segunda-feira, 1 de junho de 2015

Que tratamento, senhores!

Cruzando a meta em modo cadáver!
Tinha planeado fazer outro Ironman este ano. Mais concretamente seria o Northwest Triman, na Galiza, no final do mês de Junho. Como preparação tinha algumas provas agendadas até lá e o Half de Sevilha era uma delas. Assim, mesmo depois de riscar o Northwest da agenda e com os níveis de preparação em "serviços mínimos" rumei a Sevilha no passado fim-de-semana.

Nada se consegue sem trabalho e a performance desportiva não foge à regra. Sevilha foi bem exemplo disso mesmo.

Um segmento de natação comprido (o meu Garmin mediu 2160m em vez dos previstos 1900m), sem fato e na água doce do Guadalquivir, com muito contacto físico e paragens nas duas primeiras bóias. Cumpri a distância em 40' Havia apontado algo na casa dos 37' para 1900m pelo que não foi assim tão mau.

Primeiros instantes do segmento de ciclismo para me hidratar, alimentar e entrar no meu ritmo. O percurso fazia lembrar o nosso Alentejo que de plano não tem nada. Um percurso ondulado, com subidas em potência e descidas pouco acentuadas onde também se pedalava vigorosamente. Acresciam duas dificuldades: o muito calor andaluz que se fazia sentir à hora da "siesta" e o vento.

O pouco treino não me permite estar consistente. Portanto, o ritmo que impus desde início ia deixando mossa. O vento, esse, não dava tréguas. Apenas o apanhámos de costas em três troços do percurso: inicialmente, num troço plano, onde fiz 46 Km/h de média; depois na descida mais acentuada do percurso onde de nada contribuiu; por fim, na última subida do dia. Os últimos 20Km, no regresso a Sevilha foram sempre feitos com vento frontal e já com bastante desconforto.

Pelo meio um dissabor. Um penalidade aplicada por, alegadamente, ir na roda de outro atleta. Ultrapassei dois atletas, numa subida, deixei-os para trás e o árbitro conseguiu ver que eu ia na roda.. Enfim, sempre tive 5' para recuperar na Penalty Box antes de começar a correr, mas foi algo que me custou, pois faço os impossíveis para não andar na roda de ninguém e sou crítico relativamente àqueles que o fazem.

Correr? Se a trotar sem parar durante duas horas chamarmos correr, então corri. Não existem milagres, e com apenas 17,3 Km de corrida feitos no mês de Maio seria de esperar que eles não estivessem para acontecer em Sevilha...

Portanto, foi correr de forma ininterrupta, aproveitando os abastecimentos e gerindo a frustração de todos me ultrapassarem naquele que costuma ser um dos meus melhores segmentos. Enfim. faz parte!

 

Fiz 208º da geral, 18º do escalão (45-49). Obtive o 292º tempo da natação, o 81º registo no ciclismo e fiz o 376º registo da corrida. Chegaram 464 atletas.

Estreei em competição um boné de corrida da Mission. Com uma banda de microfibras que arrefecem em contacto com a água/suor, foi um precioso auxiliar para me manter fresco durante a corrida.

Um obrigado especial aos meus companheiros de viagem Lamego, Machado, Ana Teresa e Sérgio que me suportaram durante o empeno. :-)

Agora é mesmo preciso sarar de vez a maleita. Até lá... vou nadar!

Nota final para a organização do evento: Excelente. Sem dúvida a repetir.



1 comentário:

Hugo Gomes disse...

Carmo,
Pela descrição pareceu-me efectivamente um belo tratamento. :)
Fiz um Half em Sevilha há uns anos e, tirando uns kms da bicicleta em piso muito mau à entrada de Sevilha, também gostei da prova.
Também fizeram a subida de "El Ronquillo"?
Um abraço e boa recuperação.