Na Ali'i Drive com cerca de 10Km de corrida |
Em Setembro de 2018, no País de Gales, obtive a qualificação para o Ironman Hawaii e, assim, tive o privilégio de rumar à Big Island do Hawaii onde estive na semana que antecedeu a prova.
O ambiente que ali se vive nessa semana é indescritível. Só mesmo partilhando a comunhão de interesses que ali está instalada, para sentir toda aquela vibração, num local fortemente marcado por uma cultura muito diferente da maioria das que conhecemos. Só vos posso dizer: adorei e quero voltar!
Não sou de stressar nos momentos importantes. Mas, confesso que fiquei fortemente irritado quando acordei com um torcícolo na manhã da prova. Já não basta ser fraco nadador, como a prova ser sem fato e, mais ainda, uma coisa daquelas.
Celebrando com os amigos |
O desconforto também imperava no ciclismo. Nem conseguia rodar o pescoço para olhar quando fazia ultrapassagens, mas a coisa - os 180 Km, lá se fez em cerca de 5h16', com média de 34 Km/h, mas sempre a pensar na corrida final.
O último segmento não é de todo fácil. Especialmente na zona do Energy Lab, perto do Km 30,com aquela ligeira mas longa subida. Apesar disso, consegui uma boa estratégia de arrefecimento corporal e assim correr de forma bastante consistente, finalmente sem incómodo.
Acabei por fazer em Kona o meu melhor tempo na distância Ironman 10h27'24". Portanto, e tratando-se da prova que é, será talvez um pouco estúpido da minha parte ficar com um pequeno amargo de boca, mas a verdade é que tinha colocado a minha fasquia um nadinha mais alta.
O nível da competição é altíssimo. Tanto ao nível desportivo, como ao nível das bicicletas em prova, como do acompanhamento técnico dos atletas. Estiveram presentes nomes sonantes do desporto mundial como os ex-ciclistas Laurent Jalabert (da minha idade, campeão do mundo de contra-relógio e vencedor da Vuelta) ou Alexander Vinokourov (campeão olímpico); um ex-campeão mundial de Body Board (brasileiro do qual não retive o nome). Até mesmo o sangue azul marcou presença e com excelente prestação: https://www.facebook.com/nasser13hamad13/ que é só o dono da Bahrein Merida.
Diz também quem disto sabe, que esta foi a edição mais bafejada pela generosidade da meteorologia em 40 anos de Ironman. Talvez por isso, a taxa de abandonos foi a mais baixa de sempre.
Os americanos têm jeito para vender produtos sob a forma de sonhos.
2 comentários:
Só de ler este teu relato fico com água na boca e, confesso, alguma inveja. :)
Muitos parabéns Fernando!
Abraço!
Muitos parabéns Fernando! Um forte abraço e que o teu desejo de voltar se realize
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