segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Bom teste


Lisboa é uma cidade bonita. Mais bela ainda com as iluminações de Natal a pontificarem na Baixa e com as pessoas na rua, a fazerem pulsar a cidade. Ontem a animação foi ainda maior, com a corrida de S. Silvestre a encher as ruas.

As últimas semanas foram para mim de carregamento de quilómetros. Cheguei aos 120Km, uma cifra já simpática, para os objectivos a que me proponho. Ontem, recordava ainda o fraco desempenho na pista, realizado a semana passada, onde piorei significativamente os registos das repetições de 2.000m, face ao que havia feito quinze dias antes. Queria por isso verificar o estado das coisas e avaliar a minha real condição.

A prova em si, ficou aquém das minhas expectativas. Do que conheço dos organizadores esperava um evento no patamar "Premium", mas nada disso aconteceu. Foi uma prova igual a tantas outras, onde quem saiu mais atrás teve dificuldade em correr e onde nada, do meu ponto de vista, tinha valor acrescentado ao que habitualmente encontramos por aí.

Numa zona de partida algo confusa, demorei 6 segundos, desde o tiro de partida ao arranque. Ao fim de 300m já seguia no meu ritmo, pelo que não tenho grandes razões de queixa nesse aspecto. Passei vários atletas até me encaixar no grupo do Serrano e do Veiga, duas jovens promessas do Triatlo Nacional. Corri com eles perto de 5Km, até que eles acabaram por se atrasar um pouco, pelo que parti em busca do grupo que nos antecedia. Senti-me solto e até com capacidade de disputar um sprint no final.

Terminei na 37ª posição (6º do Escalão V1), com o tempo real de 35'11", algo que me deixou satisfeito. Esta semana é para voltar a encher de quilómetros e ir fazer o trabalho de qualidade à S. Silvestre da Amadora.

Faltam 7 semanas para a Maratona de Sevilha.


segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Olha!!!!... Um Top 10!!!


Cumpridas que estavam seis semanas de preparação para a Maratona de Sevilha, a meia de Lisboa surgia no momento ideal para mais um teste a ritmo competitivo.

Este ano o percurso da prova mudou e a meteorologia prometia uma tempestade, mas nada que nos abalasse, na nossa determinação de dar cumprimento ao planeado. Deixei o carro junto ao Estádio 1º de Maio e, juntamente com o Silva, o Gonçalo e o Barbosa, trotámos os 6Kms que distavam do estádio do INATEL até à partida. Serviu de aquecimento, mas também, para juntar mais uns preciosos quilómetros à agenda semanal.

Um mau posicionamento à partida levou logo a que me visse envolvido no meio de corredores mais lentos, tendo de ziguezaguear constantemente, até conseguir encontrar uma linha que me permitisse entrar no meu ritmo. Fiz os primeiros quilómetros na companhia do Manuel Alves, companheiro de Triatlo que vinha de fazer coisas bonitas na Longa Distância, precisamente três semanas antes, em Clearwater (EUA).

Logo ao terceiro quilómetro tive de efectuar um "pee stop" estratégico em plena 24 de Julho, que me fez perder uns 30" e a companhia do Manuel. Voltei à corrida e fui em busca dele, algo que só consegui na passagem em Alcântara, já na direcção do Oriente. Mantive o ritmo e acabei por ficar sózinho outra vez, passando de quando em vez alguns atletas que me precediam.

Acabei por alcançar o José Capela, que me reconheceu por via da blogosfera. Partilhámos lado a lado os últimos 5Kms do dia, sofrendo nas intermináveis rampas com o vento frontal que então soprava em Lisboa. Acabei por chegar mais fresco ao quilómetro final, o que me permitiu concluir a prova isolado, com o registo de 1h20'11". Só à noite constatei que tinha ficado na 10ª posição da geral e 2ª do meu escalão.

Apesar de um registo longe do meu melhor nesta distância, uma vez pesadas as circunstâncias, acabei por ficar satisfeito com o meu desempenho. Se não vejamos:
  • Passei aos 10Km com um registo de 37'25", nos quais se incluíam 30" da "pee stop", 5Km de vento de frente e uma partida com tráfego;
  • Passei aos 15Km com um registo de 55'39", o que conferia uma média aproximada de 3'40"/Km.
  • Nos últimos 4km a média passou de 3'40" para 4'30"/Km...
  • Ou seja, nos últimos 4 Km perdi 3'20" o que atiraria o tempo para uma marca muito mais interessante.
Em suma, considero ter alcançado um bom registo, atendendo aos condicionalismos da prova e face às 10 semanas que estão em falta...

A foto é do Ricardo Silva. Seguia então com o Manuel Alves, por altura do primeiro quilómetro da prova.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Não foi lá grande coisa!


Ontem foi dia de meia-maratona da Nazaré. Uma das mais emblemáticas provas do nosso calendário nacional, contudo sem os melhores do atletismo que andavam entretidos pelo corta-mato!

O tempo não ajudava ao tempo! A meteorologia caracterizava-se por um vento desagradável, que surgia de frente até ao Km 12, por altura do retorno na localidade de Famalicão - creio. Até lá fui sempre à cola, encaixado num pequeno grupo, mas a sentir dificuldades.

No retorno perdi de imediato o grupo. Descer não é de facto o meu forte, talvez devido à minha passada pesada. Contudo, a cerca de 4Km do fim lá os apanhei de novo, mas nesse espaço acabei por perder 4 posições, terminando assim em 43º lugar, com um modesto registo de 1h21'03", longe dos 1h18' que tinha pespectivado para esta fase.

