quinta-feira, 13 de abril de 2017

Supremo

Já tinha saudades da Specialized Transition
Supremo é a palavra que tenho para qualificar o I Triatlo Longo de Setúbal. Uma organização exemplar da HMS Sports que, desde da comunicação aos detalhes da competição, desde os abastecimentos à cerimónia de pódio, esteve perfeita e colocou a fasquia muita alta no que respeita a este tipo de eventos. Parabéns!

Uma semana após Quarteira e um dia depois do Torneio de Masters do Sport Algés e Dafundo em natação, lá estava eu à partida, num dia que parecia de encomenda. Sem expectativas por aí além. Apenas encaixar bem o primeiro longo da época.


A natação decorreu na praia de Albarquel. Nunca fui muito clarividente a analisar as condições do mar e esta vez não foi excepção. Parti da zona mais afastada da praia, eventualmente aquela onde a corrente mais se fazia sentir. De qualquer forma, assim fugi à confusão e consegui nadar quase sem contacto. Nadei confortável, para 37', que dadas as condições não foi, de todo, um mau registo.

Na parte inicial do segmento de ciclismo não tive boas sensações. Estava pouco fluído e desconfortável. Como se não bastasse, logo nas primeiras lombas da Av. Luísa Tody o suporte dos bidões de água desapertou-se e perdi um deles. O outro ficou posicionado de tal forma que, para o alcançar quase de tinha de fazer um número de circo em cima da bicicleta... Começávamos bem...

Só cerca do Km 45 consegui pedalar de forma confortável e andar qualquer coisa de jeito. Contudo, sempre preocupado com a hidratação, pois mesmo apanhando os abastecimentos da organização não tinha como os transportar. Antevia que esta falha se fosse reflectir na corrida final, mas eram estas as condições e era assim que teria das superar. Só pensava: - Antes agora do que no Ironman...

O segmento de ciclismo caminhava para o final. Com duas idas perto do Portinho da Arrábida, mais um retorno na Mitrena e outro no Alto da Guerra. Era exigente, mas a paisagem arrasadora!


Pódio montado junto ao Auditório Zeca Afonso
Pés no chão e transição para a corrida. Cometo então o erro do dia: olhei para as meias que tinha no saco de transição e pensei: - Nahhhh. Hoje não preciso disto! - E lá arranquei com um ritmo simpático, ali entre os 4'05"/Km e os 4'10"/Km.

Corria solto e confortável. Alimentava-me e hidratava-me e tudo parecia bem encaminhado. Mas lentamente começo a sentir algum incómodo nos pés, que minutos depois já era uma dor instalada. A água com que me refrescava fazia correr o sal da transpiração para os ténis... Parecia que tinha folha de lixa dentro de cada um deles. Ambos com feridas em vários locais. Mas agora era aguentar até final e não pensar muito no caso. O ritmo quebrava um pouco mas a metade da corrida estava cumprida. Estava quase!

As reservas ainda deram para uma discussão da chegada ao sprint e para terminar em 39º de 400 atletas, com o registo de 4h58'38", tendo sido 3º V3 e assim alcançado o meu primeiro pódio no escalão.

Agora, sarar as feridas e olhar para a Andaluzia. O Half de Sevilha é para a semana!

Fotos:
Unspotdesign Branding Desportivo
Paulo Lamego

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