segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Tróia-Sagres 2019



Este ano cumpriu-se a edição 30 do Tróia-Sagres. Eu fi-lo pela 16ª vez.

Desta vez alinhado com os meus amigos Machado e Serôdio, para nos juntarmos ao grupo do Louletano. Entre 12 a 16 pessoas... Pois sim... Alguns 40! A estes juntávamos os vários grupos por quem íamos passando na estrada, as viaturas que acompanhavam outros grupos e ciclistas. Estavam reunidas as condições para que a coisa não corresse bem.

De censurar o facto de se assistir a alguns comportamentos desviantes aqui pelo meio. Carros que seguem os seus atletas de forma permanente; manobras desesperadas de alguns automobilistas para fugir aos ciclistas; manobras desesperadas de ciclistas para fugir aos carros que vão em marcha mais lenta; ciclistas no cone de aspiração das viaturas. Enfim... creio que o modelo que adopto é o melhor: encontramo-nos em Sagres e se surgir alguma emergência, ligo!

Neste cenário, por duas vezes tivemos necessidade de recolar ao grupo, perdendo o Serôdio num desses esforços. Numa terceira vez, mesmo a rolar a 50Km/h, não nos conseguíamos aproximar e decidimos então parar com aquilo. Acabámos por nos juntar com outros "dissidentes" do tal grupo, ficando com um grupetto de 6 unidades no qual seguimos, em harmónica colaboração, até Sagres.

Uma única paragem em Vila Nova de Milfontes para reabastecimento e excelentes sensações na subida final da Carrapateira. Após seis semanas em que passei dificuldades no treino, a coisa começou a encaixar.

Fiz o meu melhor registo de sempre no novo traçado que, não me canso de dizer, é bem mais interessante do que o anterior, ainda que com uma passagem urbana em Santiago do Cacém. Precisei de 6h00 para cumprir os cerca de 202Km com 1500m d+. Média de 33,7Km/h.

Satisfeito pela forma como a coisa correr e por ter tido o privilégio de juntar mais uma linha ao meu curriculum neste evento que, em boa hora, o António Malvar se lembrou de criar! :-) 



Resumo:
  • 2019 - 6h00
  • 2018 - 6h56
  • 2017 - 6h39
  • 2016 - 6h08
  • 2015 - 5h45
  • 2013 - 6h17
  • 2012 - 6h49
  • 2010 - 6h30
  • 2004 - 5h45
  • 2003 - 6h11
  • 2002 - 6h17
  • 2001 - 6h42
  • 2000 - 6h23
  • 1999 - 7h20
  • 1998 - 6h32
  • 1997 - 6h38








  


sábado, 2 de novembro de 2019

Resumo da época 2019

Triatlo David Vaz - Fundão. Mais que uma prova, uma homenagem. 
Com o Ironman Wales concluí, no passado dia 15 de Setembro, a minha época 2019. Foi uma época bastante positiva a que terá apenas faltado a apetecida slot para o IM Hawaii 2020, a qual escapou por escassos segundos.

Iniciei a época no dia 05 de Novembro e, durante 10 meses, treinei mais de 450 vezes. Como se constata da análise do quadro infra, 61% do tempo foi gasto sobre a bicicleta. O restante foi dividido entre a natação - 26% e a corrida - 13%.

No ciclismo fiz, por 4 vezes, treinos com distância superior a 200Km. Aquilo que denominámos Epic Rides: Tróia - Sagres (202 Km); Terrugem - Ervedal (212 Km); Estremoz - Portalegre - Estremoz (212 Km); Reguengos - Barrancos - Reguengos (202Km).



Os momentos competitivos foram 7, dos quais dois aconteceram fora de Portugal - Espanha e País de Gales:
  • Setúbal Triathlon
  • 70.3 Marbella
  • Sprint de Oeiras
  • Viseu Triathlon
  • Triatlo David Vaz - Fundão
  • Douro Triathlon
  • Ironman Wales
Viseu Triathlon. Traçado exigente numa distância desafiante (2;60;15)Km
Nestas competições alcancei o pódio em Setúbal (2º), Oeiras (3º), Fundão e Douro (2º), tendo com isto sido 3º classificado no Campeonato Nacional de Triatlo AG [50-54] e vice-campeão nacional de Triatlo Médio no mesmo grupo de idade.