Esta performance terá sido afectada pelo BTT do dia anterior. Foi um bom motivo! Foi um aperitivo de fim de tarde, de Sintra no seu melhor, com ascensões a alguns dos mais emblemáticos locais e descida pelos singletracks que, cada vez mais inundam a serra.



A preparação para Sevilha vai continuar. O próximo ensaio competitivo será na Maratona de Lisboa, a 06 de Dezembro. Aí espero estar a valer próximo da 1h16'.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

No baú das recordações


Vamos recuar no tempo! Vamos recuar 16 anos, até ao dia 08 de Agosto de 1993, em Shefield, no Reino Unido!

Nesse dia, a já então minha mui estimada cunhada :-D, batia o seu próprio record nacional absoluto dos 200m costas. Até aqui, nada de especial. Ela era uma das melhores nadadores da actualidade, bem posicionada no ranking mundial e presente nos Jogos de Barcelona, que haviam acontecido no ano anterior. Normal que fosse também a recordista nacional.
Mas o que aqui gostava de salientar é o facto de este ainda ser o record nacional na distância. Sem querer, de forma alguma, retirar valor ao feito da Ana, considero que não é bom para a natação nacional que este máximo dure há tanto tempo. Contudo, acho da mais elementar justiça reconhecer o seu talento e o seu trabalho, dando-lhe o privilégio de ser referenciada aqui no blogue :-D, pese embora o facto da moça me azucrinar a paciência. :-D

A referência está feita. Fica o desafio... Quem baterá o record da Ana?

As fotos foram desenterradas do baú de recordações do site da FPN.

Na primeira, a selecção nacional, onde figura também a minha mulher e onde não imagino tenha sido tirada.

Depois a Ana, que pela "carinha de empeno" que apresenta, foi captada no final de uma prova.

Por fim, no esplendor da fase aérea da sua braçada.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Do Tejo a Sevilha

Não que o Tejo passe, ou venha a passar em Sevilha. Mas ontem, na Corrida do Tejo iniciei a minha caminhada para a Maratona de Sevilha.

Depois de uma semana de descanso quase total, a ressacar do triatlo Olímpico do Estoril, fiz-me à estrada com o objectivo de correr os 10Kms entre os 37'30" e os 38'00", sem grandes apertos ou sofrimentos.

Fi-lo, cumprindo o meu objectivo (159º; 38'01"; 3'49"/Km) e desfrutando da envolvência que tanto me encanta, concluindo que tenho mesmo de retomar o treino de maior volume e de ir para a pista "meter" andamentos decentes, que permitam almejar o meu objectivo sevilhano dentro de 16 semanas.

Até lá ficam os relatos e as histórias.


domingo, 18 de outubro de 2009

Saem 7 imperiais para o Dass'ilva

Desta vez voltei à prosa. É que no final da prova, o David Vaz entrevistou-me e assim sendo, durante uns tempos saciei o desejo de estrela da blogosfera... :-D

Falo da Grande Final do Campeonato Nacional de Triatlo. Tinha definido como o meu objectivo para esta competição alcançar um lugar no Top 40. Simultaneamente, aceitei um repto do Dass'ilva, que consistia em nadar no minuto 27, pedalar em 1h03' e correr para 37'. Valia uma imperial cada minuto consumido a mais. Não consegui. Nem um, nem outro. Fui 42º e gastei mais 7' do que as metas estabelecidas. Ou seja, 1,4l de cerveja... lol

A natação continuou nos parâmetros deste ano. Uma navegação de maior acuidade poder-me-ia ter feito melhorar um pouco mais o registo final. Sem melhorar este aspecto dificilmente evoluirei mais. O ciclismo esteve a bom nível. Melhor quando chegaram bons ciclistas vindos de trás. Fiz um bom registo e andei confortável. A corrida, o segmento no qual me considero mais forte (ou menos fraco), foi aquele em que estive significativamente aquém do que posso andar. Sentia-me cansado e desde logo perdi quase todos os meus companheiros de grupo.

Terminei o Campeonato Nacional na 35ª posição, com os pontos conquistados nas 3 provas em que participei: Aveiro, Setúbal e Funchal.

O resto da família esteve também envolvida no Domingo triatlético da Costa do Sol. O Gonçalo e a Helena marcaram presença na prova de estafetas. A Helena, integrada numa equipa de elementos da Federação Portuguesa de Natação onde, pasme-se, fez o ciclismo; e, pasme-se ainda mais, estreando uns pedais de encaixe. O Gonçalo a nadar, na estafeta da Gold Nutrition. Fez o segundo melhor tempo da natação nas estafetas e entregou o testemunho ao Victor Gamito que, ao seu estilo, voou na bike, acabando por saírem vencedores da competição.

Foi um fantástico Domingo para Tribo do Triatlo, no qual quase todos marcaram presença.

Referência final para os restantes membros do CVG, com o Manuel Gonçalves a acompanhar-me na Grande Final e o João Serôdio e o Luis Pimenta (que grande evolução) a marcarem presença na prova aberta.

A Ana Teresa esteve também na Grande Final, mas essa, nós este ano emprestámo-la ao Olímpico de Oeiras... :-D

Quantos aos posts videográficos eles voltarão em breve. Quanto mais não sejam, porque irritam um amigo meu, nascido no século XVII...

