sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Época 2021

A estranheza dos tempos que o ano de 2020 nos trouxe repercutiu-se também na época 2021. Ainda assim de forma menos impactante do que no passado recente, o que nos permitiu voltar a competir, mais e com menos limitações.

A escassos metros da meta - IM Tallinn

Para 2021 perspetivava voltar a competir na minha distância de eleição: o Ironman. Após algum estudo sobre a diversas possibilidades, a opção recaiu sobre a prova de Tallinn na Estónia, tendo como pressuposto a certeza de que, caso viesse a conseguir uma slot para o Hawaii a iria declinar. Mas nem só de slots vive o Ironman. Tallinn parecia-me o local ideal para conseguir uma boa marca, já que era completamente plano, e apontava para ali poder descer das 10h.

Triatlo de Oeiras

Na minha preparação fiquei aquém do volume de treino que habitualmente registo. As saídas mais longas de bicicleta estavam comprometidas e as horas de piscina condicionadas. As provas que entretanto fui fazendo foram o espelho disso mesmo, não conseguindo os desempenhos que pretendia. Isso aconteceu em Oeiras, em Caminha e também no Fundão, apesar de aí ter alcançado o segundo lugar do pódio no meu Agegroup.

Finalmente chegava o dia de Tallinn. Um dia de tempestade na Estónia. O único dia de mau tempo nos dez em que estive por lá. Resiliente, mas desfocado da prova, era esse o meu estado de espírito. Não é normal começar a pensar nas férias que se seguiriam quando estou a virar a primeira boia...

A natação foi miserável, o ciclismo foi o possível debaixo de um temporal imenso e a corrida foi feita com duas pernas de pau, a partir dos 10Km. Foi para cumprir. No final estava feito e eu estava satisfeito por completar pela sétima vez a distância mítica!

Era então tempo de fazer uma paragem. De aliviar o corpo da carga e a mente do planeamento. Foram 3 semanas de quase nada, no que ao treino diz respeito. 

Mas, ainda havia Setúbal, a prova em que sou totalista, que havia sido reagendada para Outubro e que não queria de todo perder. Pelo caminho, de forma circunstancial, ainda competi no CN de Triatlo em contra-relógio. Apesar de, uma vez mais, ter feito uma natação miserável, consegui o terceiro lugar do pódio. Menos mal...


Half de Caminha

Finalmente chegava Setúbal. E, uma vez mais, a presença do mau tempo, que foi constante nas 6 provas da época. Enfim... Siga, que pior que Tallinn não haveria de ser... :-D

Depois de uma natação relativamente bem conseguida (sempre com relatividade àquilo que é o meu desempenho), um ciclismo em que procurei andar rápido, mas com preocupações acrescidas na segurança, uma vez que tinha um condicionalismo mecânico na bicicleta, que causava vibrações na mesma durante as travagens mais fortes a que certas curvas da Arrábida obrigam. 

- Finalmente!!!!... - A sair da água em Pinhel.

Na corrida final as sensações foram excelentes. Terei mesmo feito uma das minhas melhores corridas dos últimos tempos, com bastante consistência e a ganhar tempo para o António Calafate, aquele adversário que é quase imbatível. 

Cruzei a meta registando o meu melhor tempo de sempre nas cinco participações no Setúbal Triathlon, sem contudo saber a classificação que tinha obtido, mas pensando ter ficado em segundo lugar.

Só minutos mais tarde, quando, com o Calafate, consultávamos a classificação no telemóvel percebi que havia sido mais rápido do que ele... Uns escassos 9", mas o suficiente, não voltasse a haver alguém desconhecido que tivesse ficado à nossa frente.


Setúbal Triathlon - Curva do Choco Frito...

Mas tal não aconteceu e acabei mesmo por obter o primeiro lugar do Agegroup [50-54], algo que me deixou enormemente satisfeito. Primeiro, por ter sido na prova em que foi - Setúbal Triathlon; depois por estarem presentes a maioria dos bons atletas do Agegroup; e ainda, por ter sido a minha última prova no mesmo, pois em 2022 estarei entre os [55-59]...


Chegada à Praça do Giraldo - 1/2 Maratona de Évora

Já em modo de treino para 2022, competi na Meia maratona de Évora. Correr esta distância numa prova de atletismo era algo que não acontecia há 7 anos. Num dia duro, marcado pelo vento e pelo frio concluí em 27º da geral, sendo o primeiro entre os [50-54], algo que nunca antes havia conseguido. Satisfeito, portanto!  

Resumo da época:

ProvaTempo finalGeralAgegroup [50-54]
Triatlo de Oeiras01:09:017915
Half de Caminha04:50:2513710
Triatlo do Fundão01:18:07542
Ironman Tallinn10:46:2127217
Pinhel Multisport02:37:00223
Setúbal Triathlon04:52:00301

A época 2022 já se encontra em preparação, tendo o Ironman Thun, na Suíça, como grande objectivo.

domingo, 12 de dezembro de 2021

Tróia-Sagres

Cumpri ontem a minha 18ª edição. Num dia solarengo e quente para a época. Penso que terá sido a primeira vez que a dispensei as luvas, em pleno mês de Dezembro.

Continuo a pensar que o Tróia-Sagres dá um interessante estudo de caso na área da Sociologia.

O percurso foi cumprido num grupetto homogéneo. Apenas estiquei o andamento entre S. Teotónio e o Rogil. No fim, média de 33,3Km/h, e o primeiro Epic Ride cumprido no caminho para o IM 2022.


2021 - 6h03

2020 - 6h41

2019 - 6h00

2018 - 6h56

2017 - 6h39

2016 - 6h08

2015 - 5h45

2013 - 6h17

2012 - 6h49

2010 - 6h30

2004 - 5h45

2003 - 6h11

2002 - 6h17

2001 - 6h42

2000 - 6h23

1999 - 7h20

1998 - 6h32

1997 - 6h38