Em Marbella obtive o 5º lugar no Agegroup, algo que me deu acesso à slot para o Campeonato do Mundo de 70.3,que se disputou, em Setembro, em Nice - França. No entanto, atento o facto desta competição se realizar na semana anterior ao IM Wales, com todo o impacto que isso acarretaria - físico, logístico e financeiro, decidi prescindir da mesma.

O foco principal da época 2019 era o Ironman Wales. Um local que gosto, com um público inesquecível e um percurso que na minha opinião, se me encaixa na perfeição. Cheguei bastante bem preparado à competição mas, acredito, não ter suficientemente competente na gestão da mesma. Paguei os erros cometidos durante o segmento de ciclismo na corrida final, que ficou aquém, bastante aquém, do que já ali havia produzido, num dia muito mais difícil.

Mesmo mal, marquei o 5º melhor registo do dia neste segmento, contudo insuficiente para cobrir a diferença de 2'17" para o pódio - que assegurava a slot, e de 12" para o quarto lugar que também acabou por a dar.

Setúbal Triathlon. Do melhor que existe!
Só posso estar satisfeito com tudo isto. Afinal é um privilégio poder estar na linha de partida destas competições e tentar, em cada uma delas, fazer o melhor possível. O resto depende também dos adversários ou de factores extrínsecos à competição, como sejam furos ou avarias.

Após algumas semanas de descanso com bastante BTT pelo meio, o treino regressa já no próximo dia 4. Serão 11 meses de caminho até ao grande objectivo da época: Ironman Emilia-Romagna, Itália. Pelo caminho haverá outras competições, sendo que a primeira está agendada para Setúbal e para a magnífica Arrábida, em Abril.


quinta-feira, 19 de setembro de 2019

IM Wales, pela terceira vez!


Já se percebeu! Gosto muito do IM Wales e já fui imensamente feliz em Tenby. Assim, no passado Domingo, competi lá uma vez mais. A minha terceira vez em Gales.



Foi, provavelmente, a vez em que melhor preparado me sentia para competir na distância. Talvez por isso cometi alguns erros que vieram a comprometer uma melhor prestação.O segmento de natação correu bastante bem. Estava comprido e fiz cerca 4,2 Km. Não foi devido a má navegação, pois andei bem em linha recta, e esta diferença aconteceu a todos os atletas com quem falei após a prova. Nadei para 1h11, o que teria correspondido a cerca de 1h04 em 3.800m, o que seria a minha melhor marca de sempre na distância. Nadei no primeiro quarto do pelotão e acredito que o investimento na natação feito no último ano valeu a pena.



O ciclismo é, como se sabe, bastante exigente em Wales. Fiz o 9º tempo do Agegroup com 5h55, a uma média de 30Km/h. Nada mau.



Ainda perto do Km30, um susto. Um grito atrás de mim, uma sensação de deslocação de ar juntos às costas e o som seco de uma pancada. Isto aconteceu junto a uma placa amarela, de grande dimensão, a dizer "NARROW" (estreito) que assinalava a passagem numa ponte de pedra bastante estreita, após uma descida muito rápida. Soube, mais tarde, pelo Paulo Lamego, que vinha pouco atrás de mim e assistiu à cena, que outro atleta havia tentado ultrapassar-me ali e acabou por destruir a clavícula, o capacete e a face contra o muro de pedra da ponte. Não percebo o que leva alguns a arriscar a sua (e dos outros) segurança desta forma, numa prova que vai durar tantas horas... O Lamego acabou a ficar a dar-lhe assistência até à chegada da organização.




Na parte final do segmento senti fome. - Já foste! - pensei. Cheguei à T2 algo agastado e comecei a correr sonhando com o primeiro abastecimento. Engoli 4 copos de Coca-Cola e um punhado de gomas. Souberam-me pela vida e lá comecei a correr um pouco melhor.



Apesar do cardio muito confortável as pernas estavam desligadas. No entanto, estava consistente e decidi ir o mais forte possível, na esperança que houvesse quebras à minha frente. A volta e meia do fim o Coach Conde fez o ponto de situação. Possibilidade de 5º, talvez 4º... Arrisca! E assim fiz... as pernas a doer como nunca e o mais depressa que consegui. 3h45'... quase 20' mais do que em 2017.



