quarta-feira, 4 de abril de 2012

O estranho dia em que o triatlo não interessou...

A tragédia abalou-se sobre aquilo que seria um fim-de-semana de festa de triatlo em Quarteira. A notícia, chocante e inesperada, do falecimento do antigo seleccionador nacional, António Jourdan, durante a noite, marcou fortemente o segundo dia de provas, transfigurando os rostos de todos aqueles que com ele tiveram o privilégio de privar.


Minutos depois, o meu colega de equipa, o "puto" júnior Francisco Machado conquistava uma medalha de bronze na Taça da Europa, com as cores da selecção nacional. As minhas emoções ficavam perfeitamente baralhadas.


A vontade de competir esvaía-se com o pensamento no sucedido. Mas recordar Jourdan é forçosamente recordar as incontáveis horas que deu ao Triatlo. A forma de melhor o homenagear seria, seguramente, dar continuidade às sementes que ajudou a lançar, e dessa forma engrossar o pelotão que partiria para o campeonato Nacional de Clubes.


Optei por nadar por fora, longe do contacto, mesmo que tal significasse uns metros a mais. Cumpri os 750m em pouco mais de 13'. O ciclismo ressentiu-se da falta de quilómetros, fruto do treino para a Maratona que realizei nos últimos meses. Não pude por isso espevitar o andamento do meu grupo da forma que tanto gosto. A corrida final foi cumprida sem notas dignas de registo. No final, o sempre sensaborão 4º lugar no escalão (70º da geral), com um registo de 1h05'.


Agora é tempo de deixar que o tempo apague a amargura...

1 comentário:

João Correia disse...

Em abraço sentido, companheiro.