segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Today... it's about swimming!

Carlos Alenquer, Rodrigo Carmo, Ricardo Sousa, Gonçalo Carmo,
Diogo Sousa, Nuno Quintanilha, Tomás Fernandes e Bernardo Moreira
Decorreu no passado fim-de-semana o Campeonato Nacional de Clubes da I e II divisões. Julgo que todos serão unânimes: é a prova mais espectacular da natação nacional.

O modelo competitivo é aliciante. Oito equipas na primeira divisão, dezasseis na segunda. Em cada prova cada clube faz-se representar por um nadador. Cada nadador pode nadar um máximo de 3 provas, mais as estafetas. Por prova, à equipa vencedora, são atribuídos 17 pontos (9 na primeira divisão). À segunda 15 (7), à terceira 14 (6) e assim sucessivamente. No final dos dois dias de competição, a equipa mais pontuada é a vencedora.

Há dois anos atrás, a equipa do CNCVG foi desclassificada quando seguia na liderança. Um erro na inscrição de um atleta atirou a equipa, que subiria então à I divisão, para a III divisão. No ano passado venceram a III e, o grande objectivo para este ano passava por alcançar um dos dois primeiros lugares de acesso à divisão principal.

Foi um campeonato imensamente competitivo, onde os mais novos da equipa se superaram, melhorando os seus melhores registos pessoais em todas as provas. Depois de alcançar a liderança na segunda jornada o CNCVG foi acumulando vantagem. Na última jornada, Nuno Quintanilha fez uns magistrais 400m Estilos (alcançou o melhor tempo entre a I e II divisões juntas) e, na prova seguinte, Diogo Sousa vencia os 100m L colocando o CNCVG com uma margem muito confortável.

Tudo ficava para decidir na estafeta 4 X 200L. Bastava não cometer erros na rendição e evitar falsas partidas. Foi isso que os nadadores fizeram, dilatando um pouco aqueles que são os seus normais tempos de rendição, mas chegando ao fim sem sobressaltos. O meu filho Gonçalo integrou a equipa, nadando os 200m L, 400m L e 1500m L e ainda as três estafetas.

Parabéns ao Nuno Quintanilha, Bernardo Moreira, Diogo Sousa, Gonçalo Carmo, Ricardo Sousa, Rodrigo Carmo, aos suplentes Carlos Alenquer e Tomás Fernandes, e aos treinadores José Machado e Edgar Andrade.

Inês Fernandes, Beatriz Carmo, Ana Beatriz Pereira,
Rita Fernandes, Ana Filipa Carmo e Mariana Machado
A equipa feminina esteve também em competição. De possíveis candidatas à descida, no cenário traçado em Setembro deste ano, acabaram a meio da tabela, de forma muito tranquila. Estiveram soberbas. A minha filha Beatriz também integrou a equipa, nadando os 100m L, 200m L, 400m L e as três estafetas.

A foto é do Paulo Fernandes.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Fim-de-semana alucinante!

Paulo Lamego, eu e o Manuel Gonçalves, a caminho de Sagres
A semana que passou foi de muitas consultas ao Accuweather. Saber o estado da meteorologia e desenhar a logística de viaturas e condutores para apoio e regresso fizeram também parte do dia-a-dia. Finalmente, na sexta-feira, a garantia de tempo aceitável e o conhecimento do número certo daqueles que se dispunham a enfrentar o desafio: ligar Tróia a Sagres de bicicleta.

Para mim, foi a décima experiência neste trajecto. Sabia por isso que seria impossível tentar bater o meu melhor registo pessoal. O grupo era muito pequeno e o vento soprava de onde não devia. Mais a mais, o treino não abundava. Fazia mais de 2 meses que não me montava na bicicleta de estrada. Neste período, apenas uma incursão de BTT na Estrela e nada mais que muita corrida, natação e alguma musculação.

Partimos três. O Paulo Lamego, o Manuel Gonçalves e eu, apoiados pelo Pedro Machado. Nas primeiras 2 horas chegámos a Sines, com média aproximada de 34 Km/h. O Lamego impunha o ritmo encaixado na sua bicicleta de contra-relógio.

Aí, fomos absorvidos por um grupo numeroso e mais rápido. O Lamego seguiu, o Manuel ficou e eu acabei por me atrasar também, na expectativa de acompanhar o Manuel. Tresmalhámo-nos e apenas nos juntámos perto de Milfontes onde parámos para comer.

Daí e até ao Rogil, sem novidade. Fizemos então uma paragem mais longa para novo reabastecimento e seguimos para não mais parar até Sagres. O Manuel decidiu ser mais moderado após Aljezur, já que tanto o Lamego como eu tínhamos mais vontade de largar as bicicletas depressa  chegar quanto antes. No fim, um registo tranquilo de cerca de 6h28'

Para o dia seguinte estava prometida mais actividade. Dois desafios: primeiro, o World Gym Challenge, depois uma corrida de remo indoor na distância de 2Km.

O World Gym Challenge consiste num circuito por estações. A cada estação corresponde uma tarefa que temos de cumprir, correcta e rapidamente, para passar à estação seguinte. Optámos por realizar a coisa na classe intermédia - Club Plus, à qual corresponde o seguinte protocolo:

EventMaleFemale
Bike1.5 km1.5 km
Bench Jumps50 (25 each side)50 (25 each side)
Sit Ups - Full3030
Row500m500m
Shoulder Press20 x 20 kg20 x 15 kg
Step Ups30 x 10 kg each hand (5 risers)30 x 8 kg each hand (5 risers)
Bench Press30 x 30 kg30 x 20kg
Treadmill800m @ 3% Incline800m @ 3% Incline
TimeUnder 12 mins (Move upUnder 12 mins (Move Up)
TimeUnder 13 mins (V. Good)Under 13 mins (V.Good)
TimeUnder 15 mins (Good)Under 15 mins (Good)



Última estação: 800m com 3% de inclinação
Foi, não só, exigente, como fantasticamente divertido. Terminei com 12'42" a tentar perceber as falhas e onde podia recuperar os 1'20" que perdi para o Paulo Lamego, o grande vencedor do dia.

O Manuel Gonçalves atento ao meu desempenho



Logo depois, uma dura competição de remo indoor. Foram 2.000m que deixaram a sua marca nos nadegueiros, tal foi o trabalho a que os mesmos foram sujeitos, ainda massacrados do Tróia-Sagres. Extenuante!

Algures em Maio repetiremos a dose!

Fotos do Pedro Machado e da Rita Ramos


quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Sevilha apresenta novidades!


Se tudo correr como planeado, no próximo dia 24 de Fevereiro estarei em Sevilha para, uma vez mais, correr a Maratona. Será a 29ª edição da prova andaluz e a quarta vez que estarei na linha de partida, uma das quais, apenas para fazer pouco mais de 30Km, a jeito de treino.

