
Ontem foi dia de Triatlo Longo, em S. Jacinto. Esta freguesia fica numa península, assim ao jeito de Tróia, no concelho de Aveiro. O local é muito aprazível, extremamente tranquilo e pejado de restaurantes com bom peixe. A tribo do Triatlo veio quebrar essa pacatez, invadindo o centro de S. Jacinto, a base aérea que ali se situa e a estrada, plana, que bordeja a ria, até à Torreira.
Fui para S. Jacinto com grandes expectativas. Pensava que podia mesmo ganhar o meu escalão se as coisas me corressem bem. Sentia-me forte na bicicleta e experiência recente do Longo de Lisboa, havia-me deixado bastante motivado.
A natação, na distância de 1900m, desenrolou-se na ria, no interior do porto de abrigo. Nadei de forma tranquila, bem orientado, alcançando um registo de 33'24". Nada mau. Rapidamente saltei para a bicicleta e me fiz à estrada. O piso é imaculado e sempre plano permitindo ritmos muito elevados. Contudo, a configuração da minha bicicleta não é a ideal para estes contra-relógios de longa duração. Pelo menos, um guiador adaptado a estas circunstâncias teria feito enorme diferença, permitindo uma posição mais aerodinâmica, poupando com isso bastante energia. Mas é o que temos e foi assim que me fiz à estrada!
A partir da terceira, das quatro voltas de ciclismo, senti alguma quebra. Especialmente no trajecto de regresso a S. Jacinto, onde o vento frontal me quebrava, significativamente, o ritmo. E parecia que aumentava a intensidade com que soprava a cada volta que passava.
Iniciei o segmento de corrida com alguma dificuldade. Tinha dores abdominais e as pernas pouca vontade em andar depressa. Atrás de mim, seguia o meu principal adversário do dia, o Pedro Quintela. Sentia-o a ganhar terreno e sentia-me sem capacidade para responder. Quando ele me alcançou, durante a segunda das cinco voltas de corrida, não tive capacidade para colar. Tentei recuperar para intensificar o ritmo no final, para ainda poder tentar alcançá-lo de novo. Se o consegui ligeiramente na quarta volta, na última acabei em perda total, já só com a preocupação em manter o segundo posto do escalão.
Acabei assim por perder uma excelente oportunidade de baixar do registo das 4h30'. Ganhou o Pedro, de forma meritória, por ter gerido a sua prova de forma mais adequada, o que lhe permitiu, não só, anular o meu avanço durante a corrida final, como ganhar ainda mais uns minutos. Eu acabei por ficar satisfeito com o segundo lugar.
Resultado final: 25º da geral, 2º do Escalão V1, no tempo de 4h34'12".
As próximas provas são já nos próximos dois fins-de-semana. Primeiro, em Peniche, a contar para o Campeonato Nacional de Agegroups. Depois, em Oeiras, a pontuar para a Taça de Portugal.
A foto é do Tiago Quintela