segunda-feira, 25 de maio de 2015

Águas abertas no coração do Alentejo

Vista do embarcadouro da Marina de Amieira - Portel
A Marina de Amieira, perto de Portel recebeu mais um Campeonato Nacional de Águas Abertas. Competi, em representação do Sport Algés e Dafundo,  na prova de Masters, na distância de 1500m. Foi um fim-de-semana diferente.

Havia já uns tempos que a Helena andava a ser "desencaminhada" para representar o seu clube de sempre na natação Master. As coisas concretizaram-se agora e eu fui também, um pouco por arrasto.

A Marina de Amieira é um aprazível local. Uma pequena marina, bem apetrechada, com a particularidade de se poderem alugar uns barco/casa para fazer um fim-de-semana diferente no plano de água do Alqueva.

Quem sabe a Federação de Triatlo de Portugal, num destes dias, não consigue descobrir o "spot" e reunir as condições necessárias a organizar ali uma prova. Fica o repto!

A prova em si não encerrava qualquer dificuldade. Apenas algum vento impedia que o dia estivesse perfeito. O percurso desenhava um quadrado. Mas entre o briefing e a partida passou a ser um triângulo! Vá lá... Entendam-se! Mas pronto, ficou mesmo triangular e tinha, medidos no meu Garmin 1470m.

Partida limpa, sem confusão. Ritmo confortável até à última bóia, momento em que acelerei para os 400m finais. Bem.. acelerei, julgo eu! Pelo menos bati mais as pernas, coloquei mais força na água, e passei alguns adversários, mas daí a ter nadado mais depressa é uma grande diferença... :-)

Na obtenção dos resultados finais mais confusão! Atribuição errada de classificações nos primeiros lugares dos escalões o que veio a gerar enorme confusão. Continuo a não compreender como algo tão básico e simples levanta tanta confusão. Há uns anos atrás faziam-se provas com centenas participantes e obtinham-se as classificações sem erros. Agora, na era da informação... a culpa é do computador! Enfim...

No final, fiz 28'26", 7º do escalão Master E, a conseguir uns pontos para o clube! Atento o facto de se nadar sem fato isotérmico e em água doce tenho de ficar satisfeito com o meu registo.

A foto é minha, sacada do local onde almocei com a Helena.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

DNF****

Mais uma abordagem à zona de retorno
DNF - Did Not Finish, é algo que os atletas não gostam de ver à frente do seu nome, na folha de classificações das provas. Contudo, desta vez, a situação não me surpreendeu e terá sido mesmo a melhor opção que tomei, para não agravar a tendinite no meu Aquiles. Há coisas que não valem a pena.

Nadei para 34'17" e pedalei para 2h29', curiosamente, tempos muito semelhantes aos que havia realizado o ano passado. Na natação terminei muito mais confortável e no ciclismo, apesar de menos bem treinado, consegui gerir o melhor possível. O ano passado estava mais vento, tinha umas rodas de nível inferior e fui obrigado a efectuar uma paragem devido a um incidente. Este ano, foi mesmo só pedalar.

Na direcção de Santa Iria rolava entre 40 a 42 Km/h. No regresso, não passava muito dos 37Km/h e, na última volta, devido ao vento, foi mesmo abaixo dos 35 Km/h.

Iniciei a corrida com algumas dores no tendão. A coisa costuma desaparecer ao final de algum tempo, pelo que pensei testar durante a primeira volta e decidir quanto à minha continuidade em prova no final da mesma. Mas, como ao fim de 1200m, a dor não acalmava, resolvi não ir mais longe e abandonei a competição, perto da zona de meta, ficando a apoiar os restantes atletas que então cumpriam o segmento de corrida.

Já perdi a conta às vezes que competi nesta prova. Atentos todos aspectos positivos e negativos que para mim são relevantes, julgo que o balanço continua a ser favorável.

Esta era uma prova que, este ano, elenquei no meu planeamento com vista à participação no TriNorthwest, prova de distância IronMan que se disputará na Galiza no mês de Junho. Claro que os planos mudaram e o importante agora é mesmo curar a mazela e estabelecer novos objectivos, ainda que um pouco mais distantes no tempo.

Quanto à prova


  • Gosto do local. Gosto muito. 
  • Este ano gostei também do check-in na véspera, o que evitou a fila interminável que aconteceu no ano anterior. Acredito também que os abastecimentos no segmento de corrida terão sido melhorados. 
  • De todo não gostei da Via Sacra que nos obrigaram a fazer, para obter o kit de atleta. Levanta um papel num lado, vai buscar o kit a outro que dista 700m, volta para junto do primeiro para deixar a bike...
  • Não gostei dos pelotões que os atletas formaram no segmento de ciclismo e não gostei de não ver árbitros a fiscalizar essa situação. Porventura, numa prova sem drafting, e sabendo a importância que tal tem no resultado final, era capaz de dar jeito verificar o cumprimento dessa regra. Acresce que esta prova constitui uma das etapas do Campeonato Nacional de Clubes. Portanto, o incumprimento das regras tem ainda um peso maior. Batoteiros!
  • Inaceitável também que os resultados só saiam no dia seguinte e sejam publicados todos engatados, com erros nos tempos da natação que prejudicaram os atletas a partir dos Grupos de Idade [40-44]. Sei que este é um serviço prestado pela FTP e lembro-me bem que, enquanto atleta federado, tive que pagar para a renovação do sistema de classificações. Pergunto: para quê? E o problema maior é que esta situação é uma replicação fiel do sucedido no ano passado!!!


Fotos da Rita Ramos