A organização promete-nos um novo percurso, com maior presença no centro histórico, mas garantindo um perfil plano e adequado a boas marcas.
A partida será realizada, desta vez, fora do Estádio, o que facilitará a mobilidade nos primeiros quilómetros. A chegada manter-se-á no seu interior, com todas as comodidades que a isso estão associadas.

Desenvolveram um novo site, bem apelativo, e ao nível das boas maratonas que existem por esse mundo fora. Gosto particularmente desta prova. Bom percurso, boas comodidades para os atletas, preço baixo, e logística facilitada. Realiza-se também numa época do ano que me permite treinar de forma empenhada no Inverno, servindo de base para a época de Triatlo que se segue.

Na última edição obtive a 56ª posição, 3º do meu escalão com o registo de 2h43'20".

Fica o vídeo de apresentação.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Na Almirante Reis, um ano depois

A Meia Maratona de Lisboa constituía a primeira acção competitiva no planeamento para Sevilha. Antes, um trote de 7Km desde o Estádio 1º de Maio até à zona de partida, localizada no Cais do Sodré.

Tinha como objectivo correr para 3'45"/Km. Consegui fazê-lo, até ligeiramente mais depressa, até ao retorno, localizado em Algés. A partir daí, vento frontal a complicar as coisas e ainda mais complicado depois do Terreiro do Paço, com a subida da Rua da Prata e da Avenida Almirante Reis até ao Areeiro.

Durante a subida fui apanhado por um duo, mais rápido. Mas, consegui colar-me a eles aumentando a velocidade com que seguia. Fomos passando alguns atletas e chegados ao Areeiro, com terreno plano e protegido do vento pelos prédios, voltei a entrar no ritmo dos 3'45"/Km, que mantive nos dois últimos quilómetros.

No final o objectivo do treino consumado, ainda que não exactamente ao ritmo pretendido. Terminei na 26ª posição da geral, 6ª do escalão, em 1h23'55" (mais 38" do que no ano passado). A maldita subida da Almirante Reis arruína qualquer expectativa de uma boa marca, ainda mais nesta fase de preparação. Não que seja íngreme, mas é uma subida longa e desagradável.

Nota também para a estreia de umas nova sapatilhas. Asics Hyper 33, de que muito gostei. Sem dúvida é a minha marca de eleição no que se refere a sapatilhas de corrida.

A foto é da Rita Ramos e foi tirada já perto do último Km.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Primeiro mesociclo cumprido

Está cumprido o primeiro mesociclo da preparação para a Maratona de Sevilha. Um mesociclo é um conjunto de microciclos, orientados para um determinado objectivo, sendo que aqueles são um conjunto de unidades de treino. O meu planeamento tem 6 mesociclos.

Os treinos tem vários objectivos pelo que são, consequentemente, diferentes. Treinos a ritmo moderado e com cerca de 1h de duração, treinos na pista com intervalos de recuperação que permitam velocidades mais elevadas, treinos em ritmo de prova ou treinos de regeneração, fazem parte do cardápio. Em todas as semanas há também uma sessão mais comprida, que poderá variar entre 1h20' a 2'40', já perto das últimas semanas. Hoje foi um desses dias, com uma sessão de apenas 1h25', por nos econtrarmos numa semana de regeneração.

O Garmin 910XT tem a particularidade de gravar o registo do trajecto (track) através de um sistema de GPS. Depois, no portal da Garmin podemos analisar uma imensidão de dados, que passam pela frequência cardíaca, velocidades, distâncias, tempo, relacionando-os entre si, de modo a obter importantes informações para afinar a prescrição do treino. É um portal que, na minha opinião, pode ainda evoluir bastante neste aspecto.

Para já fica o exemplo do último registo. O de hoje de manhã!



quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Fim de ciclo

No próximo sábado, os órgão sociais da Federação de Triatlo de Portugal irão a votos. Escolher-se-ão aqueles que conduzirão os destinos da modalidade neste ciclo olímpico, o qual culminará em 2016, no Rio de Janeiro. Não serei candidato e, como tal, é seguro que cessarei funções enquanto Vice-Presidente daquela Federação, depois de 8 anos envolvidos nas lides federativas.

Foi um período desafiante, rico em aprendizagens a todos os níveis, com momentos de grande sucesso e alegria e com outros, de insucesso e desapontamento. Enfim, a vida.

Mas, o facto de não ser candidato não faz com que esteja menos interessado sobre o futuro da Federação. Sou por isso, um incondicional apoiante da candidatura do (Dr.) Paulo Alves à Presidência. Seguramente, e de longe, o melhor projecto, construído de forma sólida, estável e, sobretudo, conhecedora da realidade desportiva nacional. Para o concretizar, a equipa mais competente, composta por alguns elementos com larga experiência e muita determinação, que saberão identificar todas as oportunidades de melhoria e como as implementar.

Mas, - perguntar-me-ão, - a outra lista não tem também elementos válidos e competentes? Sem dúvida que sim. Contudo, enfermam de dois males. Por um lado, não possuem um bom líder, por outro não têm um bom projecto. 

No que respeita ao projecto, aquilo que pretenderiam populista, não é mais do que uma proposta incongruente.

Quanto ao líder, do meu ponto de vista não reúne qualquer qualidade, que faça dele um bom Presidente federativo. Tanto mais que, num passado muito recente, foi mesmo destituído do cargo de Presidente do Clube de Triatlo do Fundão, o que, de todo, não será o melhor dos cartões de visita para a tarefa que se propõe abraçar.

Quem quer um Presidente que foi destituído do seu próprio clube e que durante toda a campanha eleitoral se furtou ao debate? Eu não!

Sábado, ao princípio da noite, saberemos quem sucederá ao Presidente José Luís Ferreira que, goste-se ou não, foi um dos grandes obreiros do Triatlo que, hoje em dia, temos o privilégio de poder desfrutar.

Votem bem! :-)

domingo, 18 de novembro de 2012

Um novo brinquedo - garmin 910XT



Depois de vários anos de bons serviços, decidi vender o meu Polar S625X e adquirir um Garmin 910XT. Falo de cardiofrequencímetros que, nos dias que correm, são muito mais que isso. São autênticos treinadores de pulso que, constantemente, nos dão informação e alertas para cumprirmos o treino planeado.

Obviamente que os anos que separam o lançamento destes dois modelos, à escala tecnológica, representam, diria, algumas décadas. Apesar de gostar muito do Polar e do julgar uma magnífica ferramenta de treino, o Garmin apresenta uma panóplia de funcionalidades que constituem uma enorme mais valia.


Acresce que, o Garmin foi projectado a pensar no Triatlo e, como tal, reúne funcionalidades para a natação, ciclismo e corrida, permitindo ainda seleccionar o modo "Triatlo", incluindo as respectivas transições, onde um simples premir de tecla faz com que mude entre os diferentes segmentos.

O Garmin oferecer também um conjunto de 4 ecrãs de visualização da informação, programáveis com até 4 tipos diferentes de dados. Ou seja, podemos navegar entre 16 tipos diferentes de dados - ainda que tal seja um exagero.

