Os manguitos para enfrentar o frio matinal do interior centro |
Desta vez, traçámos o percurso à descoberta. Nunca antes havia passado em 80% das estradas que utilizámos. Optámos, essencialmente por estradas municipais que unem pequenas aldeias espalhadas pelas serranias do pinhal central. Tal não impede que nos deparemos com vias de piso imaculado, mas faz também com que o traçado serpenteie ao belo prazer da orografia dos montes, transformando assim os quilómetros numa autêntica montanha-russa, algo a que na gíria velocipédica se denomina de rompe-pernas.
Isto era a parte fácil, porque, na difícil tínhamos quatro rampas, que configuravam contagens de montanha de 2ª categoria, num percurso com cerca de 160Km e 4040m de desnível positivo acumulado.
Deixo-vos a ilustração dessas mesmas subidas:
De Oleiros para Isna, logo para aquecer, são 6,3 Km, que nunca passam dos 10% de inclinação.
Depois, a subida do Açor, com saída perto da aldeia de Enxabarda e uma ascensão de 5,4Km. Aqui comecei a sentir os primeiros estragos.
Cruzado o rio Zêzere, seguindo na direcção da barragem de Santa Luzia, com Dornelas do Zêzere para trás, foram 7,4Km de ascensão e uma grandiosa paisagem. Já foste...
Por fim, a subida de Cambas, onde já cheguei muito desgastado. Acabei por recorrer a uma boleia de 1,6Km até ao alto. As pernas estavam vazias e qualquer alteração de desnível me causava dificuldade de progressão. Cambas, com 4,5Km de extensão e alguns troços íngremes, não era o melhor dos locais para chegar assim.
Ultrapassada a última dificuldade, foi tempo de descer até Oleiros e recuperar para voltar a casa. Antes do Iberman conto tornar lá, para mais uns quilómetros, por estradas pouco movimentadas, de piso excelente, paisagens fantásticas e nunca, mas nunca, planas.
Foto da Rita Ramos
1 comentário:
Quero ver isso!!!
:D
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