segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Agadir - o reino da luz

Ontem cumpria-se um ano da queda feia no Ironman Hawaii, que me deixou com 7 costelas fraturadas e a bacia partida em 3 sítios. Era portanto uma boa data para me por à prova no 70.3 Agadir.

Agadir era a nova localização e aposta da prova marroquina, depois de alguns problemas com o local original - Tanger. Para quem tivesse dúvidas sobre esta localização nenhuma restou no final do dia de ontem. Em todas as ações era visível o empenho da organização em dar o melhor de si em prol dos atletas. Algo amplamente conseguido, com destaque especial para a qualidade das estradas - as melhores onde alguma vez competi - e para a zona pós-prova que mais parecia uma tenda para uma festa de casamento.

Agadir é uma cidade voltada para o turismo, com boas infraestrturas e um custo de vida barato para nós portugueses. Ah... e sabem fazer café espresso, ainda que seja, talvez, o único bem alimentar mais caro do que em Portugal.

Quanto à prova, a natação saiu-me invulgarmente bem. O percurso, rectangular, bem marcado, desenhado numa baía abrigada, com água a 22C. Fiz 33' saindo em 8º do meu Agegroup.

Ciclismo em estradas imaculadas, num percurso ondulado, que chegava bem perto do aeroporto. Fiz o melhor segmento do dia no meu escalão com média superior a 37 Km/h, o que me permitiu começar a correr na segunda posição e rapidamente liderar a prova.

No entanto, algo estranhamente, quebrei perto do Km 12. O avanço de cerca de 4' de que dispunha desapareceu e fui ultrapassado por um atleta alemão, vindo a terminar com 4h38, depois de uma corrida em 1h39, bem longe do que o que consigo fazer.

No que respeita a slots para o Campeonato do Mundo de 2026, a Ironman alterou as regras. Criou o que chama Performance Pool, que não é mais do que uma lista geral de todas as marcas dos atletas que, no entanto, são ponderadas em função da idade dos mesmos. Deste modo, surgia como o segundo da lista, sendo as slots disponíveis mais do que suficientes para me abranger.

Na véspera da prova tinha decidido, convictamente, de que não aceitaria a slot, caso tal viesse a acontecer. No dia D, ontem... Vacilei! :-)

Já tenho assim a época 2026 definida: Setúbal Triathlon, IM Kalmar, e o Mundial de 70.3 em Nice. Para já venham uns dias de descanso, no que ao treino diz respeito.







domingo, 19 de outubro de 2025

70.3 Cascais | Relay

Já por diversas vezes tenho passado ao lado do Ironman Cascais sem nunca nele ter conseguido participar. Umas vezes, pela proximidade temporal de outras competições - como IM Hawaii ou IM Malaysia - outra, devido à pandemia, então no ano em que estive efetivamente inscrito.

Mas, foi desta!

Já não me recordo do motivo - a idade não perdoa - que nos levou, à minha mulher Helena, ao Pedro Machado e a mim próprio, desafiar-nos a fazer isto numa estafeta. O que é certo é que lá nos inscrevemos, sob o nome Team Bullets Relay, ainda que, de balas não tenhamos muito.

A minha única experiência em estafetas nestas andanças havia sido há anos. Ainda no século passado, no Triatlo de Oeiras, onde então fiz uma estafeta com a Helena - ela na natação e eu no resto - a qual acabaríamos mesmo por ganhar.

Agora as coisas eram diferentes. Ela nadaria, eu teria a meu cargo o ciclismo e o Pedro asseguraria a corrida final.

Posto isto, Sábado lá nos apresentámos à partida, sob um ambiente magnífico e uma meteorologia a prever um dia de excelência.

A Helena fez uma natação muito competente em 30'29" - o que era o 3º melhor registo entre todas as estafetas presentes.

Recebi assim o testemunho num cenário incomum para mim, pois tinha muito poucos atletas na minha frente. Andei o possível, sem grandes preocupações de me preservar para o que quer que fosse, uma vez que não teria de correr a seguir. Fiz um registo de perto de 2h25', com uma média de cerca de 37 Km/h - O 2º melhor tempo entre as estafetas.

Entregava assim o testemunho ao Pedro na liderança da competição das Estafetas Mistas e apenas com uma estafeta masculina à nossa frente. Ele acabaria por manter essa posição, fruto de uma meia maratona corrida em 1h26'.

Fica uma experiência diferente, divertida, numa outra forma de viver por dentro a magia do triatlo de longa distância.