Outra da mais valias que o Garmin oferece é na programação dos treinos. O céu é o limite. Ao contrário, no Polar, não podíamos combinar diferentes tipos de intervalos, com diferentes repetições, durações e descansos. Aqui sim, uma enorme vantagem do Garmin. Ah, e o GPS claro. Aqui não há paralelo com o Polar.

Do meu ponto de vista, o Polar leva vantagem em dois aspectos. Por um lado, consegue ser um relógio do dia-a-dia, sem necessidade de recarga da bateria com corrente eléctrica a cada 20h. Lembro-me de uma prova de BTT, com as características de um Ironbike, onde não há assim pontos de energia em qualquer lado... Talvez seja complicado ter o relógio funcional para todas as etapas.

A banda - eu tenho a Premium, é também muito mais ligeira e confortável. Contudo só é fidedigna se colocada devidamente humedecida.

A favor do Polar, o software próprio que acompanha o pacote, não obstante se poder utilizar também o portal da marca na Internet. Já o Garmin está confinado ao seu portal na rede - batsnte bom e completo, diga-se, ou à utilização de software de outros fabricantes.

Em suma, não será por falta de dados que não melhorarei o meu desempenho. :-)

terça-feira, 13 de novembro de 2012

+1 na Nazaré

Partida na marginal da Nazaré...
Uma vez mais a Meia Maratona da Nazaré foi a primeira prova do planeamento para a Maratona. A marca foi muito semelhante à do ano passado, pese embora, ter menos tempo de preparação, ter saído da parte de trás do pelotão e o vento ser muito e forte.

Os primeiros 2Kms foram feitos a pinchar de um lado para o outro, na busca de espaço e de ritmo para correr à velocidade a que me tinha proposto: 3'50"/Km. As coisas lá se encaixaram e assim o fiz até Famalicão, localidade na qual é feito o retorno, perto do Km 13. A partir daí o vento passou a ser frontal e a dificultar imenso a progressão. O grupo desmembrou-se e acabei por me tentar resguardar junto do único atleta que restava. Apanhámos mais um e formámos um trio, mas por pouco tempo. Perto do Km 17 acabei por me isolar e, aproveitando um troço mais abrigado, fui em busca de melhores posições.  

Quem conhece a prova nazarena, conhecerá bem aquela malfadada recta final de 2Km, onde se vê a meta, relativamente perto, mas à qual nunca mais chegamos, especialmente em dias de muito vento. Era isso que me estava a acontecer. Acabei absorvido pelo grupo que trazia, protegida mas em grande esforço, a primeira mulher. Aproveitei e resguardei-me eu também no seio do grupo. A probre moça estava mesmo no limite e assomou-se-lhe um vómito... Bem! Era um sinal para mim, para me por dali a andar rapidamente e lá fiz os últimos 300m a andar mais forte concluindo na 82ª posição, com 1h23'37", cerca de meio minuto mais lento do que no ano passado.

Sem dúvida que a parte muscular foi a menos apta para fazer frente ao desafio. Temos muito tempo para a afinar. Para já, não há projectos no horizonte, apenas a minha décima presença no Tróia-Sagres, mas isso será de bicicleta!

Foto de http://www.portugalis.pt/a.asp?reg=1203



terça-feira, 6 de novembro de 2012

Memórias recentes

Comecei ontem a minha preparação para a Maratona de Sevilha. Vamos ver como corre e em que condições estarei daqui por 16 semanas.

Para já, ficam as recordações, recentes, de um evento extraordinário, no qual tive o privilégio de participar. Falo do Sky Road - Aldeias de Xisto, do qual vos deixo vídeo de resumo, já publicado no site oficial do evento.


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Acção na Marginal

A Corrida do Tejo é uma das minhas provas preferidas. Por nada de especial. Tão só pelo cenário, magnífico, da Marginal, e pela boa organização que lhe é habitual.

Assim, ontem lá marquei presença em mais uma edição. Desta vez, depois de dois fins-de-semana contínuos de grande exigência física - Triatlo de Lisboa e SkyRoad Grand Fondo, pelo que fui completamente despreocupado, sem relógios e sem objectivos desportivos.

Depois da partida procurei um ritmo confortável e um grupo onde me pudesse encaixar. Ao longe vi o Miguel Fragoso, uma das minhas referências no Triatlo - se bem que ele seja uma fasquia elevadíssima, e acabei por o apanhar.

Bem encaixado no grupo, ritmo aparentemente confortável, via os quilómetros a passar rapidamente. Contudo, à passagem do Km 7, coincidente com a subida junto à Escola Náutica, as sensações alteravam-se. O ritmo quebrava um pouco e perdia uns metros para o grupo. A última subida, desde Stº Amaro de Oeiras, veio a agravar um pouco mais as coisas e a fadiga sobreveio.

Mesmo assim, passagem na meta com o tempo de 37'09", com um ritmo de 3'43"/Km, que deu a 97ª posição final. Acaba por ser o meu segundo melhor registo de sempre nesta prova, só superado pelos 36'40" obtidos em 2008. A juntar a isso, fui o melhor dos "Carmo" em prova - cerca de 30... Ou seja... o melhor da rua!!! lol

A prova marcou ainda o regresso da Helena a estas lides, depois de mais de um ano a debelar uma bursite. Como saiu da cauda do numeroso pelotão, viu-se e desejou-se até conseguir, efectivamente, correr no seu ritmo.

A foto é do Vitor Bastos e foi sacada na Cruz-Quebrada.

domingo, 14 de outubro de 2012

Estradas do céu - SkyRoad

Desfrutando o sol da Lousã...
Uma organização com o dedo do António Queirós tem, desde logo, uma garantia: estar um passo à frente da excelência. Creio que todos, entre as centenas de participantes no evento, sairam da Lousã com a mesma certeza.

O SKY ROAD Aldeias do Xisto (SRAX) é um evento de bicicleta de estrada, vocacionado para todos os praticantes de ciclismo e cicloturismo. É uma prova de resistência, dada a sua distância (aproximadamente 150 km) e o seu desnível acumulado (aproximadamente 3.500m), simulando uma etapa de montanha de uma qualquer grande volta ciclista (Tour de France, Vuelta a España ou Volta a Portugal).

Eram 08h00 quando foi dada a partida para o Sky Road. Depois de uns quilómetros, com velocidade controlada, pelas ruas da Lousã, passámos então a andamento livre. Esperáva-nos a primeira subida do dia, com cerca de 20Km, até aos 990m de altitude, segundo os dados do meu GPS.

Nunca me senti verdadeiramente confortável. As pernas estavam rijas e doridas, mostrando que ainda não estavam totalmente recuperadas do Triatlo Olímpico realizado seis dias antes. De qualquer forma, forcei para me manter num grupo com andamento simpático e onde seguiam as duas primeiras senhoras da competição feminina.