A foto é do João Serôdio


domingo, 4 de outubro de 2009

Coimbra


Coimbra é uma bonita cidade. Mais bonita desde que devolveram o Mondego aos cidadãos, criando um espaço muito aprazível, que permite, entre os passeios de família fora dos shoppings, a dedicação a modalidades desportivas aquáticas, ao ciclismo, à corrida, entre muitas mais.

Já ali havia estado por ocasião da minha participação no Campeonato Nacional de Masters de Águas Abertas. Lembram-se?

Assim, fiquei automaticamente cliente do Triatlo de Coimbra. Era uma prova de circuito regional, mas tem potencial para ir bem mais longe. Um plano de água de excelência, muitas e variadas opções para o ciclismo e possibilidades inúmeras para a corrida, sempre enquadrada com o Mondego.

As coisas não me correram por aí além. Não naveguei como devia e fiz uma má primeira transição. Logo, perdi dois bons ciclistas e fiz os 20 Kms do trajecto completamente em contra-relógio, com as pernas algo doridas. A corrida já conheceu melhores dias e por isso não foi um grande factor de diferença.

Numa prova sem uma start list composta, terminei em 26º da geral e 1º do meu escalão (V1). Dentro de 15 dias será a grande final. No Estoril, aí sim com os melhores, o triatlo vai despedir-se de 2009.

Eu irei então começar a minha caminhada para a Maratona de 2010, que será, tudo indica, em Sevilha. Será mais que um objectivo; será um marco para o caminho até Vitória, para o Campeonato da Europa de Triatlo (Distância Longa 4Km, 120Km, 30Km).

A foto é da Helena

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Já vos falei dos Magpies?


Não. Ainda não tinha contado nada acerca destes pássaros, primos dos corvos, que conheci na Austrália. São uns pássaros bem agressivos, comem qualquer coisa que descubram ser comestível, inclusivé as crias de outros pássaros.

Mas a maior curiosidade é a agressividade que colocam na defesa do seu território, quando passamos, inadvertidamente, junto a um dos seus ninhos. Ah, pois é! As aves investem contra os ciclistas cravando o seu bico com violência nos capacetes. O meu lá ficou com um furinho e, do grupo, pelo menos mais três ou quatro foram assediados.

Os australianos sorriram com o facto e têm mesmo um site na net, com localização dos ninhos, para preservar o crâneo da malta.

Olha se os pardais descobrem!!!

domingo, 27 de setembro de 2009

Inesperadamente bom


Ao contrário do que esperava o meu desempenho no Triatlo de Setúbal foi bastante bom. Apesar de não ter encaixado treinos de qualidade nos últimos tempo, consegui nadar dentro do minuto 28. Depois lá iniciei o ciclismo a rolar bem, acima dos 40Km/h passando, durante a primeira volta, alguns atletas que não me acompanharam.

Já me imaginava a fazer de novo 40Km a solo, quando surgiu o André Guimarães, vindo de trás. Sendo ele um bom ciclista havia que conseguir não descolar e acompanhá-lo, colaborando, sempre que possível, na manutenção do andamento.

Assim foi até à chegada do segundo grupo da liderança, que então nos dobrava e com o qual acabámos por andar algo misturados. Eu não largava a roda do André e ele lá ia seguindo, umas vezes na frente, outras mais atrás, mas sempre num ritmo muito vivo, criando-me grandes dificuldades nos relançamentos, após as sucessivas curvas a 90º que compunham o traçado.

Chegado à corrida final paguei bem a factura do ciclismo intenso e do treino reduzido. Padeci de dores abdominais quase durante todo o tempo, o que me condicionou o desempenho no meu melhor segmento, impedindo-me de alcançar um super resultado.

Acabei em 38º, com 2h15'34".

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Back home


Após 24 horas a voar pelos céus do Mundo e mais algumas passadas em escalas aeroportuárias, cá estou de regresso ao "jardim", plantado à beira-mar.

A viagem à Austrália valeu. Gostei imenso, do que pouco que consegui ver, mas do muito que consegui absorver. Para além de ser um país de gente educada e civilizada, com extremo cuidado na preservação do meio ambiente, é um país de gente descontraída, com um "way of life" fantástico. Ah... também são exímios a confeccionar "chocolat mud scones", e sem dúvida terão notado algo de estranho nas vendas após o meu regresso... :-D

Os campeonatos correram bem. Ganhámos uma medalha, graças a um desempenho fabuloso do João Pereira. Contudo, creio que tínhamos potencial para mais. Entre infelicidades e alguns desempenhos mais fracos na natação, hipotecámos a possibilidade de mais conquistas. Fica o registo para a prova cheia de atitude do Bruno Pais e para a lição de humildade da Kate Allen. A Allen é uma quase quarentona, campeã olímpica em Atenas e que corria ali a sua última prova. Não sendo grande nadadora e não estando em grande forma, acabou por ser a última a sair da água. Fez o ciclismo praticamente sózinha, num rolante mas ventoso percurso. Terminou na última posição, a possível para ela naquele momento, mas que humildemente assumiu. Sempre apreciei a postura desta mulher e aqui, ela mostrou a sua verdadeira alma de campeã. Uma boa lição. Obrigado.

