segunda-feira, 22 de abril de 2019

Setúbal Triathlon | Totalista

No regresso da primeira passagem na Arrábida.
Não sou muito de escolher o melhor, ou o pior, do que o quer que seja. Não digo por isso que o Setúbal Triathlon é o melhor triatlo nacional de longa distância. Mas, sem dúvida, é das mais fantásticas provas em que já participei e, por isso mesmo, a prefiro em detrimento de outras, pelo que, em três edições sou totalista.




Aprecio quem ano após ano, por um lado, procura melhorar o seu evento na perspectiva dos atletas e, por outro, não procura um lucro fácil coarctando aspectos importantes da prova. O Setúbal Triathlon tem sido melhor a cada ano que passa. E é muitíssimo bom!


Posto isto, a prova.


Final do segmento de ciclismo.
Este ano foi implementado o sistema rolling start. Traz a vantagem de eliminar os grandes aglomerados na natação e de permitir que os atletas nadem próximos de outros como mesmo nível. O inconveniente passa por, durante a competição, não termos referências sobre os nossos adversários directos. Facto este ultrapassado com uma app que vai informando quem está de fora sobre a posição relativa dos atletas em confronto.

Esta implementação trouxe um novo percurso de natação, este ano com cerca de 1100m contra a corrente, fraca, que se fazia sentir. Mesmo assim o tempo final saiu um pouco penalizado e não consegui melhor do que 37'.

A correr na Luísa Tody.
No ciclismo pensei que podia cumprir os 90Km em cerca de 2h40' e sair saudável para a corrida final. As coisas saíram-me conforme o previsto e com excelentes sensações.



O início de dia bastante húmido levou-me a ser cauteloso nas zonas de empedrado e nas curvas mais fechadas. A viseira integrada no capacete não se dá bem com a humidade e teve de ir aberta para me permitir ver a estrada. Só que, aberta, complica a visão e estraga a aerodinâmica... e a bem dizer, estraga também o estilo... :-D Mas a coisa melhorou e a partir da Mitrena fechei-a passando a ver perfeitamente.


Recta da meta.
Cumpri o segmento de ciclismo na janela de tempo prevista e comecei a correr solto a cerca de 4'00"- 4'05"/Km. A frequência cardíaca perfeitamente controlada e o ritmo fácil. Contudo, na última volta, senti uma quebra. O ritmo escorregou para algo entre os 4'15"-4'30"/Km. As pernas estavam rijas e não reagiam apesar do cardio continuar perfeito. Estava então a surgir a factura de uma deficiente alimentação e hidratação durante o ciclismo.



Com o Miguel Fragoso.
Ciente das diferenças que podiam advir da partida em rolling start dei o que podia até à linha de meta e acabei o segmento em 1h29'. Percebi então que tinha sido segundo no escalão, apenas a 5" de um atleta espanhol, mas que também só tinha batido o meu amigo Calafate - terceiro classificado, por 2". Em quarto o Fragoso e logo a seguir o Margarido, todos eles atletas que na maior parte das vezes me vencem.


Com o Jorge Calafate.
Por isso, por ter conseguido o meu melhor registo das três participações nesta prova, e por ter desfrutado de uma fantástica competição, regressei de Setúbal bastante satisfeito.




Já a pensar na inscrição em Setúbal 2020... :-)






Fotos de proveniência diversa entre Rita Ramos, Organização e Rogério Machado.