No topo, o vento, o frio e o nevoeiro marcavam presença. No alto das montanhas, mesmo em dias solarengos, as coisas são forçosamente diferentes. Ontem, uma vez mais, pode constatar-se isso.

Por lá andámos durante vários quilómetros até descermos, vertiginosamente, para a barragem de Santa Luzia. Vertiginosamente mesmo, com o ciclómetro a marcar 80Km/h... Geralmente, quando se desce desta maneira, sobe-se de forma idêntica. Assim, na encosta oposta uma subida ao mesmo nível. As minhas sensações a subir continuavam más e descolei do grupo. A relação 39*27, que montei propositadamente para este evento, parecia curta para tamanha inclinação.

Acabei por ter de ir atrás do prejuízo e forcei o andamento na aproximação à Pampilhosa da Serra para voltar a colar. Nesta localidade, o mesmo filme. Nova rampa insana, desta vez com um salpico de maldade, pois era em empedrado. E uma vez mais, lá tive de ir em perseguição do grupo, que voltei a integrar poucos quilómetros depois.

Nessa altura estabeleci como objectivo pessoal manter-me com eles até Castanheira de Pêra,  localidade que marcava o início da última subida do dia.

Aí estava ela. Treze quilómetros, com pouco desnível, preciosamente marcados, um a um. Não encerrava grandes dificuldades, mas a minha condição não era a melhor. Meti o ritmo constante e possível serra acima, associando a cada número do quilómetro marcado nas placas a ideia de um acontecimento, uma data ou uma pessoa. Enfim, um jogo mental para aligeirar as dificuldades.

Finalmente, o topo. Numa das placas sinalizadoras, a imagem de uma marreta partida. Belo simbolismo. Se não levámos com ela na subida, então tínhamo-la destruído. Faltavam apenas 20Km para a Lousã, sempre, sempre a descer.

Mas a descida trazia mais dificuldades. Por estranho que pareça, mais ainda do que a subida que acabava de transpor. Estava com frio e muscularmente dorido, pelo que não conseguia adoptar a posição ideal para descer. Optei assim por descer mais devagar e fui mesmo obrigado a uma paragem para me esticar um pouco.

A descida mostrava também os cuidados extremos colocados pela organização na construção do evento. Todas as curvas que envolvessem qualquer risco (mais fechadas, com areia no piso ou com irregularidades)  estavam devida e previamente assinaladas.

Pouco depois chegava à Lousã, após 5h34' a pedalar, com média de 28Km/h, com a memória recheada de boas vistas e bons momentos. Pena as pernas não estarem em condições para desfrutar, devidamente, dos últimos 35Km.

A foto, da Ana Serôdio, ilustra o guerreiro no seu descanso, aguardando pela restante armada do CNCVG presente no evento.


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Época de Triatlo 2012 encerrou em Lisboa


Últimos metros do segmento de corrida
Terminou ontem, com o Triatlo de Lisboa, a época de 2012. Terminou naquele que será, porventura, o percurso  mais rápido do Triatlo português. Sempre plano, entre a Torre de Belém e as docas, apenas com um retorno de cada lado. A inépcia de alguns atletas em lidar com as zonas degradas do trajecto, provocou diversas quedas no pelotão. Quando seguimos num grupo compacto não podemos desviarmo-nos dos buracos nem, tão pouco, usar os travões no meio do grupo. Quando se rola a mais de 40Km/h, estas manobras potenciam a ocorrência de acidentes. Foi o que aconteceu mas, felizmente, não me vi envolvido em nenhum destes infelizes episódios.  Mas foram-no três dos meus colegas de equipa. Rodas destruídas, 2 capacetes feitos em cacos e escoriações para gastar muito Halibut, foram o resultado do infortúnio. Até mesmo, um quadro partido resultou dos acidentes do dia.

Tinha planeado terminar a época de Triatlo nesta prova, até porque, no ano passado, estava lesionado e não a consegui fazer. Confesso que não ia particularmente expectante para esta prova. Os meus últimos desempenhos na natação tinham sido sofríveis e não tinha treinado corrida com os índices de qualidade necessários a andamentos rápidos. Só no ciclismo tinha muitos e bons quilómetros, com os trajectos longos que tenham feito nas últimas semanas.

A natação acabou por decorrer de forma tranquila, com um registo na ordem dos 27'. É algo em que terei forçosamente de melhorar se quero ter expectativas de me bater pelos melhores lugares do meu escalão. Os adversários são fortes e não dão tréguas. Sair atrasado da água significa só os voltar a ver na linha de meta!

No ciclismo andei bem forte. Felizmente, desta vez havia companheiros para dividir o esforço e pudemos andar bem depressa. Fiz média de 39,2 Km/h e o 19º registo do dia, o que me deixou bastante satisfeito.

Na corrida sobressaiu a dedicação ao ciclismo. Ou seja, a bicicleta não deixou qualquer mossa física e assim pude correr, de forma solta, em cerca de 38'. Considerando a sinuosidade do percurso e o facto de ter sido penalizado com um Stop & Go acabou por ser um bom registo.
No pódio com o Miguel Fragoso e o António Calafate (duas máquinas...)

Stop & Go estarão vocês a perguntar. O que diabo é essa coisa? Pois bem, o Stop & Go é uma penalização atribuída pelos árbitros face a uma falta do atleta. Ao que parece, no meu caso, foi por, após ter concluído o segmento de ciclismo, ter colocado a bicicleta fora da minha zona de transição, ocupando o lugar do meu adversário do lado. Não duvido que possa ter sido assim e, obviamente, não o foi de forma intecional, mas lá foram 15" parado, a ver passar os outros...

Terminei na 44ª posição da geral, sendo o 3º V2.

Destaque ainda para a Helena que 4 anos depois do seu último Triatlo (Campeonato da Europa de Lisboa, 2008) voltou a competir na modalidade. E pela prestação... Uma máquina!

Fotos da Rita Ramos
Com estes bracinhos nunca serás nadador!






segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Montejunto



Conta-se que, quando chegava o mês de Setembro, na Serra de Montejunto, se enchiam os tanques rasos de água e durante a noite esperava-se que o frio a congelasse. Quando o gelo se formava, o guarda da fábrica ia a cavalo até à aldeia de Pragança e, com uma corneta, acordava os trabalhadores. Antes do nascer do sol, num trabalho árduo e duro, as placas de gelo eram partidas, os fragmentos amontoados e depois carregados para os silos de armazenamento, onde o gelo era conservado até à chegada do Verão.
Na época do calor, decorria a complicada tarefa do transporte até à capital do reino. Primeiro o gelo era transportado no dorso de animais, para vencer o acentuado desnível da serra. Seguia depois em carroças que o faziam chegar, o mais rápido possível, aos “barcos da neve” ancorados na Vala do Carregado. Estes barcos completavam o circuito do gelo, transportando-o até Lisboa, a capital do reino.