Quanto ao resto, tendo ficado alojados num magnífico centro de estágio de desportistas, dispondo de excelentes infra-estrturas, foi-me possível ir mexendo qualquer coisa. Corrida no bosque, no meio de centenas de cangúrus, séries na pista, ciclismo numa pista fechada de 1,6 Km, ciclismo em estrada na montanha mais próxima (Tamborine Mountain) natação... houve para tudo um pouco.

Deu ainda para rever o meu amigo e ex-companheiro de treino, Rui Sousa, que vive agora em Brisbane e que foi um incansável anfitrião. Apreciei ainda o parque velocipédico dos Agegroups. Uma verdadeira montra do que de melhor existe no mundo das bicicletas... Haja dinheiro!

Agora o foco está em mais uma etapa do Campeonato Nacional de Triatlo, já este fim-de-semana em Setúbal. há que conseguir uma prestação suficiente para poder alinhar à partida da grande Final, marcada para o Estoril no mês de Outubro. Apesar de um pouco mais pesado e não muito treinado, creio que terei condições para o conseguir. A ver vamos.

A foto é minha.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Hemisfério Sul - de cabeça para baixo


Runaway Bay, Gold Coast, Austrália

Não queria perder a oportunidade e deixar passar em branco esta visita à Austrália, com a selecção nacional de triatlo. Nada de especial para relatar. Um país civilizado, onde a preservação da natureza é a palavra de ordem. Um povo tranquilo, descontraído, afável que preza a qualidade de vida. Que é enorme, diga-se.

Antes dos afazeres com reuniões e congressos, tenho acompanhado os atletas nos seus períods de treino. Ora numas saídas de bicicleta, ora numa corridas aqui à volta. Já na piscina, não se pode falar bem de acompanhamento. É mais partilha do mesmo espaço.

Estamos alojados no Sports Super Centre, com espaço e infra-estruturas para todas as modalidades desportivas que me consigo lembrar. Singelo, sem luxos, mas de grande qualidade. Os atletas estão no ponto. Veremos o que conseguirão fazer na competição.

Até breve.

A foto foi tirada pelo Bruno Salvador no decurso de um treino de corrida.

sábado, 22 de agosto de 2009

Para a semana meto os papéis



Pois é. Para a semana vou meter os papéis e tornar-me cidadão do Butão. Butanês. Para quem não sabe, o Butão é um pequeno reino dos Himalaias, cravado entre a Índia e a China e tem a minha estima, também, por ter sido o primeiro país do mundo a banir a venda de tabaco.

O objectivo desta decisão é tornar-me recordista nacional daquele país, na distância de maratona, e destronar o amigo Sangay Wangchuk que, com 2h47'55 estabeleceu hoje em Berlim, um novo recorde nacional do país. E com um bocado de sorte, talvez consiga a qualificação olímpica para nadar os 100 livres... É que não encontro qualquer nadador registado no Swimranks...

Brincadeira à parte, poucos saberão o significado de um país fechado, com pouco mais de milhão e meio de habitantes, ter um atleta a correr a este nível.

Uma referência também para a prestação nacional, com os 9º, 10º e 13º lugares de Moreira, Feiteira e Silva.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Sol, praia e... :-D


De férias, o tempo dedicado à prática desportiva tem sido, ao contrário do que seria expectável, bastante reduzido. De qualquer forma, é tempo de deixar o corpo e a alma descansarem um pouco, para enfrentar os novos desafios que hão-de ser delineados.

Para além de uns pequenos trotes, curtos e a ritmo lento, tenho participado no Circuito Algarvio de Águas Abertas. É uma competição composta por diversas provas de natação em mar, disputadas aos fins-de-semana, aqui e ali, em diversas praias do Algarve, nas quais, sempre que possível participo.

Neste Verão participei nas 4 provas já realizadas, na Praia da Rocha, Quarteira, Sra. da Rocha em Lagoa e Ilha de Faro. Quanto a desempenhos, os possíveis, tendo por duas vezes ficado em quarto lugar do meu escalão. O melhor desempenho terá sido em Quarteira. Por outro lado, a água geladíssima de Lagoa fazia-me sonhar com o chegar à praia o quanto antes.

A Helena, para não variar, anda sempre lá na frente, misturada com os miúdos e é virtualmente a vencedora do circuito no seu escalão, mesmo não vindo a nadar mais qualquer prova. Mas a grande novidade do Verão é o facto de o Gonçalo já chegar à frente da mãe. A Beatriz também fez a sua estreia na competição, numa prova paralela em Lagoa, desenhada num formato mais curto. Ainda bem, pois assim, foi menos uma a chegar à minha frente.

Esta semana prevejo retomar o ciclismo e a corrida com mais afinco. Vamos ver se o despertador funciona... Tem estado avariado!




Nas fotos com o Luis Pimenta, meu parceiro de Triatlo no CVG, durante a prova da Praia da Rocha e na outra, após a prova da Ilha Faro.

Boas férias!

domingo, 19 de julho de 2009

Piorolitos na Ria


O fim-de-semana passado foi de Triatlo em Pedrógão Grande, terra de que tanto gosto. Este foi também de triatlo. Mas o destino foi Aveiro, para a disputa do Campeonato Nacional Absoluto e Campeonato Nacional de Equipas.

No Sábado disputava-se uma das 3 etapas do campeonato Nacional de Equipas que permite o acesso há grande finalíssima do Estoril. Para isso há que obter os pontos suficientes, em duas dessas etapas, para integrar o Top 80 do ranking da competição. Só os melhores 80 terão vaga no Estoril.