A próxima prova será já para a semana e marcará o encerramento da época de 2025. O destino será África, no 70.3 Agadir.


Fotos: João Serôdio e Beatriz Carmo

terça-feira, 23 de setembro de 2025

Regresso

Ontem foi dia de retomar a competição. Esta foi uma época focada na recuperação da forma desportiva, afetada por um período de paragem forçada e, portanto, com pouca acção competitiva.

Havia feito o Setúbal Triathlon apenas com o fito de terminar e assim manter a minha condição de totalista. Todavia, então as sensações foram melhores do que o esperado e, não fosse um furo, teria tido uma classificação mais interessante.

Ontem estive na segunda etapa da HMS Sports Series - o Sines Triathlon, na distância T100. O dia estava muito ventoso, o que trouxe um acréscimo de dificuldade, tanto no ciclismo como na corrida. Na natação apenas o largo número de atletas presente aumentou a complexidade do segmento.

A natação correu dentro do esperado, com cerca de 37' para cumprir os 2 Km do percurso.

No ciclismo marquei o melhor registo do dia no meu Agegroup [55-59], o que me permitiu ganhar bastantes posições e entrar na discussão pelo pódio. Não do primeiro lugar, onde o nivel foi altíssimo, mas com alguma esperança pelos restantes dois.


Mas, para que tal acontecesse, na corrida final, teriam de surgir quebras nos meus adversários diretos, ou eu fazer um registo acima da minha capacidade atual.

Acabei por garantir a terceira posição do pódio com um minuto de vantagem sobre a quarta posiçao.

Relativamente à edição do ano passado gastei mais 12'. No entanto as provas não são comparáveis, atentos factores como o vento forte; o número de atletas (1100 aproximadamente); a extensão do Parque de Transição, o meu nivel desportivo e, também, o condicionamento que ontem levava no meu plano de prova.

Em suma, saio deveras satisfeito de Sines, a olhar já para o 70.3 Agadir e para o "aquecimento" que será a minha participação numa estafeta, uma semana antes, no 70.3 de Cascais.

Fotos da Rita Ramos

segunda-feira, 16 de junho de 2025

Time Trial | Coimbra


Depois de em 2024 ter acolhido as provas do Campeonato da Europa de Triatlo, alguns constrangimentos comprometeram a edição de 2025 do Triatlo de Coimbra. Em alternativa, o organizador Multisports ofereceu diversas eventos de corrida e também um contrarrelógio de ciclismo, com a peculiaridade do mesmo se disputar naquilo que será, em breve, o trajeto do Metro de Superfície de Coimbra.

Assim, com partida de Serpins e chegada à antiga estação de caminho de ferro de Coimbra, lá nos apresentámos para cumprir um percurso de cerca de 35Km, essencialmente plano, com curvas ligeiras mas algum vento frontal.


O treino de ciclismo que faço não é de todo focado para este tipo de esforço. Ainda assim, acabou por ser um estímulo interessante fazer 51'10" de prova, à média de 42 Km/h, e com a frequência cardíaca média a tocar nos 180 bpm.


A alta intensidade deu para fazer 27º à geral e 17º na categoria, que aqui tinha uma amplitude de 20 anos, a meu ver demasiado exagerada: 40-59 anos. De qualquer modo, foi uma experiência nova e deveras interessante.




A próxima competição será o T100 de Sines, daqui a cerca de 3 meses. 

fotos de Helena Barros, Nuno Nobre e Rita Ramos

sexta-feira, 13 de junho de 2025

Oeiras Open Water Race



Num ano de recuperação das incidências de 2024, as provas de águas abertas parecem uma excelente opção para manter a competitividade sem grandes impactos no corpo. 


Foi a segunda edição deste evento e também a minha segunda participação.

Os resultados em provas de água abertas dependem muito das condições externas, ainda mais quando disputadas em mar e junto à foz de um rio com a dimensão do Tejo.

Ao contrário da edição do ano passado a corrente este ano estava bem mais favorável. Ainda assim, a viragem das primeiras duas boias foi algo difícil, tendo sido necessário corrigir a trajetória.


Em suma, retirei 20' ao tempo realizado em 2024, cumprindo os 3.000m da prova em cerca de 50', o que me deixou bastante satisfeito.

Destaque para a Helena, que para além de fazer 10º na geral absoluta, ganhou a competição feminina, com cerca de 41'... Brutal!

fotos da Rita Ramos