Ontem foi dia de corporizar uma ideia que me remoía o espírito há já algum tempo: ir e voltar, de minha casa ao topo da Serra de Montejunto. O percurso foi traçado e carregado no GPS. Seriam cerca de 160Km, com perto e 2.700m de desnível acumulado positivo.

A previsão meteorológica não era nada animadora mas, mesmo assim, lá nos lançámos à estrada, na direcção de Ericeira seguindo depois para Torres Vedras. Bom ritmo, que só não foi mais rápido, porque o piso algo húmido, aconselhava prudência nas descidas. O sopé da serra, mais propriamente Vila Verde dos Francos, foi atingido com uma média de 32,5Km/h.

A grande dificuldade do dia estava à porta. Tinha um desafio privado com o meu amigo Lamego. Qual de nós chegaria primeiro ao topo? O Lamego está forte. Por isso tinha de definir uma boa estratégia. E isso passava por impor um ritmo forte desde o início da subida, na expectativa que o meu menor peso me pudesse ajudar. Já sabia que, se chegasse com ele perto do topo, a sua maior potência deixar-me-ia pregado.

A minha estratégia resultou bem e à medida que ia ganhando vantagem, mais motivado ficava e mais depressa andava. O último 1,5Km é muito empinado e, os andamentos 39*23 pareceram curtos, mas lá cheguei ao topo.

O regresso foi a ritmos mais tranquilos, com vento de frente e num percurso rompe pernas, com dois troços de empedrado a ajudar à festa.

O grupo magnífico, com o Lamego, Rui, João Serôdio e Gonçalo Vicente.

Ficam as estatísticas:

  • Subi desde VVFrancos ao topo em 27'46", ou seja à média de 17,1Km/h
  • 161Km
  • 2.705m de acumulado positivo
  • 6h02 a pedalar
  • 32,5 Km/h de média antes do início da subida
  • 26,7 Km/h de média final

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Más sensações

Cerca de mês e meio depois da presença no Triatlo de Vitoria regressei à competição, em Almeirim, no duatlo sprint que apurava os campeões nacionais por grupo de idade.

Retomei a actividade há umas 4 semanas, mas de forma muito ligeira. Por isso mesmo senti dificuldades no ritmo imposto pelo pelotão na primeira corrida. Rapidamente perdi de vista as minhas referências e as sensações não eram as melhores. Sentia-me pesado e pouco solto a correr.

Na transição para o segmento de ciclismo consegui encaixar num grupo. Contudo, só perto do km 3 conseguia, finalmente, calçar os sapatos. O grupo era pequeno e ninguém parecia muito interessado em puxar. Fomos entretanto apanhados por uma grupo mais numeroso e, aí sim, havia quem quisesse mesmo puxar. Sobretudo aguns dos vários atletas veteranos que o integravam.

Na parte final do segmento, posicionei-me bem e acabei por conseguir fugir ao grupo, juntamente com mais 3 atletas juniores, ganhando algum avanço aos restantes. Não  foi contudo um avanço suficiente e, apesar de ter sido o terceiro V2 a iniciar o último segmento, fui passado por 2 atletas do meu escalão, tendo terminado na 5ª posição... a escassos 15" do pódio.

Este desempenho não fugiu, de todo, às minhas expectativas. Abordei a competição sem qualquer tipo de preparação específica e o momento da minha época não é adequado a estas intensidades. Valeu apenas como bom treino de qualidade.

O próximo triatlo será em Lisboa, na distância olímpica, para encerrar a época de 2012.

A foto é do Carlos Maia





domingo, 2 de setembro de 2012

A Aldeia do Mato, a lezíria e o iluminado

Aldeia do Mato
Esta família parece ter sido possuída por um qualquer gene menos afinado. A loucura apoderou-se do meu filho Gonçalo. Por isso, nada melhor que, após um mês de treino zero, decidir retomar a sua actividade com uma prova de 10Km em águas abertas.

A prova decorreu nas águas do Zêzere, mais propriamente em Aldeia do Mato, ali bem pertinho de Constância. O resultado foi o que podem imaginar, tendo o Gonçalo terminado ao fim de 6Km, algo nauseado e com uma aprendizagem de vida no seu curriculo. A Beatriz fez a prova de 800m sem grandes sobressaltos.

A lezíria
Já eu, aproveitei a deslocação e resolvi regressar de bicicleta até casa. Foram 153Km, nos quais tive a companhia do Pedro Quintela, meu companheiro e adversário das lides triatléticas até à Golegã. Valeu pela boa companhia e pelas dicas que o Pedro me deu, para encontrar os melhores caminhos da lezíria.

Os 39º C não ajudaram. A média caiu para os 30Km/h a partir de Loures, quando a estrada empinou para chegar a casa.

O trajecto: Aldeia do Mato, Constância, V. N. da Barquinha, Golegã, Azinhaga, Alcanhões, Ribeira de Santarém, Santarém, Cartaxo, Carregado, Vialonga, Loures, Albogas, Sabugo.

O iluminado
Por fim, a referência para a silly season do triatlo. É que, nós no triatlo, também temos os nossos sábios e iluminados...Há poucos dias li por aí, numa rede social, que o triatlo feminino nacional havia "desaparecido por completo". Nem de propósito. Ontem mesmo Pufff!!!! Não é que, assim do nada, voltou a aparecer!!!! Uma selecção feminina foi só campeã da Europa Youth. Ficam os parabéns às atletas, aos técnicos e à memória do António Jourdan que tanto contribuiu para a construção daquele sucesso.

A foto é da Helena e ilustra o abastecimento do Gonçalo durante a prova de 10Km.


domingo, 12 de agosto de 2012

Londres 2012

Depois de Vitoria umas merecidas (digo eu) férias.

Aproveitei para dar um saltinho a Londres, com o objectivo de viver o ambiente olímpico e assistir ao possível, especialmente às provas de Triatlo. Não vi aquilo que gostava de ter visto, mas consegui absorver o suficiente, daquele que é o maior evento desportivo do planeta.

O desempenho dos atletas ingleses deixou-me especialmente impressionado. Estiveram excepcionais. Mas quanto a isso não haverá grandes supresas. Nas Escolas inglesas a Educação Física não é residual; o dinheiro dos Jogos, como o Totoloto, é utilizado no desenvolvimento desportivo e não para pagar as dívidas fiscais dos clubes de Futebol, isto só para dar dois exemplos.

Por cá o cenário é diferente. Muito diferente. Os resultados dos nossos atletas devem-se, sobretudo, a todos aqueles que, diariamente, com espírito empreendedor se substituem à classe política na busca dos melhores modelos de desenvolvimento e na procura das melhores condições de treino.

Sou forçado a concordar com o Presidente do COP - alguém de quem, aliás, tenho há anos, uma péssima opinião. Diria mesmo que, pior do que péssima. José Vicente de Moura, afirmou que urge mudar o paradigma do desporto nacional. Eu acrescentaria, desde a Escola, para que, daqui por 20 anos tenhamos uma mentalidade diferente ao encarar este fenómeno. Seríamos mais felizes, mais saudáveis, mais produtivos e com maior auto-estima. Talento, isso é coisa que não nos falta.