A natação foi bem agressiva. Tive mesmo de nadar com os cotovelos afastados, bater pernas com força e espetar umas pernadas de bruços para marcar o meu território. Mesmo assim, ainda levei uma murraça nos óculos, mas sem consequências.

O ciclismo foi marcado pelo vento. Fiz os quarenta quilómetros a solo e só perdi uma posição. Ainda por cima com alguém que aproveitou a roda dos primeiros... o que é ilegal, mas pronto... De qualquer forma só lamento que ninguém tenha colaborado, pois podíamos ter andado mais depressa. O esforço bruto do ciclismo a solo foi transposto para a primeira volta de corrida. Mesmo assim, entrei no ritmo e consegui ganhar algumas posições. No final, uma 42ª posição. Fica a faltar algo semelhante na última etapa... em Setúbal.

No Domingo, Campeonato Nacional de Equipas, no formato de estafetas. Cada um dos elementos cumpria um percurso na distância super-sprint (400m a nadar, 8Km de bicicleta e 2Km a correr). A coisa é de grande intensidade, sempre prego a fundo, acidose total. Custa mais que um olímpico. A equipa foi formada pelo Salvador, por mim e pelo Manuel Gonçalves. Não tem história... é prego a fundo. Fizémos 18º lugar entre 44 equipas.

Por fim o registo para a equipa do CN CVG. Depois de duas épocas como individual é-me muito agradável estar integrado numa equipa, especialmente considerando a qualidade humana das pessoas que a compõe. Bem-hajam.

Agora... é tempo de férias e de travessias de mar, no circuito algarvio. :-D

foto do Paulo Gonçalves

quinta-feira, 25 de junho de 2009

A desconcertante especificidade do treino desportivo

O regresso a uma das minhas actividades de eleição, num dos meus cenários preferidos e o triatlo de Abrantes, marcaram os últimos fins-de-semana.
O BTT na Serra da Estrela, com participação num evento denominado Geo-Raid, com o meu amigo Pedro Amaral, em dias abrasadores contrastaram com a chuva e trovoada do triatlo em Abrantes.

O Geo-raid é uma competição disputada por equipas de dois elementos, que têm de cumprir um percurso, previamente carregado num gps. A dureza dos traçados é outra das imagens de marca da competição. Apesar de nem uma única vez, durante as quase 12horas que estive em actividade ter ultrapassado o meu Marathon Pace, a parte muscular foi incapaz de dar resposta à boa condição central. É aquilo que denonimo "a desconcertante especificidade do treino desportivo". A foto ilustra o espírito de equipa. O Pedro Amaral empurra-me na derradeira subida do dia, para ganharmos mais uns segundos preciosos! As pernas iam vazias!

Já em Abrantes, optei por nadar mais largo, para fugir à confusão. Fiz uma péssima transição, pois não conseguia despir uma das pernas do fato. Ciclismo, a pagar os quilómetros inabituais dessa semana e uma corrida a bastante bom nível.

A equipa a entrar na primeira metade da tabela, sendo a 14ª de 28 em competição. Em suma... positivo!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Águas Abertas - Campeonato Nacional de Masters




O rio Mondego enquadrado pela bonita cidade de Coimbra, foi o palco do II Campeonato Nacional de Masters de Águas Abertas.

As margens do Mondego estão recuperadas com bastante qualidade, o que permite um convívio próximo com o rio. Destaque para a prática de actividades aquáticas, nas quais o remo marca já uma posição dominante.


Confesso que ia algo receoso para esta competição. Não pela distância, de 2,5Km, nem pelo facto de ter competido no Triatlo de Oeiras no dia anterior, mas antes pela possibilidade de o frio me impedir de concluir, como no ano passado me aconteceu em Faro. Mas nada disso. A temperatura era confortável e o espelho de água parecia uma piscina. Ter melhores condições seria impossível.

Uma vez que não aqueci, optei por iniciar a prova suavemente. Estranhei não ter sido de imediato relegado para o último lugar do pelotão e consegui encontrar um ritmo confortável, na proximidade de outros dois nadadores. Esta situação acabou por ser bem mais simpática do que andar isolado o tempo todo.

A prova não teve grande história. Só a meio da segunda volta senti alguma quebra. Os minutos entretanto passados na água começavam a fazer-me sentir algum frio e o aperto dos óculos e da touca tornavam-se desconfortáveis. Contudo, imaginar a meta já perto e manter-me na proximidade de mais nadadores dava-me ânimo.

Terminei (com cara de empenado e com os vincos dos óculos bem marcados na face) deixando 11 nadadores atrás de mim (o meu objectivo era não terminar em último) com o tempo de 54'36" (aqui não consegui o outro objectivo, que consistia num tempo sub-50'00") e 3º classificado no escalão D (Sim. A piada do "eram só três" aplica-se perfeitamente...)!!!.



A minha mulher ganhou. Venceu não só o escalão, como os absolutos femininos. Uma máquina. O outro nadador do CVG presente, o Rui Vaz, fez 3º da geral, vencendo também o seu escalão. Por equipas, o CVG acabou por alcançar a terceira posição da geral, graças ao desempenho de dois nadadores e de um náufrago (eu) que, com a classificação no escalão, contribuí com os pontos suficientes para aquele resultado.

O próximo desafio desportivo é em BTT. Será o Geo-raid, na serra da Estrela dentro de dias.

