terça-feira, 23 de julho de 2019

Epic ride #4

Este fim-de-semana foi dedicado a mais uma Epic Ride, forma carinhosa como chamamos a um treino de ciclismo com mais de 200Km. Desde o início da operação Wales 2019, foi já a quarta vez em que a cifra dos 200Km foi ultrapassada:

  • Tróia - Sagres (202 Km)
  • Terrugem - Ervedal (212 Km)
  • Estremoz - Portalegre - Estremoz (212 Km)
  • Reguengos - Barrancos - Reguengos (202Km), desta vez a solo


Splash! Partida para os 200 Estilos
Aproveitando a participação no Open de natação Master, em Reguengos, guardei o Domingo para um treino rijo de ciclismo. Longo e com algumas tarefas de intensidade pelo meio, que o calor, vento e solidão tornaram ainda mais exigente.

Nos dois dia anteriores ao Epic Ride nadei 6 provas de natação: 800L, 400L, 200L, 200E, 200B e 100B. Todas próximas dos meus registos habituais, contudo sem lograr melhorar qualquer dos meus recordes naquelas distâncias.

Para fugir ao calor alentejano, iniciei o treino cerca das 6h30 da manhã. Estradas alentejanas em bom estado na maior parte dos casos, com o seu ondulado característico. Reguengos, Amieira e Alqueva onde passei sobre o paredão da barragem. Cheguei a Moura. Confesso que a dimensão da terra me surpreendeu e fiquei com vontade de a conhecer melhor. Fica para uma próxima oportunidade, seguramente.



Feito! Pese embora o percurso de Costas não ter sido grande coisa.
O objectivo desta vez era outro. Pias e Vila Verde de Ficalho de seguida, onde parei para o meu primeiro reabastecimento do dia, ao Km 86, paredes meias com Espanha. Depois cerca de 22Km até Safara, pela excelente N385, altura onde encontrei uma placa com a indicação "Barrancos - 26Km.

Foram 26Km de isolamento total. Passei uma motoreta a descer que me devolveu a ultrapassagem já a subir para Barrancos, presenteando-me com uma agradável nuvem de fumo de escape. Foi o único humano avistado durante aquele troço. De resto, apenas aves de rapina de porte considerável e momentos de instropecção: o que levará alguém a andar mais de 6 horas a pedalar sozinho pelo infindável Alentejo?

Monsaraz: se nunca lá foram, vão!
Barrancos faz jus ao nome. Mais parece terreno da Beira, do que do alentejano. Fica ali, encastrada num pedaço de terra que entra pelo território espanhol adentro... Pelo que li, teve, outrora, grande importância estratégica.

Barrancos era das poucas áreas do território nacional em que nunca havia estado, pelo que cumpri o meu desejo. Realizei lá o segundo reabastecimento do dia, com 133Km.

O resto do caminho teve pouco de interessante. Apenas o reencontro com o Alqueva e com a localidade de Mourão - onde efectuei o último reabastecimento, e passagem no sopé de Monsaraz - uma localidade imperdível. O vento e o calor, associado a uma humidade estranha, subiam de intensidade mas a coisa estava prestes a terminar.

As sensações foram excelentes e foi colocado mais um tijolo no edifício Wales 2019. 


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