Cheguei ao 4º lugar que, no entanto, logo seria actualizado para 5º, por escassos 12", devido ao rolling start, pois o atleta que chegou atrás tinha partido algum tempo depois de mim.

No final: 5º do Agegroup [50-54]; 125º absoluto. 1h11'31" na natação; 5h55'46" no ciclismo; 3h45'37" na corrida. Final 11h10'05.

Slots para os três primeiros. Com o Rolling Down chegou ao 4º. Portanto, fiquei a 12" do Hawaii 2020. Faz parte... :-)

Em 2020 haverá mais!

terça-feira, 23 de julho de 2019

Epic ride #4

Este fim-de-semana foi dedicado a mais uma Epic Ride, forma carinhosa como chamamos a um treino de ciclismo com mais de 200Km. Desde o início da operação Wales 2019, foi já a quarta vez em que a cifra dos 200Km foi ultrapassada:

  • Tróia - Sagres (202 Km)
  • Terrugem - Ervedal (212 Km)
  • Estremoz - Portalegre - Estremoz (212 Km)
  • Reguengos - Barrancos - Reguengos (202Km), desta vez a solo


Splash! Partida para os 200 Estilos
Aproveitando a participação no Open de natação Master, em Reguengos, guardei o Domingo para um treino rijo de ciclismo. Longo e com algumas tarefas de intensidade pelo meio, que o calor, vento e solidão tornaram ainda mais exigente.

Nos dois dia anteriores ao Epic Ride nadei 6 provas de natação: 800L, 400L, 200L, 200E, 200B e 100B. Todas próximas dos meus registos habituais, contudo sem lograr melhorar qualquer dos meus recordes naquelas distâncias.

Para fugir ao calor alentejano, iniciei o treino cerca das 6h30 da manhã. Estradas alentejanas em bom estado na maior parte dos casos, com o seu ondulado característico. Reguengos, Amieira e Alqueva onde passei sobre o paredão da barragem. Cheguei a Moura. Confesso que a dimensão da terra me surpreendeu e fiquei com vontade de a conhecer melhor. Fica para uma próxima oportunidade, seguramente.



Feito! Pese embora o percurso de Costas não ter sido grande coisa.
O objectivo desta vez era outro. Pias e Vila Verde de Ficalho de seguida, onde parei para o meu primeiro reabastecimento do dia, ao Km 86, paredes meias com Espanha. Depois cerca de 22Km até Safara, pela excelente N385, altura onde encontrei uma placa com a indicação "Barrancos - 26Km.

Foram 26Km de isolamento total. Passei uma motoreta a descer que me devolveu a ultrapassagem já a subir para Barrancos, presenteando-me com uma agradável nuvem de fumo de escape. Foi o único humano avistado durante aquele troço. De resto, apenas aves de rapina de porte considerável e momentos de instropecção: o que levará alguém a andar mais de 6 horas a pedalar sozinho pelo infindável Alentejo?

Monsaraz: se nunca lá foram, vão!
Barrancos faz jus ao nome. Mais parece terreno da Beira, do que do alentejano. Fica ali, encastrada num pedaço de terra que entra pelo território espanhol adentro... Pelo que li, teve, outrora, grande importância estratégica.

Barrancos era das poucas áreas do território nacional em que nunca havia estado, pelo que cumpri o meu desejo. Realizei lá o segundo reabastecimento do dia, com 133Km.

O resto do caminho teve pouco de interessante. Apenas o reencontro com o Alqueva e com a localidade de Mourão - onde efectuei o último reabastecimento, e passagem no sopé de Monsaraz - uma localidade imperdível. O vento e o calor, associado a uma humidade estranha, subiam de intensidade mas a coisa estava prestes a terminar.

As sensações foram excelentes e foi colocado mais um tijolo no edifício Wales 2019. 


segunda-feira, 8 de julho de 2019

Triatlo David Vaz | Fundão

Metros finais do III Triatlo David Vaz
Não é fácil para mim escrever sobre esta prova. Gostava que ela não existisse. Isso significaria que o David ainda estava connosco. Mas, ainda bem que existe. Se alguém merece ser recordado e homenageado é o David. Foi bom poder participar nela, pela memória de um grande amigo e de uma excelente pessoa.