Fotos de Gonçalo Carmo e http://www.aqualoja.net

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Triatlo de Oeiras


A imagem elucida bem o quanto me apetecia cruzar a meta. Não tenho um grande historial de bons desempenhos em Oeiras, pois trata-se de uma prova à medida de bons nadadores. Quem sai bem da água cola nos pelotões grandes e, tratando-se de um percurso bastante rolante, não há recursos para chegar muito mais à frente.

Mesmo assim acho que tive um desempenho dentro do meu nível actual. Uma natação muito física, num mar chocalhado e com corrente, a cair dentro do minuto 15'.
No ciclismo, a fazer as despesas do grupo, quase em exclusivo, mas mesmo assim, a ir buscar gente e a recuperar mais de um minuto para o grande grupo que nos antecedia. Uma corrida final, a recuperar muitas posições mas sem condições para disputar um sprint a quatro com os últimos atletas que havia alcançado.

Outra nota de relevo para a equipa do CNCVG a melhorar o seu posicionamento na tabela classificativa e, sobretudo, a viver um fantástico espírito de camaradagem, algo que muito valorizamos e que faz desta uma modalidade ímpar.

Amanhã é dia de ir a Coimbra, para o Campeonato Nacional de Masters de Águas Abertas. Espero que desta consiga não enregelar no Mondego...

domingo, 7 de junho de 2009

Primeiro triatlo da época


Este Sábado foi marcado pelo regresso ao Triatlo. Peniche, cidade berço da modalidade, foi o cenário, com a disputa do Campeonato Nacional Agegroups no programa.

Outro aspecto marcante foi a estreia com o equipamento do Clube de Natação do Colégio Vasco da Gama, equipa que me acolheu no ano passado para treinar natação e que integro na presente época desportiva.

A natação não trouxe grandes novidades. Algum contacto físico na partida e na primeira bóia, mas nada de especial. Um ligeiríssimo erro de navegação impediu um melhor registo final, que andou dentro do minuto 13 (13'51"; 104º). Ao meu nível, portanto.

À saída da água, ao ouvir o
speaker identificar o Carlos Cabrita, logo atrás de mim, pensei de imediato em fazer uma boa transição, pois assim teria um parceiro de eleição para o ciclismo (37'26"; 35º). E assim foi! Em estreita colaboração, fomos passando vários grupos até alcançarmos um, mais numeroso, mas onde ninguém quis colaborar.

Na aproximação à transição cometi um ligeiro erro ao descalçar um sapato, mas nada que me impedisse de seguir bem colocado. Contudo, o ciclismo veloz já tinha feito os seus estragos e corri as duas primeiras voltas do segmento de corrida (18'04"; 31º), com uma dor intensa no diafragma, que impediu um melhor registo. Em suma, podia ter tirado cerca de um minuto ao tempo final (1h09'23"; 46º).

Já na classificação no escalão, não fui além do 9º lugar em 30 atletas. Não me deixou particularmente feliz, mas estavam por lá os melhores, o que significa que o escalonamento de valores é mesmo aquele. Em suma... há que tentar entra no minuto 12' na natação!

Entretanto, já hoje pedalei 80Kms...

Na foto, com o José Guilherme Oliveira

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Balanço


Na hora do balanço final, para além dos números, importará perceber o que me impediu concretizar o objectivo a que me propûs em Hamburgo.

A minha preparação para a Maratona de Hamburgo estendeu-se por 24 semanas. Isto porque, inicialmente, o meu objectivo era a Maratona de Sevilha, que acontecia dois meses antes. Só mais tarde, perante o cenário que então se verificou, foi possível alargar o horizonte temporal e colocar a meta em Hamburgo. Corri nesse período 2076Km. A semana de maior volume teve 130Km, enquanto a mais reduzida, apenas 41Km. Foram 102km e 6h50 de corrida de média semanal.

Do meu ponto de vista, encontrava-me com preparação suficiente para ter alcançado as 2h36' sobre a meta. Julgo que o problema essencial residiu na sinusite que me atacou uns dias antes, bem como na viagem, poucas horas antes de competir. Não sendo o quadro ideal, foi o possível, e só mesmo nestas condições pude viajar até Hamburgo.


Entretanto, curadas as mágoas, é hora de traçar novos objectivos para o que aí vem. Para já, o triatlo vai ser a prioridade, já com Peniche, Oeiras, Pedrógão Grande e Aveiro no horizonte.

No longo prazo há ainda um desafio sobre a mesa: um Ironman. Mas não se trata de, simplesmente, competir na distância. O desafio consiste em competir com o Bruno Salvador e ver qual de nós alcança a meta em primeiro lugar. A contenda acontecerá em 2011, numa prova a ser escolhida, algures na nossa velha Europa!

Vou competir com alguém que estará desde logo em vantagem: mesmo sem treinar, nada muito melhor do que eu; não lhe é conhecida família próxima (oficial ou oficiosa), à qual tenha que dar algum tipo de suporte; é mais novo onze anos e o treino desportivo é o seu modo de vida. Contra ele mesmo, só aquele maldito disco vertebral, com vontade própria, que insiste em tentar saltar cá para fora...
O desafio está feito! :-D

domingo, 26 de abril de 2009

"Empenado"... O meu novo nome do meio!


Afinal os alemães também têm um Hammer Man...