Ah... É verdade, amanhã retomo os treinos! :-)

terça-feira, 31 de julho de 2012

Pipoca basca

7h31'53" foi o tempo que demorei a cumprir a prova referente ao Campeonato do Mundo de Triatlo Longo que ontem decorreu em Vitoria-Gasteiz - País Basco espanhol, disputada na distância 4Km, 120Km, 30Km.

A analogia com a pipoca tem, tão só, a ver com o monumental estoiro que dei ao Km 8 da corrida final.

A natação foi para mim, na presente época, um martírio maior do que em anos anteriores. Evidentes melhorias no desempenho em piscina, sem evidência nas águas abertas. A situação agravou-se no último mês com um decréscimo significativo do volume de treino neste segmento, o que aconteceu por diversos motivos. Sabia que não estava em condições de forçar o andamento, sabia que se forçasse o mais certo era andar praticamente o mesmo. assim, tentei concentrar-me na técnica esticando a braçada e evitando os movimentos parasitas o mais possível. Fiz um miserável registo de 1h23'13" para nadar os 4Km. Uma verdadeira seca...

No segmento de ciclismo andei o que contava andar. Aliás, até um pouco mais depressa. Contudo, as sensações não eram as melhores. sentia alguma fadiga muscular e desesperava com o vento que se fazia sentir em grande parte do trajecto. A média foi de 35,6Km/h, num percurso muito ondulado e divertido, com um registo de 3h22'34" para cumprir os 120Km.

Por fim a corrida final. Iniciei o segmento a correr a 4'15", um ritmo bom, mas confortável para aquilo que achava valer. O apoio da multidão na rua era contagiante e empolgante, convidando a dar tudo. Perto do Km 8 apanhei o meu colega de equipa, o Paulo Lamego, que passava algumas dificuldades. Disse-lhe: - Cola e vem comigo. Durou 100m. O Homem da Marreta apanhou-me e fiquei completamente apeado, com o corpo reduzido a serviços mínimos, quase de sobrevivência.

Ainda meti dois géis apressadamente, mas já nada havia a fazer. Reduzir a velocidade, beber Coca-cola - açúcar rápido, em todos os abastecimentos e esperar que o seu efeito curto mas imediato, me permitisse aos poucos chegar ao fim. Foi o que fiz, de forma penitente, até aos 50m finais onde acelerei para passar a meta com a desenvoltura possível.

Em suma, não me apresentei suficientemente preparado nesta competição para andar aquilo que acredito poder - abaixo das 7h00, apenas com uma corrida aceitável e consistente.

De tudo o resto apenas posso dizer que esteve soberbo. Uma cidade espectacular, uma organização a roçar a perfeição, um público como nunca havia visto - só vivendo, não tenho arte para descrever, uma restante representação nacional de enorme camaradagem, uns companheiros de viagem ímpares - Paulo Lamego, Luís Santos e Paulo Conde, um staff federativo incansável e presente - Lino Barruncho e David Vaz.

Uma nota também para um local que, ao jantar, num restaurante, apercebendo-se que eu havia competido na prova, me deu prioridade na fila dizendo: - Vai tu, que precisas porque estiveste em competição! Um gesto tão simples, mas que demonstra de forma inequívoca o que é a cultura desportiva de um povo!

Uma palavra final para quem, nos Agegroupers nacionais, teve arte para sacar uma medalha mundial: Sérgio Dias (ouro), Cecília Shinn (prata), Sónia Quintela (bronze). Sinceros parabéns.

O vídeo é da organização.


segunda-feira, 23 de julho de 2012

Quase, quase lá!






No passado Sábado realizei o meu último treino de ciclismo, antes da participação em Vitoria. Aproveitei uma deslocação a Rio Maior e montei a Specialized Transition tal e qual a irei utilizar naquela competição, tentando fazer o máximo de quilómetros possível nos aerobars. Rodas de perfil alto e os recursos de hidratação, no guiador e atrás do selim.

Infelizmente, não fui bem sucedido. Uma forte ventania, predominantemente de frente, tornavam a bicicleta inguiável, especialmente se permanecesse nos avanços. Assim, lá tive de fazer os 90Km até Rio Maior, lutando contra o vento, abanando para todos os lados, mas, conseguindo mesmo assim, uma média superior a 30Km/h. Menos mal.

Entretanto, entretive-me a fazer uns cálculos interessantes. Consumi, durante o trajecto, duas barras energéticas, um pacote de gel e cerca de dois litros de água. Contas feitas, cerca de €5,00. Tivesse ido eu de scooter e a conta do combustível não teria passado dos €4,00... Interessante!

Agora vem aí Vitoria-Gasteiz. Serão 4Km a nadar, 120Km a pedalar e 30Km a correr. Gostava de apontar para um tempo na casa das 6h40': 1h15' na água, 3h25' no ciclismo e 2h00 a correr. Gostava, porque isto seria um registo de enorme qualidade e, possivelmente, daria direito a uma excelente classificação. Virei satisfeito de Vitoria com um registo na casa das 7h00, mais minuto, menos minuto, e sem ficar demasiado amassado.
A distância não é propriamente a mais adequada para quem, como eu, tem na natação o seu pior segmento. Proporcionalmente, quando comparado com outras distâncias, a natação tem aqui um peso demasiado elevado.

Para quem quiser saber mais sobre o evento no País Basco clique aqui. No dia, até dará para is espreitando em directo. Voltarei a escrever quando o corpo o tornar a permitir. Até lá.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Next: Vitoria-Gasteiz

O último teste antes do Campeonato do Mundo de Triatlo Longo está feito. Foi ontem, em Vila Viçosa, bem no coração alentejano.


Esta mítica prova, que bateu o recorde de participações, concluiu um ciclo de 3 semanas de carga. Também por isso acusei alguma fadiga muscular e não andei exactamente o que havia delineado.


Na água as coisas voltaram a ser sofríveis, numa natação sem fato com os níveis de água da barragem muito baixos - cerca de 8m a menos do que no ano passado. Cheguei mesmo a embater no fundo, por duas vezes. Um registo na casa dos 31'00 nos 1.500m que me atirava desde logo para longe dos meus mais directos adversários. Tenho as deficiências identificadas, pelo que, agora há que trabalhar na sua correcção sem pensamentos no desempenho competitivo.


O ciclismo de Vila Viçosa é selectivo, tanto mais por se tratar de uma prova "non drafting". Ou seja, não se pode andar na roda de quem nos antecede. Significa isso que cada um anda aquilo que vale. Andei forte nos primeiros 25Km. Cheguei mesmo aos 70Km/h e passei imensos adversários, não tendo perdido qualquer posição. De qualquer forma quebrei na parte final, quando o vento passou a estar de frente e fiquei cerca de 4 minutos aquém do meu melhor registo na prova, obtido em 2010. Mesmo assim o 31º registo do dia com média superior a 32Km/h.