Com o inevitável Jorge Calafate e o João Nunes




No que respeita aos factos desportivos a partida aconteceu pelas 11h15', no excelente plano de água que é a Barragem da Marateca. Duas voltas para perfazer os 1.500m do segmento de natação. A temperatura da água, a 26ºC, interditava a utilização de fato isotérmico o que, em água doce, dificulta um pouco mais o processo aos menos bons nadadores. Mesmo assim, lá cumpri a distância em menos de 30'.


O segmento de ciclismo é fantástico e exigente. Um segmento inicial ondulado e muito rápido, precedido da ascensão da Serra da Gardunha, para, finalmente, descermos para o Fundão. Prova "draft illegal", feita portanto com a bicicleta TT. O objectivo era andar a fundo neste segmento, o que vim a conseguir com média de 34Km/h.

Álvaro



A corrida final nada tinha de fácil pois, os 10Km eram, também eles, algo ondulados. Gastei cerca de 41'30" para os concluir e terminar a prova em 2h26'31", 33º da geral e 2º do grupo de idade [50-54]. Objectivos cumpridos.

Faltam agora 10 semanas para o Ironman Wales, o objectivo da época. Até lá, no que a competições diz respeito, apenas o Half do Douro.





Fotos Miguel Dassilva, Susana Figueiredo, António Calafate

terça-feira, 28 de maio de 2019

Viseu - entre Vouga e Dão

Descida rápida em direcção a Viseu
O ano passado fiz o Viseu Triathlon. Gostei e este ano repeti. Terei transmitido uma opinião tão positiva do evento que, comigo vieram mais sete companheiros de equipa do Sport Algés e Dafundo.

Xavier, jovem triatleta de Viseu em acção de voluntariado
A prova é sem drafting e tem uma distância incomum: 2 Km a nadar; 60 Km de bicicleta; 15 Km de corrida. Esta é, na minha opinião, uma das suas mais-valias pois, não só permite uma experiência competitiva aproximada a distâncias superiores, com menos impacto físico, como, ao mesmo tempo, funciona como entrada para aqueles que pretendem iniciar-se na longa distância.

Tudo foi diferente este ano. A natação na barragem de Calde, um local bastante bonito também, e com a água a uma temperatura simpática. Não aprecio nadar em água doce e o meu desempenho ficou um pouco aquém daquilo que foram os últimos desempenhos neste segmento. Gastei cerca de 34' para cumprir uns 2000 m, que estavam algo curtos.

A escassos metros da meta
O segmento de ciclismo tinha 60Km. Um troço de ligação entre a barragem e o percurso principal que ligava o aeródromo à cidade de Viseu, e que se cumpria por duas vezes. Era bastante selectivo e do meu agrado. Foi realizado a cerca de 35 Km/h de média, o que deu pouco menos de 1h45'.

Por fim, a corrida em pleno parque urbano, bem no coração da cidade. Contava ter feito melhor mas era impossível ter andado mais depressa. 15,3 Km cumpridos em cerca de 1h07'.
Maia, Carmo, Serôdio, Machado, Rita - alguns dos algesinos presentes

No final 3h29'07" e 18º da geral. Não havia classificação por escalões, mas fui o segundo [50-54].

Com esta prova concluí o primeiro período competitivo da minha época 2019, definido em conjunto como meu treinador Paulo Conde. Fica a faltar a segunda parte, com o teste no Half do Douro e o grande objectivo do ano, o Ironman Wales, em meados de Setembro. Até lá ainda haverá muito suor para derramar.



Próximo: Triatlo do Douro.

Fotos: Viseu Triathlon e Rita Ramos



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terça-feira, 7 de maio de 2019

No pódio de Oeiras


Oeiras será, porventura, a prova na qual mais vezes participei. Já lhes perdi a conta. Sempre gostei do Triatlo de Oeiras e sempre considerei que era um triatlo propício a nadadores. Por isso mesmo, a primeira vez que ali alcancei um pódio fiquei imensamente feliz. Depois, consegui-o mais uma ou outra vez, a última das quais, no passado Domingo.