Estava bastante confiante para uma boa marca. Contudo, desportivamente, as coisas correram bastante mal em Hamburgo. Saí na box C e ao fim de 200m já tinha colado no Sérgio e no grupo das mulheres e das suas lebres. Segui encaixado no grupo até ao Km3, momento em que o meu ritmo de marathon pace começava a resvalar para valores desadequados e resolvi abrandar um pouco.

Passava aos 10Km em 36'36", perfeitamente dentro do tempo definido. Contudo, sentia algum desconforto muscular. As coisas não iam soltas e fáceis. Senti os primeiros arrepios no couro cabeludo.. - Não pode ser! - pensei. Mas era. E de tal maneira era que o pensamento de entrar no metro e regressar ao hotel ganhava forma. Contudo, se isso nunca tinha até acontecido hoje, não iria ser hoje a acontecer. Lá continuei, apesar dos registos piorarem quase quilómetro a quilómetro, execepção feita ao momento que fui alcançado por uma deusa, super aerodinâmica e digna do melhor design alemão, despoletando a réstia de ânimo que havia dentro de mim, e fazendo-me manter no grupo durante mais algum tempo (sim! A minha mulher é leitora do blogue... E então?)

Estava cheio de sal no corpo e as pernas não trabalhavam. Sinais evidentes de desidratação, que impediam o adequado funcionamento muscular. Nunca numa prova de atletismo fui passado por tanta gente. Inclui-se um gajo com uma marreca e um puto que mandava os pés para a doca...Lastimável...

Os objectivos durante a prova foram sofrendo sucessivas alterações. Assim, à meia já pensava em tentar baixar das 2h45'. Poucos quilómetros depois revia o objectivo para as 2h50' e minutos após, a coisa já ia mesmo em tentar um tempo sub-3h00. Em suma: um dia mau!

Quanto a Hamburgo. Se já gostava muito, ainda mais fiquei a gostar. O público é muito, ruidoso e participativo. Gente que sabe àquilo a que assiste e qual a melhor forma de incentivar os atletas. O desporto é um bem universal e muito precioso para as gentes daquela cidade. A cidade é muito verde, com belos edifícios e bastantes parques. A rede do metropolitano perfeita e de borla para os atletas. A organização excelente. Só peca por fornecer água em copos. Quanto a isso, prometi a mim mesmo que, brevemente, irei testar soluções para conseguir beber de um copo enquanto corro...


Por fim, os agradecimentos. Ao Sérgio, por se envolver no planeamento do treino para este numeroso grupo de malta e por o fazer de forma tão profissional. A todos os corredores, os que estiveram presentes, mas também aos ausentes, por serem quem faz com que isto tudo tenha sentido e por serem excelentes companheiros de treino. Ao Mário por ter disponibilizado a boleia na sua máquina fantástica e ao Manel por ser o melhor chefe de cabine do Mundo, ainda por cima especializado em maratonistas empenados. :-D


A próxima será... Eu gostava de ir ao Dubai... :-D

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Quase de partida


Amanhã à tarde voarei até Hamburgo. Vai ser uma rapidinha pois, aconteça o que acontecer, pelas 13h30' de Domingo terei de estar de banho tomado e mochila às costas no lobby do hotel. Nem 24 horas...

Vou retornar a Hamburgo, uma interessante cidade que me surpreendeu em 2007, quando ali me desloquei no âmbito do Campeonato do Mundo de Triatlo, de tão boa memória para a Vanessa Fernandes, que então esmagou a concorrência. É uma cidade que respira desporto e que mescla zonas históricas com uma parte tipo Parque das Nações, com imensos canais e pontes que os cruzam.

A prova é "IAAF Gold Race" o que deixa antever grande qualidade. Se a fizeram tão bem como então fizeram o Campeonato do Mundo de Triatlo então, seguramente, terei motivos de sair de Hamburgo satisfeito. A ver vamos.

Resta-me conseguir carregar bem os reservatórios de glicogénio e esperar que a indisposição de ontem tenha sido totalmente debelada. Ou estou mesmo a ficar velho, ou ando em overtraining e pareço uma flôr de estufa...

domingo, 19 de abril de 2009

Falta uma semana




Estou a uma semana da maratona de Hamburgo. O trabalho que havia a fazer está feito. Foi o possível, com alguns contratempos pelo meio, mas permitiu-me cumprir um bom volume e andar nas intensidades que pretendo.

Hoje fiz o último treino longo, se é que se pode chamar longo, a um treino de 1h15, aproximadamente. Foi na Corrida do Metro, de 15Km, que liga Sete Rios ao Rossio. Deixei o carro no local de chegada e fiz um aquecimento a trote até à partida, de cerca de 5 km.

O nosso objectivo consistia em cumprir 10Km, a ritmos próximos de Marathon Pace, em três patamares crescentes de velocidade. Os últimos 5Kms foram apenas a rolar e a tentar não estragar as pernas na descida do Saldanha para o Rossio. Sempre na companhia do Sérgio Santos, do Mário e do Eurico lá concretizei o planeado. Foi fácil, ainda que com algum cansaço muscular, derivado ao pouco descanso entre o treino de ontem e o de hoje. No final, 83º, a 3'45".

Vamos ver o que me reserva Hamburgo. Irei tentar um andamento de 3'40"/Km. Talvez algo ambicioso, é verdade. Mas sem ambição não vamos a lado nenhum.

Quanto à corrida... interessante! Pena o troço na segunda circular. De resto ficam os brindes e as avenidas lisboetas na retina.