A corrida é, também ela, bastante dura. São 10Km com um topo e uma rampa mais longa, pelos quais temos de passar quatro vezes. É um autêntico rompe pernas que eu de todo não aprecio. O segmento foi ultrapassado em cerca de 40'.


Durante o segmento de corrida pude observar os meus adversários mais directos no escalão, nomeadamente o António Calafate e o Gary Blesson. Percebi que já não havia muito a fazer para os alcançar, pois só uma corrida canhão mo iria possibilitar e, não tinha condições para a fazer.


E agora venha o desafio de Vitoria. Até lá será essencialmente para descansar e fazer as últimas afinações na forma. Veremos como corre, pois nunca antes me atrevi a distâncias tão longas. 4Km a nadar, 120Km a pedalar e uma corridita de 30Km para terminar em beleza.


No final 50º da geral, 3º do Escalão V2.

Foto da Rita Ramos

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Ventos laterais e perfis altos


O passado Domingo foi dedicado ao ciclismo, com o objectivo claro de carregar mais uns quilómetros sobre a Specialized Transition Pro, a bicicleta de contra-relógio que utilizarei no Campeonato do Mundo de Triatlo Longo, em Vitoria-Gasteiz.


Desta vez saí com o setup completo, ou seja, com as rodas em carbono, de perfil alto, mais concretamente com 82mm à frente e 101mm atrás. Excelentes roladoras, assustam um pouco quando têm de lidar com ventos laterais.

O treino foi de 115Km, bem rolantes, especialmente no troço entre Cascais e a Bobadela. Só mesmo no regresso a casa, desde Caxias, a coisa empinou mostrando que aquela bicicleta não foi desenhada para subir.

Os ventos laterais provocaram uns sustos, nomeadamente em Albarraque, quando uma rabanada me fez abanar um pouco. É o que ilustra o vídeo captado pela GoPro do Pedro Machado, numa das suas primeiras experiências com esta câmara maravilha.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Boas sensações em Pedrógão Grande

Finalmente voltei a ter boas sensações numa prova de Triatlo. A primeira vez esta época. Depois de alguns desempenhos menos conseguidos nas provas anteriores em que participei, o treino parece ter começado a encaixar.


Contudo o início não foi fácil. A natação continua a não sair. Apesar de, na piscina, a evolução ter sido notória, o desempenho nas águas abertas tem mostrado o contrário. Em todas as provas em que participei este ano tive desempenhos piores do que em edições anteriores das mesmas provas.


Já o ciclismo correu pelo melhor. Consegui encaixar num grupo com excelente andamento, com os atletas Pedro Pinheiro, Délio Ferreira e o atleta da foto à minha frente, creio que António Fortuna. Fomos sempre conquistando posições, no selectivo percurso de Pedrógão, com um ritmo muito vivo e onde me resguardei permanentemente - até porque tinha pouco como contribuir para aquele andamento. Foi o 24º melhor registo do dia.


A transição não foi tão rápida quanto o que eu gostaria mas a corrida final satisfez-me. Ganhei mais uns quantos lugares e, mais importante, passei de terceiro para segundo do escalão. O primeiro lugar, estava infelizmente algo longe, comprometido pelo desempenho na água.


Em suma, fiquei imensamente satisfeito com o desempenho, até porque, ainda consegui fechar a equipa na sétima posição, em parceria com os dois internacionais, já medalhados internacionalmente, do CN CVG: o Francisco Machado e o Rúben Costa. O segundo lugar no escalão V2 foi o prémio final, numa prova onde fui o 60º em 188 atletas.


O Campeonato do Mundo de Triatlo Longo, em Vitoria-Gasteiz, está apenas a 4 semanas de distância. Até lá, apenas competirei no meu triatlo olímpico preferido: Vila Viçosa. Será, seguramente, um excelente teste. Veremos se as boas sensações perduram ou, quiçá, melhoram até lá...


A foto é da Rita Ramos, sacada em plena rotunda, antes de começar a descer para a Barragem do Cabril

domingo, 17 de junho de 2012

É já ali

Aproveitando o facto da Helena ir jogar Pólo Aquático a Évora, engendrei um treino longo, rolante, para encaixar mais uns quilómetros na Specialized Transition. Contei ainda com a preciosa ajuda do Paulo Lamego, que me acompanhou do Barreiro a Vendas Novas e, também, do Cláudio Nogueira, que fez o mesmo entre Vendas Novas e Évora. Obrigado a ambos pela amizade.


Saí de casa direito à estação fluvial do Terreiro do Paço, que alcancei em menos de uma hora, mas com o senão de, algures pelo caminho, ter perdido um dos meus preciosos bidãos da Camelbak. Felizmente o dia não estava assim tão quente.


No Barreiro tinha o Lamego à minha espera. Ultrapassada a zona urbana e entrados na N4 demos-lhe bem. No longo falso plano onde, semanas antes, a descer, não havíamos passados dos 30Km/h, desta vez, a subir, fomos sempre acima dos 40Km/h. A Transition é de facto uma bicicleta impressionante, mesmo utilizando umas rodas tradicionais... Acho que acertei com o setup. O último ajustamento, na largura dos apoios dos cotovelos, revelou-se precioso. Houvesse melhores pernas, que aquilo ainda andaria mais depressa.


Parámos então em Pegões para reabastecer e seguimos para Vendas Novas a ritmos mais tranquilos. Aí tinha já o Cláudio à espera. Passado o testemunho (no caso, eu) o Lamego regressou a casa e eu segui na companhia do Cláudio. Primeiro, pondo a conversa em dia, depois, após Montemor-o-Novo, um pouco mais depressa, numa estrada de bermas generosas, com alcatrão imaculado, onde a velocidade chegou a passar dos 60Km/h, ajudada pelo vento.


No que respeita ao jogo do Pólo, só posso dizer que me cansei mais a assistir à generosidade da Helena dentro de água, do que com a viagem de bicicleta. Golos, entradas, assistências, não deixar o pivot adversário "cheirar a borracha"... Aos 45 anos e menos treinada é impressionante. Valeu a pena a viagem, para ter o privilégio de assistir ao perdurar de rotinas, de algumas das antigas jogadoras da selecção nacional, mesmo com mais uns anitos no cartão de cidadão.


Para a história: 150Km, 4h44', 32Km/h de média. O trajecto entre o Terreiro do Paço e o Barreiro foi realizado de barco.

domingo, 10 de junho de 2012

Desempenho sofrível em Oeiras

O triatlo de Oeiras é, por muitos, considerado um dos mais belos do circuito nacional. O enquadramento paisagístico é realmente notável e, o muito público que a prova atrai ajuda à festa. Oeiras é também uma prova onde a natação tem um peso muito grande, já que o ciclismo propicia a formação de grupos grandes e não existem grandes dificuldades para transpor.


