participei. Assim, frustraram-se as nossas expectativas de pódio na categoria. A prova haveria de ser ganha pelo Golegã, seguido do Clube TAP e Tri-Oeste. Logo a seguir o Galitos e depois a nossa equipa. A justiça marcou o resultado final e pesou o equilíbrio entre os atletas que constituíam cada equipa. Nós questionamos a nossa estratégia, nomeadamente o facto de não termos colocado o melhor nadador - o Paulo Lamego, no primeiro segmento. Tal ter-lhe-ia permitido ir num grupo de ciclismo e ganhar posições na corrida final, passando-me o testemunho com algum avanço. Mesmo perdendo tempo na natação, teria o grupo de ciclismo mais próximo, evitando que tivesse de fazer, como fiz, um contra-relógio danado à caça do prejuízo.

Como as coisas me correram de forma satisfatória e da participação não resultaram danos de agravamento da lesão, conto poder participar na próxima prova. A fisioterapeuta tem o veredicto. É no Alentejo, em Vila Viçosa, e é a que actualmente mais aprecio, devido ao exigente percurso de ciclismo, durante o qual é proibido andar na roda. Ou seja, cada um mostra aquilo que vale sobre a bicicleta.

A foto é da Rita Ramos