Foto: http://www.ammamagazine.com/

sábado, 11 de abril de 2009

Já tinha saudades de um recorde pessoal...


Desde Fevereiro de 2008, então nos 20Km de Cascais, que não conseguia melhorar nenhum dos meus tempos, em provas de atletismo standard. Foi hoje, e logo por mais de 1'...

Hoje estabeleci uma nova melhor marca nos 10Km, com 34'36", no Grande Prémio de Constância. Saindo um pouco do ritmo de treino que estava prescrito (Zona 4 em vez de Marathon Pace), lá fui, a um ritmo muito homogéneo com a maioria dos quilómetros corridos entre 3'28" e 3'27". Tecnicamente talvez tenha sido uma opção desajustada mas, sentia-me bem e necessitava de saber quanto. Afinal, estas coisas também incrementam os níveis de confiança.

O percurso, de ida e retorno, praticamente plano, cheio de arvoredo, por uma belíssima estrada que bordeja o Zêzere, rio que desagua no Tejo, juntinho a Constância. Algum vento prejudicou o percurso de ida, nos primeiros 5 quilómetros, pois impediu-me de chegar ao grupo que seguia cerca de 50m à minha frente. Podia ter corrido bem mais confortável se lá tivesse encaixado. No retorno, consegui ganhar umas quantas posições para terminar em 21º da geral e 4º do escalão (isto de ficar à porta do pódio começa a ser uma triste sina).

Quanto a Constância, é uma vila lindíssima, repleta de ruelas com o casario muito bem cuidado. No encontro do Zêzere com o Tejo nasceu a antiga Punhete, terra cuja história está intimamente ligada aos rios e às actividades que eles proporcionavam: o transporte fluvial, a construção e a reparação naval, a travessia e a pesca.

D. Sebastião elevou-a a vila e criou o Concelho, em 1571, reconhecendo o desenvolvimento que já então alcançara. D. Maria II, em 1836, mudou-lhe o nome para Constância, em atenção à constância que os seus habitantes demonstraram no apoio à causa liberal, e pelo facto de abominar o nome
em causa. Com tantos filhos ela não seria mulher dessas coisas... :-D

a foto de Constância é da autoria de Carla Pinto

domingo, 22 de março de 2009

Meia de Lisboa


A meteorologia nacional previa uma catástrofe. Ventos ciclónicos e chuva torrencial. Afinal, nada disso aconteceu (aliás, como quase sempre acontece). A manhã fria, com algum nevoeiro e humidade, mas nada mais que isso.

Acordei com pouca vontade, pois no Sábado estive bastante indisposto. Mas a coisa estava planeada e tudo combinado, ainda por cima com dorsal VIP o que permitia a viagem para o tabuleiro de autocarro e o acesso a uma tenda com umas sandochas e bebidas frescas no final. Mordomias que sabem sempre bem... o mal é habituarmo-nos a elas.

Tinha como estratégia fazer a prova com o Mário Chaves, o meu potencial parceiro em Hamburgo. Contudo a partida foi demasiado rápida, pois saí da primeira fila da ponte. O primeiro quilómero em 3'22", o Mário a achar, e bem, que íamos demasiado rápido e eu a querer aproveitar um pequeno grupo, logo à minha frente. Na altura da decisão de me atrasar um pouco para esperar pelo Mário ou seguir com o grupo, optei pela segunda solução.
O ritmo era vivo e o grupo protegia-me do vento. À passagem do Km7 houve um ataque e eu fiquei. O ritmo era ainda mais forte e superior à minha capacidade. Passava aos 10Km em 35'33", melhor que o meu recorde pessoal na distância, mas começava a sentir-me algo vazio.

Estava sozinho e o meu ritmo ia descendo, ainda que de forma muito ténue. No retorno, a cerca de 4Km do fim, percebi que o Salvador vinha muito perto. Acabaria por me alcançar 2Km mais tarde e daí até ao fim colou-se bem coladinho, para voar para um novo recorde pessoal, pulverizado por mais de 3'. Fez uma grande prova; está de parabéns!

A restante malta mostrou que os quilómetros do Sérgio estão a fazer efeito. Boas marcas para o nível competitivo em questão. Eu fiz 80ª posição, com 1h16'43", a 3'38"/Km.

Pessoalmente, fiquei convicto que, se mantiver o nível de treino das duas últimas semanas, terei um bom desempenho em Hamburgo.

As fotos foram tiradas pelo Ricardo Silva. O atleta/fotógrafo que ilustra as provas pelo lado de dentro.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Equinócio!



É hoje e com ele se assinala a chegada da prima Vera! A moçoila para além de tornar os campos mais bonitos, este ano antecipou-se. Vai daí as alergias também. Mas entre fungadelas e espirros parece que as coisas, de vez, entraram na linha.

Nas duas semanas que terminaram treinei bastante bem, com 123Km numa e 130Km noutra. Para além disso, o trabalho intervalado correu também bastante bem, com 10 X 400m na casa de 1'15", conforme o prescrito.

Domingo estarei presente na Meia de Lisboa, que constituirá um importante teste com vista ao ritmo possível em Hamburgo, ainda que estejamos a 5 semanas do evento. Parece que o tempo não ajudará a grandes marcas, mas irei andar tão rápido quanto o que consiga.

Já vão batendo umas saudades de subir para cima da bike e retomar o triatlo. Mas isso está prometido para o mês de Maio... Está prometido para o Triatlo de Setúbal...