Desta feita com o sabor especial de se tratar do Campeonato Nacional de Triatlo Sprint e de ter em competição vários dos meus indomáveis adversários de escalão. A sua presença exige que qualquer pequena conquista só seja possível deixando tudo em prova, o que torna tudo muito mais aliciante.






A natação não foi nada má. Apenas com o senão de ter aberto bastante a trajectória na abordagem à primeira bóia. Foi propositado sim, mas foi excessivo.

Mesmo não sendo um mau desempenho é sempre pior do que o dos meus adversários directos. Portanto, o ciclismo é sempre feito atrás do tempo perdido. Iniciei o segmento sozinho, em busca de um grupo grande que me antecedia. Estava confiante na minha capacidade e ia ganhando tempo ao grupo, mesmo pedalando a solo. Não quis forçar demasiado o andamento porque tinha a sensação de que em breve os apanharia. Contudo, após o Alto da Boa Viagem atrasei-me e, no retorno, em Algés, havia perdido mais alguns metros.

 Olhei para trás e, a cerca de 100m, vinha um grupo. Decidi abrandar e esperar por eles. Mesmo que não fosse aquele o andamento que desejava seria melhor do que andar sozinho.


Chegado à corrida final o objectivo passava por recuperar o mais possível para alcançar o pódio. E tal lá veio a acontecer, perto do último Km da prova. No final 1h06'02", o que deu 3º lugar no agegroup [50-54].




Curiosidade, nesta partilha de pódio com as senhoras, ter por lá a Cláudia, minha colega de Faculdade. Há uns anos (bons) atrás, em Guimarães, as nossas equipas venciam o Campeonato Nacional Universitário de Basquetebol. Quem diria que viríamos de novo a partilhar bons resultados, numa modalidade tão distinta... :-)

A próxima será em Viseu, no fim de Maio, na distância (2, 60, 15) Km sem roda.





Fotos do Pedro Machado, da Rita Ramos e do Dassilva

quarta-feira, 1 de maio de 2019

70.3 Marbella



Silicone dock :-)

A dúvida acompanha-me: serão os Ferrari a atrair o silicone ou o silicone a atrair os Ferraris? Ou, por outro lado, trata-se apenas de uma relação simbiótica? Puerto Banus não mudou muito. A fogueira de vaidades persiste entre carros de luxo, iates desmesurados e meninas XL, no que a lábios, rabos e mamas diz respeito.

O 70.3 Marbella, para prova com o selo Ironman, fiou um pouco aquém das expectativas, no que respeita às ofertas e à própria feira do evento. Uma mochila pequena, uma t-shirt técnica mas de fraca qualidade, uma feira sem nada de interessante.



Check in feito.

Depois de um bom resultado no Setúbal Triathlon pensava poder continuar na senda dos bons desempenhos. O dia começava cedo com a partida pelas 7h45, para 1900m no sistema rolling start. Saí da box 35' para um percurso de uma volta, com configuração em  L e um mar com alguma ondulação. Fiquei bastante satisfeito quando, ao chegar à praia, vi o minuto 32' no meu Garmin.

Esperava-nos um percurso de ciclismo bastante montanhoso. Os primeiros 20Km subiam. As sensações eram excelentes e fui sempre a ultrapassar gente. Na parte final de regresso a Puerto Banus descia-se... depressa, acima mesmo dos 80Km/h, numa estrada excelente na qual, apenas era necessário dar alguma atenção ao vento nas curvas. Cumprido o segmento de ciclismo com um desnível positivo de 1470m (cerca de mais 500m do que Setúbal, para quem conhece) em 2h43' e rápida transição para a corrida final.


Carmo e Machado, Sport Algés e Dafundo.
A corrida era feita sempre junto ao mar. Portanto, o piso, nas zonas mais lisas tinha alguma areia que fazia escorregar os pés. Foram 2 voltas, cada uma delas com 4 retornos a 180º. O vento soprava de sudeste, com alguma intensidade, dificultando o desempenho de todos. Na parte final da prova, não consegui manter o pace abaixo de 4'15"/Km mas, mesmo assim, deu para concluir em 1h31' e com um tempo final de 4h55', registo que me possibilitou alcançar o 5º lugar do Agegroup [50-54].


