
Ontem, em Roma, completei a minha sétima Maratona.
Antes de mais, os agradecimentos. Agradecimentos a todos os que pessoalmente, via net, ou nas ruas da cidade eterna, gritando, me transmitiram o seu apoio. Bem-hajam.
Ontem fiquei com a certeza de que a Maratona é uma das provas mais justas que há. Só anda quem trabalha e não há contemplações ou formas de disfarçar a falta de treino. Assim, na prova reflete-se o trabalho dos meses anteriores. A mim faltou-me correr todos os dias, sempre (aos sábados, com a natação, abdiquei disso), faltou-me carregar quilómetros com bi-diários em quantidade, faltaram-me os treinos específicos longos, com zonas de trabalho em Marathon Pace e, faltaram-me também, as 5 semanas de qualidade, nas quais, em vez disso, estive prostrado a tratar da sinusite.
Não é à toa que a Maratona de Roma é uma "IAAF Gold Race". Há muitas provas no Mundo, mas com este selo, apenas 16. Organização perfeita, cidade monumental, boa feira, percurso duro mas muito belo. Com direito a dorsal Elite (ainda havia os Top Athletes) , integrei-me desde logo num grupo para andar na casa dos 3'52, o que fui conseguindo até por alturas do Km 25. Daí até ao Km 35 reduzi um nadinha o andamento. Rodava então na casa dos 4'00/Km. Ao Km 38 ganhei duas pernas de pau. O andamento caiu para 4'30". E acabei em 2h52'03" (135º da geral, 31º do escalão, em 16.000 atletas). Apesar de distante da minha melhor marca, fiquei satisfeito, pois receava que a minha preparação, menos conseguida, me causasse transtornos maiores e tinha receio de recaídas das lesões musculares, que felizmente não se verificaram. Hoje acredito que ainda poderei melhorar a minha marca de Londres. Assim consiga trabalhar o necessário.
Agora o foco passa para o Triatlo, com o Longo de Lisboa daqui por 6 semanas.