![]() |
Passagem no Saldanha - S.S. de Lisboa |
A S. Silvestre da Amadora conheceu a sua 38ª edição no passado dia 31. A de Lisboa é uma corrida jovem, com apenas 5 anos de existência. Logo aí, as diferenças são significativas e a comparação arriscada.
O cenário
Neste capítulo não há comparações. A beleza monumental da Baixa Pombalina de um lado, os arruamentos de uma cidade de subúrbio, por outro. Com as iluminações de Natal, mesmo mais pobres este ano, Lisboa fica a ganhar. A imagem de milhares de atletas a preencher a Avenida da Liberdade é avassaladora.
O percurso
Lisboa apresenta um percurso mais plano (145m de desnível positivo acumulado, contra os 239m da prova da Amadora. O circuito é também mais recto, o que torna a prova mais rápida. O piso degradado na R. do Arsenal é um aspecto a melhorar na prova lisboeta. Vale que não serão mais de 300m nestas condições.
Na Amadora, as dificuldades de um desnível acumulado superior, são acrescidas pelo sobe e desce constante e pelo percurso muito sinuoso. É um traçado bem exigente repleto de público entusiástico.
A organização
Neste capítulo a São Silvestre de Lisboa não dá hipótese. Desde o site, passando pela organização da zona de partida, comunicação, qualidade da T-Shirt técnica oferecida, a prova lisboeta é muito superior.
Na Amadora reina alguma desorganização na zona de partida. Assistimos a diversos atletas entrando pela parte da frente da linha de partida, não respeitando aqueles que já aguardavam, no seu lugar, há muito tempo. Se nos Elites é mesmo assim, choca-me ver indivíduos jurássicos, com cerca de 250 anos de idade, a acotovelar os restantes para sair na frente da corrida, para assim terem mais possibilidades de ganhar o prémio monetário destinado ao seu escalão etário, com a complacência da Organização.
![]() |
A cortar a linha de chegada na S.S. da Amadora |
Aqui fala mais alto a idade da prova. Amadora, sem dúvida, que há muito se habituou a ver os melhores do atletismo nacional a correr à porta de casa. Conta ainda o facto da corrida se disputar numa zona residencial, ao invés da despovoada Baixa Pombalina. E mesmo com muita chuva, muitos são os que não se fazem rogados e saem à rua para apoiar os atletas que passam.
No meio dos incentivos nota também para alguns piropos, de mau gosto, próprios de gente pouco educada e com nenhuma formação desportiva. Infelizmente, com os governantes bacocos que vamos tendo e com as políticas educativas que implementam, julgo que não melhoraremos neste aspecto nas próximas décadas.
Em suma, duas provas em que gosto de alinhar, sendo que o ambiente criado pelo público na Amadora é algo difícil de igualar em Portugal.
Para a história o registo dos resultados. em Lisboa, 37'08", numa prova que, por lapso meu, apenas saí da zona Sub 50, com milhares de atletas à minha frente. Na Amadora corri em 37'08", ficando a apenas um lugar do cheque do Continente, que premiava o Top 10 do Escalão. Dois bons indicadores relativamente à preparação para Sevilha.
Fotos da Atletismo Magazine Modalidades Amadoras e do Vasco Soares.
3 comentários:
bom dia
230 metros de desnivel na Amadora?
o meu garmin deu 117
cumprimentos e bom ano
hugo manuel
Talvez, com a correcção de elevação activada...
FC
Fernando, como é? Andaste a correr ou a passear? Com essa competente análise comparativa, até parece. :))
Companheiro, Bom 2013! Muita saúde.
Enviar um comentário