Depois de em anos anteriores ter conseguido boas prestações nesta prova, este ano as coisas não correram pelo melhor. A natação foi, como habitualmente, demasiado fraca, prejudicada ainda por uma má escolha da posição de saída e pela batalha aquática que foi a passagem da primeira bóia.


No ciclismo andei muito rápido até conseguir apanhar um grupo. A partir dessa altura o andamento refreou, fruto do vento de frente após o retorno e da pouca colaboração dos restantes elementos para fazer mexer as coisas.

A corrida foi insuficiente para as necessidades de recuperação resultando num 123º lugar final e 8º do escalão.



Foto do Carlos Maia 

segunda-feira, 4 de junho de 2012

A tareia, a carícia e a lesma!

Domingo foi dia de meter quilómetros. Não tantos como os inicialmente previstos, mas mesmo assim foram 130Km, pelas estradas da margem Sul do Tejo, local ao qual, há poucos anos, um ilustre (des)governante apelidou, carinhosamente, como "o deserto".


Foi pois no tal "deserto" que rolámos, diga-se, a ritmos pouco extravagantes. Destaque apenas para uma recta, na N5, com mais de 8Km de extensão. Pudemos também ver que, no tal "deserto" existem pessoas, edifícios, animais, culturas agrícolas... Estranho!


A saída foi de Cacilhas, onde chegámos de barco. O primeiro destino foi o alto da Serra da Arrábida, de onde contemplámos o Sado, o Atlântico e a península de Tróia. Sempre bonito de ver. Rumámos depois a Setúbal, Praias do Sado, Águas de Moura e Poceirão. Face ao horário, alterámos o trajecto, que inicialmente passava por Alcochete e rumámos ao Montijo. Alterámos também o destino e parámos no Barreiro, onde apanhámos o barco de regresso a Lisboa.


Aquilo que estava previsto no "Tareão no deserto" acabou por não passar de uma suave carícia. Não por culpa do Paulo Lamego e dos seus amigos, que bem se esmeraram para nos acompanhar pelas mais rolantes estradas do "deserto", mas antes pela "lesmice" instalada de alguns elementos... Ou seja, há entre nós uma lesma vertebrada!

Até breve!



segunda-feira, 28 de maio de 2012

Longo em S. Jacinto

Dois objectivos me moviam no Triatlo Longo de S. Jacinto: chegar a um dos lugares do pódio e fazer um registo abaixo das 4h30'.

Concretizei o primeiro deles ao alcançar a segunda posição no escalão e a tornar-me Vice-Campeão Nacional de Triatlo Longo, no escalão V2, na época 2012. A vitória foi para o Miguel Fragoso, que se tem mostrado inalcançável.

A natação continua a ser um problema. Persisto em não transpor as evidentes melhorias, verificadas em piscina, para as águas abertas. Aliás, consegui mesmo a "proeza" de fazer pior, em cerca de 1'30" do que no ano anterior!!! Confesso que isto me irrita... Se fosse do  tipo depressivo já tinha cortado os pulsos! :-)

No segmento de ciclismo, estreava em competição a minha bicicleta de contra-relógio. A Specialized Transition permitiu cumprir os 90Km do percurso de forma muito confortável e mais rápida do que no ano passado. Mesmo não estando com o nível de ciclismo de então. Fiz a esmagadora maioria do percurso sobre os aerobars, sempre confortável. Comparativamente à edição de 2011 melhorei cerca de 3'.

Da corrida esperava melhor. Apenas na quarta das cinco voltas do percurso consegui correr com alguma qualidade. Fi-lo no sentido de apanhar um atleta - o Paulo Canário, que me antecedia e que julgava ser do meu escalão. Afinal ele é V1 pelo que não contava para as minhas contas. Paguei o facto na quinta volta, onde baixei o andamento de forma significativa. Mesmo assim, um minuto mais rápido do que no ano anterior.

Volto a sair de S. Jacinto bastante satisfeito mas também com a confirmação de algumas ideias. O ciclismo carece de alguma melhoria e deverei ser um pouco mais conservador naquele segmento, se quiser correr ao meu melhor nível. Fi-lo no Longo de Lisboa 2011 e, muito provavelmente, as contas sairão beneficiadas dessa forma.

Tenho de ser mais rigoroso no cumprimento da estratégia de nutrição e hidratação. Meio bidão a menos no ciclismo significou menos água e menos energia. Talvez daí os sinais de alguma desidratação evidenciados.

Palavra para os meus companheiros de equipa que tornaram ainda mais agradável este fim-de-semana. Obrigado Lamego, Machado, Lourenço e Santos.

A primeira foto é do Paulo Lamego e mostra o pódio: Miguel Fragoso, eu e o espanhol Alfredo Sierra.

A segunda é minha e ilustra os preparativos da véspera.


segunda-feira, 21 de maio de 2012

Uma bosta!

Domingo fiz o meu segundo triatlo da época. Aliás, devia ter feito pois, um furo, cerca do Km13, levou-me à desistência.
De qualquer forma as sensações não foram boas. Sentia-me cansado antes da prova e senti-me cansado durante a mesma.


A estratégia passava por não me desgastar em demasia, pensando no Triatlo Longo de Aveiro, que será já no próximo Domingo. Assim, tentaria apenas cumprir, garantindo a posição para a equipa no Campeonato Nacional de Clubes. Se no decorrer da prova houvesse oportunidade para algo melhor, no plano individual, logo tentaria não desperdiçar a oportunidade.


Apesar de ter tentado nadar descontraído, não o consegui fazer de forma efectiva. Bati os 1500m em 29'48" sem grande conforto. A transição demorou uma eternidade e saí para o ciclismo debaixo de chuva e com algum vento. A foto ilustra bem o desconforto sobre a bicicleta...


A minha performance desportiva e o frio não se dão bem. Quezílias antigas. As pernas frias e o piso escorregadio não ajudavam. As zonas técnicas eram feitas de forma lenta sem correr qualquer risco. Pouco depois de iniciar a terceira de seis voltas, sinto a frente da bicicleta rija. Olho para o pneu e verifico que a corrida, para mim, acabava ali. Um furo!


Estranhamente eram muitos os atletas com a bicicleta pela mão. Foram mais de vinte furos e quatro correntes partidas. Algo completamente invulgar numa prova de Triatlo. A chuva havia arrastado o lixo da berma para a estrada e as pequenas pedras, vidros, pedaços de metal, arrasaram o pelotão.


Fiquei desapontado com o sucedido mas, no plano estritamente pessoal, talvez não tenha sido assim tão mau. Afinal, vou enfrentar o Longo de Aveiro mais descansado. Mas também vou sem ainda ter experimentado boas sensações nesta época de Triatlo. Depois da Maratona de Sevilha ainda não tive um registo digno de nota.


A foto é do Carlos Maia. Um fervoroso adepto da modalidade que acompanha o seu filho David, também ele atleta da modalidade. As fotografias do Carlos conseguem captar a alma dos atletas. Isso não está ao alcance de qualquer um. Obrigado Carlos!