À esquerda podemos ver Ceuta.
Mais do que a classificação a prova valeu pelas boas sensações. No fim, direito a slot para o Campeonato do Mundo de 70.3, que em Setembro terá lugar em Nice. Contudo, não era, nem podia ser o meu objectivo, pelo que não a recebi.

Nice é na semana anterior ao IM Wales, essa sim aminha grande aposta em 2019. Quem sabe uma slot em 70.3 fique para umapróximaoportunidade...

Quanto a Marbella gostei e talvez venha a repetir um dia. :-)

Fica o agradecimento ao Paulo Conde pela arte de pôr um cota a andar minimamente para estas coisas... :-D e também ao Machado pela companhia até enfrentarmos o Dragão! :-D


Domingo que vem ficará destinado às provas curtas: Triatlo de Oeiras.

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Setúbal Triathlon | Totalista

No regresso da primeira passagem na Arrábida.
Não sou muito de escolher o melhor, ou o pior, do que o quer que seja. Não digo por isso que o Setúbal Triathlon é o melhor triatlo nacional de longa distância. Mas, sem dúvida, é das mais fantásticas provas em que já participei e, por isso mesmo, a prefiro em detrimento de outras, pelo que, em três edições sou totalista.




Aprecio quem ano após ano, por um lado, procura melhorar o seu evento na perspectiva dos atletas e, por outro, não procura um lucro fácil coarctando aspectos importantes da prova. O Setúbal Triathlon tem sido melhor a cada ano que passa. E é muitíssimo bom!


Posto isto, a prova.


Final do segmento de ciclismo.
Este ano foi implementado o sistema rolling start. Traz a vantagem de eliminar os grandes aglomerados na natação e de permitir que os atletas nadem próximos de outros como mesmo nível. O inconveniente passa por, durante a competição, não termos referências sobre os nossos adversários directos. Facto este ultrapassado com uma app que vai informando quem está de fora sobre a posição relativa dos atletas em confronto.

Esta implementação trouxe um novo percurso de natação, este ano com cerca de 1100m contra a corrente, fraca, que se fazia sentir. Mesmo assim o tempo final saiu um pouco penalizado e não consegui melhor do que 37'.

A correr na Luísa Tody.
No ciclismo pensei que podia cumprir os 90Km em cerca de 2h40' e sair saudável para a corrida final. As coisas saíram-me conforme o previsto e com excelentes sensações.



O início de dia bastante húmido levou-me a ser cauteloso nas zonas de empedrado e nas curvas mais fechadas. A viseira integrada no capacete não se dá bem com a humidade e teve de ir aberta para me permitir ver a estrada. Só que, aberta, complica a visão e estraga a aerodinâmica... e a bem dizer, estraga também o estilo... :-D Mas a coisa melhorou e a partir da Mitrena fechei-a passando a ver perfeitamente.


Recta da meta.
Cumpri o segmento de ciclismo na janela de tempo prevista e comecei a correr solto a cerca de 4'00"- 4'05"/Km. A frequência cardíaca perfeitamente controlada e o ritmo fácil. Contudo, na última volta, senti uma quebra. O ritmo escorregou para algo entre os 4'15"-4'30"/Km. As pernas estavam rijas e não reagiam apesar do cardio continuar perfeito. Estava então a surgir a factura de uma deficiente alimentação e hidratação durante o ciclismo.



Com o Miguel Fragoso.
Ciente das diferenças que podiam advir da partida em rolling start dei o que podia até à linha de meta e acabei o segmento em 1h29'. Percebi então que tinha sido segundo no escalão, apenas a 5" de um atleta espanhol, mas que também só tinha batido o meu amigo Calafate - terceiro classificado, por 2". Em quarto o Fragoso e logo a seguir o Margarido, todos eles atletas que na maior parte das vezes me vencem.


Com o Jorge Calafate.
Por isso, por ter conseguido o meu melhor registo das três participações nesta prova, e por ter desfrutado de uma fantástica competição, regressei de Setúbal bastante satisfeito.




Já a pensar na inscrição em Setúbal 2020... :-)






Fotos de proveniência diversa entre Rita Ramos, Organização e Rogério Machado.