pouco antes da saída, junto aos maravilhosos bungalows do Parque de Campismo de Oleiros - um must! |
Com base em Oleiros, saímos com destino à Sertã numa estrada nova, a estrear, ainda com alguns troços inacabados. Um sobe e desce permanente onde predominavam os troços a descer. A partir da Sertã tomámos a mítica N2 - a estrada que liga longitudinalmente Chaves a Faro, com destino a Pedrógão Grande. O rompe pernas foi também uma constante mas, desta feita, essencialmente a subir.
Já numa das últimas subidas do dia, perto de Unhais-o-Velho |
O destino seguinte era Góis, alcançado também pela N2, depois da primeira subida longa do dia - com cerca de 10Km, a que correspondeu uma brutal descida, por uma estrada muito sinuosa, de curva e contra curva mas onde raramente era necessário tocar nos travões. Soberbo! Chegados a Góis rumámos a Arganil, num falso plano que o calor forte tornava mais difícil, localidade esta onde nos detivemos para comer e comprar água.
Estávamos então no sopé da Serra do Açôr que iríamos começar a subir a partir de Folques. A íngreme estrada, que em tempos constituía o segmento de ciclismo do Triatlo de Cepos, levava-nos encosta acima, com passagem em Torrozelas - terra natal da minha bisavó Assunção, com vista para, na encosta oposta, Monte Redondo, também terra natal do meu avô Baptista.
Chegados ao topo cometeríamos um erro de navegação que nos faria perder mais de 30', cerca de 10Km e que acabaria por nos comprometer o sucesso no trajecto. Esperavam-nos estreitas e íngremes estradas de montanha, com passagens no fundo de vales, dos quais tínhamos de arrancar as nossas bicicletas à custa de muito esforço. Os andamentos 39X23 eram, definitivamente, curtos para tanta inclinação, mais propícia a máquinas de BTT. Contudo, acabaríamos por levar de vencidas todas estas rampas até alcançarmos Unhais-o-Velho.
Foi aqui que, algo desapontados, decidimos abortar a jornada. Estávamos a cerca de 40Km do destino, era tarde e já não tínhamos comida. Mesmo pesando o facto de cerca de 75% do percurso ser a descer de forma muito generosa, mandou o bom-senso arrumar as bicicletas no carro e regressar por este meio.
É mesmo montanha... o esplendor da Serra do Açôr |
Foi uma pena não termos concluído este troço final, mas há que saber reconhecer quando a montanha é mais forte que nós.
Foi também um dia em que a electrónica me virou costas. Os dois GPS que levei decidiram não colaborar. O etrex HTC não me mostrava o track - a indicação do caminho a percorrer definido previamente. O 910Xt ficou cego e não via satélites, motivo pelo qual não permitia a navegação nem registava outros dados que não tempo e frequência cardíaca.
Mesmo assim, um excelente treino de quase 10h de ciclismo na companhia, excelente, do Barbosa, Conde, Serôdio, David e Isabel - estes dois quem afinal devem ter desfrutado mais, graças ao sábio by-pass que efectuaram, pouco depois de Pedrógão Grande.
Fotos da Rita Ramos
1 comentário:
Conheço bem essa zona e quando se diz que Portugal não tem montanhas ou que só tem apenas a Serra da Estrela, estão muito equivocados. Muito bom, Fernando. Abraço.
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